Problemas

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Mullin coçou sua cabeça meio desajeitado, ele não podia parecer tímido, teria que agarrar aquela turma com dentes e unhas, sem contar que ainda hoje ele conheceria outras turmas, afinal era professor de ensino médio, cada matéria um educador diferente. Atualmente nosso querido Kibutsuji gêmeo, ensinava português, o outro professor foi de base, o velho recebeu uma oportunidade única de mudar de vida.

- Vocês aí. – Ele respirou fundo enquanto apontava com seu lápis piloto recém tirado do estojo. – A dorminhoca e a depressiva.

Os murmúrios só aumentavam, todo mundo parecia ansioso esperando algo acontecer. S/n aparentava está desligada, fora de si, com uma áurea sombria ao redor, mas que merda, aonde havia se enfiado? Essa aí estava sem sorte, viu? Douma tinha tantas armas, tantos objetos cortantes que poderiam e que com certeza já haviam tirado a vida de alguém. Na cabeça dela, as coisas não se encaixavam direito, tudo que havia acontecido com ela até hoje, lembrou-se da arma que havia ganhado. Não era uma réplica, era de verdade... não algo simbólico, a vez que Daki quis arrancar seus cabelos... ah, ela estava perdida em pensamentos.

Ela sentiu algo repuxar sua touca e retirar seus fones.

- Detenção. – S/n pela primeira vez ergueu os seus olhos que se encontraram com o de Mullin, hã? Quem era ele? Foi o que se questionou. A garota ficou quieta, olhou para o lado desconfortável, o que estava acontecendo? Por alguns segundos, o Kibutsuji olhou a cor de cabelo da garota, tendo um certo deja'vu, uma sensação estranha no peito. – Eu não aceitarei fones na minha aula e nem dorminhocos. – Ele mal havia chegado, mas botava uma moral pra poucos.

O mais velho agora balançava o ombro de Mitsuri, que murmurou "só mais cinco minutinhos".

De repente, um clima de desconforto apareceu na sala, todo mundo ficou interessado nas atitudes do novo professor. Que tipo de pessoa seria? Chegou tão envergonhado, mas ao passar 3 minutinhos, se tornou severo.

- Garota de cabelo rosa. – A voz rouca de Mullin ecoou na cabeça de Mitsuri, a mesma abriu seus olhos esverdeados assustada.

"Não é a mamãe." Foi o que a garota pensou se ajeitando na banca.

- Sabe quem eu sou? – O professor se curvou diante Mitsuri e ela negou com a cabeça envergonhada. – Sou o novo professor de português e não tolero erros. – indagou se erguendo e olhando para as duas. – Como é o meu primeiro dia aqui, pegarei leve, próxima vez, ficarão em detenção sim.

As duas garotas se curvaram pedindo desculpas. O professor começou uma espécie de apresentação aonde todos os alunos disseram seus respectivos nomes. S/n só pensava em Aice... e aonde que havia se metido, apesar de constantemente se perder em seus pensamentos buscava fielmente prestar atenção no seu novo e severo professor. Shinobu sentia um certo receio no peito, a Kochō mais velha, parecia está a evitando com os olhos, se sentiu culpada pela amiga está assim, mas não conseguia se pronunciar pra conversar e também sentia falta de seu aparelho eletrônico. Tamayo havia tomado seus remédios e estava tranquila com sua própria identidade, não havia discutido com ninguém hoje, ela sofria de um distúrbio e grande desentendimento de quem era. De repente Tamayo levantou a mão parecia bêbada.

- PROFESSOR MULLIN. – A mesma chamou atenção do mais velho. – VOCÊ E S/N SÃO MUITO PARECIDOS? POR ACASO VOCÊ É PAI DE S/N? S/N NÃO TEM PAI, MAS O SENHOR É PARECIDO COM ELA, O FORMATO DOS ZOÍO, COR DE CABELO, COR DE OLHO! – A maluca gritou apontando para as características entre os dois, Mullin entortou a cabeça e coçou. Yushiro de cabelo lambido meio cinza, um admirador secreto de Tamayo se levantou da cadeira chamando a atenção dos outros, isso aqui parecia um circo e não uma instituição escolar.

- PROFESSOR, PERDOE A TAMAYO, ELA NÃO BATE BEM DA CABEÇA. – O rapaz disse se curvando e realmente, em umas das fichas dizia que uma certa Tamayo era louca das ideias.

Enquanto isso os alunos soltavam risadas.

- Senhorita se comporte. – Foi o que disse o mais velho, depois levou sua visão para S/n e notou uma característica marcante dentre sua família, olhos vermelhos, isso o deixou levemente pensativo, mas ignorou, podia ser lentes.

...

Naquela mesma manhã, Tomioka estava levando o celular podre de Shinobu para o conserto, deixou o aparelho lá nos curandeiros de celulares e foi comprar uma caixa do Ferrero Rocher.

A arroxeada nem sabia o que aguardava, os seus sentimentos estavam prestes a virarem uma mistureba onde ela se perderia no meio.

A questão era... pobre Tomioka, do que adiantava consertar o celular da Kochō nessa altura do campeonato? A mesma já tinha aberto a matraca, destruído a reputação do seu chefe em relação a S/n, o que mais Douma queria fazer era torcer seu pescoço de galinha, mas o Giyu não sabia disso ainda, então seguia firmemente a última ordem dada.

Enquanto isso, Aice pensava no que fazer, "Uso em legítima defesa." Que besteira havia dito? Quem cairia numa mentira cabeluda daquela. Ele não era o salvador de Éssieni? Como que as coisas ficaram assim? E de novo pra piorar? Ainda ameaçou a mãe 823739383939 vezes... nem mesmo tiveram um dia e meio de namoro e já rolou confusão. Foi tudo muito rápido, ele se questionava como Shinobu descobriu que ele era um "bandidinho", de fato ele sabia que era algo raso, mas como? Por Tomioka ser um belo de um vagabundo desengonçado que não servia pra ser meliante, juntou as peças e deduziu que o moreno cometeu um deslize que abriu o jogo. Ah, se ele visse o Giyu, torcia seu pescocinho branquinho na hora.

Mal sabia ele que sua raiva triplicaria quando soubesse que Tomioka consertou o celular da falsa, daria vinte reais e ainda mais uma caixa ferrero rocher. O destino da arroxeada estava traçado... Em vez de ir na roda, ela seria o novo pneu da moto de Aice, tanto ela como Tomioka ou ele poderia ter alzheimer e se esquecer de tudo e todos por causa de novos eventos eletrizantes em sua vida.

~Cena extra~

Após as aulas, Tomioka aguardava a arroxeada passar pela rua que sempre passava, e bingooo... mesmo depois de assaltada, a guria ainda usava o mesmo caminho.

Tomioka de traje elegante, perfumado e naquele pique de cria brotou na frente dela.

- Vai pra onde gracinha? – A voz rouca dele saiu como uma faca no peito de Shinobu, ela parou na hora, ela estava a flor da pele.

- Eu não tenho nada, pode ver. – Ela disse abrindo a bolsa. – Só não jogue tudo no chão, na última vez, quebrou minha paleta de maquiagem vencida. – Ela disse com a face entristecida e com certo receio de revidar.

- Calma, gracinha. Queria me explicar, era uma brincadeira naquele dia. – Ele disse coçando a cabeça, na sua outra mão encontrava, uma sacola vermelha, dentro dela, havia o celular, dentro da capinha vinte reais, tudo embrulhado em embalagem de presente e também havia outro embrulho, o chocolate, junto de um cartão. – Não quis ser grosso. – Ele disse dando uma piscada.

- Tá me chamando de burra? Tá dizendo que eu cometi um erro? – Ela disse fazendo a expressão da Mc Mirella.

- Calma, graci... – Antes que ele pudesse dizer algo, Shinobu tomou de suas mãos sua sacola, enfiou na bolsa aberta e meteu carreira toda atrapalhada, ainda olhou para trás e deu dedo.

- VAI TOMAR NO C*, BANDIDO SAFADO. ESTAMOS KITES AGORA. – Ela disse achando que havia roubado o ladrão que tinha a roubado, mal sabia que dentro da sacola ainda tinha uma carta de desculpas.

Tomioka sentiu seu coração acelerar, puxa, que leoa ela era. Seu rosto esquentou e ele deixou quieto, era dela mesmo, fazer o quê? Com certeza quando abrisse aquilo entenderia que foi um erro, agradeceu a Buda por ter feito a carta explicando tudo. Ao ler a carta? O que Shinobu faria? Surtaria, pensaria que cometeu um erro? Mas o que aconteceu, não pode ser desfeito... S/n estava em apuros, Douma gostaria de matar alguém, Kanae estava com medo de morrer, Muzan procurava sua amada inesquecível e seu bebê... mas será que era tarde demais? Sanemi sentia alfinetadas no seu coração sempre que pensava na mãe de S/n... seria mais um problema na vida deles (Kanae e Sanemi)? As únicas pessoas felizes eram Iguro e Mitsuri, mas por quanto tempo as coisas continuariam assim? O barco vira, o carro capota, o pinto pia e a galinha choca, a vida é uma caixa cheia de surpresas que é necessário anos para desvendar todos os mistérios.

Notas finais - Uma nova aventura começa em breve então não se esqueçam de clicar na estrelinha, ela adora ficar colorida por dentro, hehe. 

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora