Os vigias

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A garota sorriu fraco encarando o rosto do mais velho.

- Estou segura agora. - S/n respondeu. - Por que não? Tenho uns vinte minutos livre.

Assim se fez, subiram o morro e se divertiram. Algumas semanas haviam se passado, no meio disso, Douma havia posto seguranças para vigiar a casa de S/n porque como ela estava próxima do dono da quebrada, podia ser um alvo e isso poderia ser seu ponto fraco.

Seus seguranças, eram Sanemi Shinazugawa e Muichiro Tokito.

Um homem alto, na faixa de seus vinte e sete anos e um adolescente com quinze anos.

O mais velho, tinha algumas cicatrizes no rosto, era musculoso e tinha um olhar duvidoso, já o mais novo, tinha o cabelinho de cria com algumas mexas esverdeadas e usava uma juliete.

Ambos sabiam lutar muito bem, Douma confiava muito neles por isso a escolha, os dois patetinhas ficavam vinte e quatro horas escoltando S/n, escondidos.

S/n nunca notou nada de diferente.

PORÉM, um dia, já estava escuro, sua mãe Kanae estava pondo o lixo para fora.

E a mais nova assistia TV, olhando o jornal, foi quando a apresentadora do programa relatou:

- Hoje na cidade de Strawberry, localizada no Japão, no morro da Tijuca, lugar bastante conturbado e violento, procura-se assassino, ontem houve uma terrível catástrofe, encontramos um corpo morto, essa pessoa era acusada de estrupo e assedio. Em seu corpo, havia a assinatura do famoso assassino "lua superior", serial killer nunca encontrado, a polícia procura ele á anos, mas ele elabora muito bem seus crimes, e polícia afirma que ele deve ser chefe de alguma quadrilha. O mais assustador é que todas as vitimas que ele assassina de forma brutal, ele arranca seus olhos e com algum objeto pontiagudo assina seu nome "Lua Superior" na barriga da vítima. Aos moradores que moram perto dessa região, cuidado, o cruel Lua Superior está solto e é desconhecido. Não subam o morro, só se for algo de suma importância. - S/n parecia perplexa, alguém havia morrido, ainda mais no morro que ela costuma ir pra ver Douma.

A mesma ficou muito preocupada, ela desejava que o mais velho estivesse bem.

Com Kanae, a mesma estava pondo o lixo, tarde da noite, foi quando olhou para lateral e viu duas pessoas encostadas em um poste, não muito longe de sua casa, também havia uma moto encostada próxima.

Eram Sanemi e Muichiro, os dois se assustaram, foram pegos?

Mesmo assim o Shinazugawa, vendo Kanae de longe, sentiu seu coração acelerar, arregalou os olhos vendo a mãe de S/n.

"Panela velha é a que faz comida boa." Pensou Sanemi lançando um olhar duvidoso.

Kanae sentiu seu coração acelerar de medo e correu para dentro de casa.

- FILHA. - Berrou Kanae sem ar. - Não se assuste, mas tem dois malandros encarando a nossa casa, um tinha o cabelo branco, o outro usava uma juliete, eram bandidos filha.

S/n ficou nervosa.

- Mãe, tá muito perigoso, tem um tal de lua superior matando pessoas, será que é ele? - Questionou a mais nova roendo as unhas.

- Menina não fala isso, no meu trabalho, o pessoal só fala dele, alguns dizem que ele trafica drogas também. - Kanae disse se sentando do lado da filha, no sofá.

S/n ficou calada, pegou seu celular e foi no contato de Douma.

Maluquinha: Doumaaaa (carinha triste, chorando)

Ele respondeu praticamente no mesmo minuto.

Meu salvador: ?

Maluquinha: Tem duas pessoas encarando minha casa, eu vi da janela. É assustador, o que eu faço? Ligo pra polícia?

Meu salvador: Relaxa, são os vigias.

Maluquinha: Vigia? Desde quando o bairro tem?

Quando o mais velho recebeu a mensagem segurou seu riso, "o bairro".

"Não é do bairro, meu bem, são seus vigias" pensou Douma sendo sádico.

Meu salvador: Alguns dias atrás. É um alto e outro baixo, né? Se for, são os vigias.

Maluquinha: Ah, tá.

S/n desligou seu aparelho e sorriu aliviada.

- Relaxa mãe, são os vigias, conheço eles. - Respondeu a mais nova tentando acalmar a mais velha.

Tokito e Shinazugawa, receberam a ordem de subirem na moto e passarem pela casa buzinando para representar os vigias.

- Realmente, temos vigias agora. Me sinto mais calma e protegida, próxima vez, vou servir um cafezinho, bichinhos trabalham tarde da noite, é tão perigoso. - Kanae tagarelou e sua filha confirmou com a cabeça.

No outro dia, era reunião de Douma com alguns de seus subordinados.

Lá estava Obanai e Giyu Tomioka, um rapaz de cabelos longos negros e espetados para cima, era um emo, utilizava lentes azuis.

- Porque me chamou patrão? - Questionou Giyu.

- Ainda não esqueci, de Shinobu, uma amiguinha de S/n. - Douma contestou e Obanai segurou o riso, ele sabia que o seu chefe guardava rancor.

- S-Shinobu? - Gaguejou Tomioka tentando pronunciar o nome da vítima. - Amiga daquela mina que sempre sobe o morro?

Shinobu havia xingado e falado mal do Douma, o mesmo não gostou disso e da sua fala mandando a S/N se afastar dele.

- Mina, não. Pra você é "senhorita". - Douma deu ênfase e o outro concordou com a cabeça. - É o seguinte, vamos dar um susto nela, mas como ela conhece o meu rosto e de Obanai. Então sobra você, o único vagabundo disponível. - Mandou o Lua Superior, Tomioka sorriu coçando a nuca.

- Tá certo, mas eu faço o que? Nunca vi a garota, aonde encontro ela? - Perguntou Giyu.

Douma pegou seu celular, abriu a conversa de S/n e abriu a foto de perfil da garota, lá estava as três juntas.

- Essa morena aqui, essa bruxa venenosa. - O mesmo falou em voz alta apontando para o alvo, Tomioka sentiu suas bochechas esquentarem, garota bonita. - Você vai esperar ela cruzar aquela rua X, ela sempre passa por ali quando sai do colégio. - Ele disse enviando uma localização para o celular de Giyu. - Dê um susto nela, algo que faça ela tremer as pernas.

- Sim, senhor. - Obedeceu.

Obanai estava como uma planta, observando a conversa, eles podiam fazer qualquer coisa para Shinobu, caso envolvesse a Mitsuri, sua peguete (ficante), as coisas ficariam feias.

- Dispensado. - Ordenou Douma, Tomioka foi embora pensando nas maldades que poderia fazer.

...

Nesta noite, fazia muito frio, até chovia.

Tokitinho e Sanemi, tremiam observando a casa.

Kanae, observou eles da janela e fez um sinal os chamando.

- Tadinho deles, filha, os vigias estão trabalhando na chuva, vou oferecer um cafezinho. - Alertou Kanae abrindo as portas.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora