A farsa é descoberta (ou quase)

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Giyu tendo em mente que deveria consertar os seus erros, até pensou em comprar um celular melhor, mas lembrou-se que era pobretão, então apenas levaria o celular quebradiço para o conserto e devolveria, sobre a grana, ele não daria somente dez reais e sim vinte.

Nesse momento, Shinobu, estava tão nervosa enquanto olhava a porta da casa de Kanae, ela falaria mesmo tudo e ainda mais com S/n presente? Diria que a pobre S/n, estava saindo com o amigo de um bandidinho do morro que roubou seus bens materiais (uma capinha podre, um celular caindo aos pedaços e dez pila)? A Kochō mais nova não sabia o que fazer.

Ela decidiu não avisar hoje, mordeu os lábios nervosa e acabou voltando pra casa chorando, perdeu o dinheiro do pão e o próprio celular, sua mãe a quebraria no pal.

Tadinha, hoje o dia não era dela.

No outro dia, havia um sol intenso, era sete e meia da manhã, mas parecia que era o sol de dez horas, os passarinhos berravam nas janelas do povoado: "PIUUUUUU, PIUUUUU, PIOOO, PIAAAA", traduzindo para nossa linguagem "tá quente pra caralho".

S/n, Shinobu e Mitsuri, já estavam sentadas em seus respectivos lugares na sala de aula, por mais que a Kochō tentasse dizer a sua prima que ela estava saindo provavelmente com um bandidinho, porque segundo ela quem anda com bandido também é, ela não conseguia, sua garganta não deixava, então sorria falso praticamente em todos os momentos.

Uzui Tengen, estava se sentindo invisível, S/n mal dava bola pra ele e o mesmo não estava entendendo essa, se sentia instigado. A encarava quando estava distraída parecendo uma câmera de segurança, já estava acostumado a andar de muletas.

A doida da Tamayo estava conversando com suas vozes interiores e estava bem tranquila por fora até agora, né.

Por sua vez, algo inesperado aconteceu.

- Alunos, aconteceu uma coisa urgente! Fiquem quietos que eu já volto, em seu rosto havia um misto de alegria, confusão e até mesmo tristeza. – Disse o professor nervoso saindo da sala, de repente todos murmuravam sobre o que poderia ter acontecido com o professor de português.

Enquanto isso, Tengen tomou coragem, levantou da sua banca, olhou para trás e então levantou seu braço chamando atenção.

- S/n, vem cá! – O grisalho disse isso, a Kochō mais velha encarou suas amigas que retribuíram os olhares.

- O que esse doido quer comigo? – Sussurrou S/n ainda encarando suas amigas. – Eu já superei ele...

- Eu não sei. – Shinobu disse atordoada olhando para a protagonista.

Quando S/n se levantou, suas duas amigas levantaram também e foram em direção ao branquelo, parando em sua frente.

- Joguei milho para uma e veio o galinheiro todo, todas estressadas e nervosas, piranha que anda com piranha, é piranha também, hein. – Uzui disse indignado com as recentes ações de S/n.

O trio da alegria não entendeu nem um pouco a razão do Tengen dizer isso.

Porém a Kochō mais velha encheu os pulmões de ar.

- Te regenera resto de aborto. – S/n disse ríspida revirando os olhos, enquanto dava de costas, Tengen abriu um pouco sua boca, ela não o tratava desse jeito, ele havia... gostado? Sua respiração mudou junto do seu aceleramento cardíaco em seu peito, ele começou a passar mal internamente, sentia uma leveza e ao mesmo tempo, um peso, um peso grande chamado se 3 é demais imagina 4, mistério no ar, ui, parecia que gostava de ser maltratado.

Com dificuldade botou a mão no seu peito e controlou sua respiração.

Enquanto o trio de amigas caminharam rebolando até suas bancas de origem.

O professor adentrou na sala chorando rios de alegria.

- Gente, estou muito emocionado. – O professor disse sorrindo.

- Por quê? – Os estudantes perguntaram em coro.

- Minha mulher está quase tendo neném e meu irmão está curado de sua doença crônica, conversei com a coordenadora e ela já está vindo monitorá-los, por agora preciso ver as pessoas que amo. – Alertou o mais velho arrumando suas coisas e recolhendo.

O celular de S/n começou a vibrar, era uma chamada de vídeo do Douma, a mesma por impulso desligou e viu algumas mensagens não lidas.

O mesmo pedia para que ela subisse o morro para encontrá-lo, como estava apaixonadinha pela beleza encantadora do mais velho, seus olhos arco-íris eram um imã de atração, seus dentes pontudos, o formato do seu queixo, esse homem não tinha um defeito sequer, algo estava muito errado, a intuição de S/n falava pra ela, mas ela ignorou porque sem perceber direito, obedeceu.

Despediu das suas amigas e quando estava prestes a pular o muro, Mitsuri segurou seu pulso.

- S/n, há coisas que... – A Kanroji queria dizer tudo o que sabia, a rosada sabia de bastante coisa, Mitsuri não sabia se a sua amiga lidaria de forma feliz como ela, descobriu várias fofocas com o seu amado, Iguro. – Deixa, apenas não mate tanta aula, tá roubando o meu lugar, eu que faço isso, ahaha – Mitsuri sorriu amarelo e a Kochō mais velha riu pela preocupação da amiga.

- Relaxa, é só uma vez. – Respondeu S/n, """uma vez, sei. """A Kanroji encarou sua amiga com certa confusão, mesmo assim, ajudou a mesma a pular.

Enquanto isso, Shinobu estava na sala de aula sem suas amigas e estava roendo sua unha em gel feita por sua mãe que estava embarcando nessa jornada, estava aflita, o momento era agora, tinha que avisar para sua tia.

Aproveitou que a coordenadora não estava na sala ainda, ela meteu o pé pra sala da diretoria, a mesma parou de frente a porta.

- O que deseja? – Disse o diretor Kagaya, cabelos lisinhos negros e olhos claros.

- Minha amiga... tenho... que... – De repente a arroxeada começou a passar mal. – Fazer uma ligação. – Ela tentou dizer.

- Aham... – O diretor disse enrugando a testa estudando a mais nova com o olhar. – Por favor criança, se acalme. – O mais velho disse com uma cara de paz.

- Minhaamiganamoraumbandidoprecisoavisaraminhatiaqueéamaedelaentendeu? – Ela falou tão rápido que o diretor acabou boiando, mas vendo o desespero da mais nova achou melhor dar a autorização, esse diretor era o que todo aluno gostava. – Tô sem meu celular, posso usar o seu? Preciso do número da minha tia que por sorte é a mãe de S/n Kochō, deve ter nas cadernetas do senhor. – O diretor apenas concordou mesmo sem entender e foi pegando a caderneta da turma da garota.

Mitsuri quando voltou para sala, não encontrou Shinobu e se aproximou de Tamayo.

- Oi, oi. – A Kanroji disse sorrindo. – Viu a Shinobu?

- Eu sou a Shinobu, se esqueceu? – Tamayo sorriu pra Mitsuri, A Kanroji havia se esquecido que ela tinha alguma loucura na cabeça, sorriu falso.

- Aah, verdade, mas você viu a segunda Shinobu? – Mitsuri não desistia fácil, entrou na dela, gente boa.

- Aaah, você tá falando da Tamayo, aquela sem graça começou a passar mal e saiu da sala. – Admitiu a maluca sorrindo, a Kanroji achou melhor sair de perto e abaixou sua cabeça na banca, sentindo-se solitária e confusa, o que Tamayo disse não fazia sentido nenhum.

...

- Então você tá dizendo que S/n tá matando aula pra ficar com traficante? Eu disse pra ela que no morro só tinha coisa que não prestava, ah, mas eu vou pegar essa menina é agora, vou pedir licença aqui no trabalho e vou pegá-la no ato. – Kanae parecia enfurecida enquanto usava seu próprio telefone na ligação entre ela e Shinobu.

- Calma, tia... ele só conhecia um bandido que... - Shinobu tentou dizer algo a mais, mas a mãe de S/n desligou a ligação na cara dela.

S/n se puder, corra para as montanhas, é o seu fim.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora