O presente

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Douma percebendo que foi ignorado, decidiu andar rápido e começou a acompanha-la de forma silenciosa.

Deixando a menina confusa.

- Ei. - S/n soltou, parando de andar.

- Hã? Eu estou indo para a padaria, é o mesmo caminho. - Inventou o mais velho.

- Ah, entendi. Mas não fica aí atrás calado, é um pouco estranho. - A Kochō disse se enganchando no braço de Douma, os dois agora caminhavam juntos. - Não sabia que tinha uma padaria perto da minha escola.

- Mas tem. - O branquelo não parava de sorrir, pensando no elogio da garota.

- Ah, sei. - S/n disse meio desconfiada.

- Então... Sobre aquele elogio, eu sei que sou lindo, perfeito, agradável, divertido. - Bajulou a si mesmo.

- Mas apenas elogiei seu sorriso, nada de mais. - S/n retrucou rindo da cara de pateta que Douma mostrou.

Um silêncio estranho se fez presente.

- S/n, por que subiu o morro de repente? - O mais velho questionou.

- Eeeer... - As bochechas da Kochō ganharam uma leve cor rosada. - Você sempre me convidava... Então subi na esperança de ver você. - Ela disse olhando para o lado.

- Então nesse caso, em resumo, foi por mim. - Ele sorriu convencido.

- Você ouviu errado. - A mais nova fez birra.

- Mais tarde, trarei uma surpresa para você. - Douma avisou deixando a mais nova em frente a sua escola.

- Ah, não. - S/n pareceu desanimar. - Significa que vou passar um bom tempo com curiosidade. - O branquelo ao ouvir aquelas palavras sorriu genuinamente.

Quando virou de costas para ir embora, S/n segurou na manga do seu casaco. Douma a olhou pelos cantos dos olhos.

Deixando todo receio e conselhos de Shinobu, apenas abraçou seu salvador como forma de agradecimento.

- Muito obrigada, Douma. Você realmente é uma ótima pessoa, prometo ser uma amiga sincera e verdadeira. - O coração frio do grisalho esquentou de repente.

"Uma amiga que não tem medo de mim? Realmente preciso continuar sendo uma pessoa amável, não é tão ruim." Douma pensou enquanto acariciava os cabelos da mais nova.

Mitsuri fez beicinho vendo sua amiga abraçando o mais velho, a rosada estava dentro do colégio, vendo a mesma em uma distância longa.

- S/N, VEM LOGO. - Mitsuri gritou com ciúmes.

Douma ergueu sua cabeça e levou seu olhar para a Kanroji, o mesmo fez uma cara ameaçadoramente para a rosada.

Mitsuri estranhou, ficou nervosa e olhou aos arredores, Obanai não acompanhava o grisalho.

S/n que estava de costas para a amiga, se afastou de Douma, sorriu ingenuamente e entrou dentro da escola.

- Mitsuri, não conte a Shinobu sobre o abraço. Ela não gosta dele, seria apenas um desconforto. - Mandou a Kochō de frente a sua amiga.

- Eu não planejava contar. - Mitsuri disse em um tom baixo. - Inclusive, eu e Obanai estamos saindo juntos, não ia contar, MAS, parece que você também confia neles. - A Kanroji começou a se animar, as duas deram gritinhos e pulinhos.

- Amiga, mas e o Rengoku, você era afim dele...? - S/n perguntou curiosa sobre a vida amorosa da amiga.

- Uma coisa não tem nada haver com a outra, eu não tenho nada com o Obanai, posso fazer o que quiser, o mesmo se aplica com você . - Mitsuri falou convicta olhando para sua melhor amiga.

- Nunca disse que gostava do Douma, somos amigos! - A Kochō disse emburrada.

- Amigos que se beijam. - Brincou a rosada.

- NÃO, MITSURI, parou. Realmente, somos apenas amigos. - S/n parou de falar e encarou sua amiga. - Não me diga que você ficou com o Obanai. - A mesma comentou perplexa.

- Ainda não. - Enfatizou a outra.

- AINDA? ISSO QUER DIZER... - S/n berrou tentando juntar as peças.

- Para, para. Shinobu tá vindo. - Mitsuri cochichou, ambas pararam de falar assim que a Kochō mais nova chegou.

- Pararam de falar, por quê? - Questionou Shinobu com o olhar inseguro.

- Ah, é que... - S/n parecia em pânico.

- S/n falou que ia se confessar para o Uzui, paramos de conversar porque confundi você com o mais velho. - Mitsuri mentiu na cara dura e Shinobu enrugou a testa. - Esqueci meus óculos. - Ela apontou para seu rosto rindo nervosa.

- Se não queria me dizer o que era, não precisava mentir assim. - Shinobu pareceu magoada. - Você nem usa óculos, Mitsuri.

- Erro meu, desculpa. - A rosada abaixou o tom de voz.

- Tudo bem, não ligo. - Shinobu mentiu, depois de um tempo as garotas entraram para a sala.

A manhã passou rapidamente, S/n dissecava Uzui com o olhar o tempo todo, enquanto o mesmo tentava seu máximo para não olhar para trás, porque sabia que ela estaria o encarando.

(...)

Na hora da saída, Douma esperava S/n com uma caixa que estava envolvida com uma embalagem de presente, segurava o objeto com as mãos.

S/n sabia que o grisalho estava a esperando, quando era umas onze e meia, viu o mesmo andando de frente ao portão, então usou uma desculpa para largar cedo e se encontrar com o mesmo a sós.

Foram para um lugar afastado, lá Douma entregou para a mulher o presente.

S/n tinha muita expectativa sobre o presente, a embalagem era de ursinhos e flores.

A mesma começou a desembrulhar de forma muito alegre, segurou a caixa, retirou o lacre, enquanto Douma sorria malicioso.

- Uma arma? - S/n se questionou e suas mãos tremeram um pouco, ninguém ao seu redor era normal.

- Não é qualquer arma, meu bem. - O grisalho falou ficando um pouco tenso, ainda bem que a arma estava descarregada, ou seja sem bala. - É de brinquedo, se acalme.

- E porque diabos isso parece exatamente com uma arma? - A mesma perguntou jogando a caixa no chão e segurando a arma que era pesada.

- É uma replica de brinquedo, para assustar os bandidos do morro, se alguém parecer ameaçador, só blefar ou bater com força na cabeça de alguém. - O mesmo a instruiu e S/n sorriu mostrando os dedos.

- Ah, maneiro. - Ela disse apontando a arma em direção a cabeça de Douma.

- Oh, que medo. - Douma fingiu está morrendo de medo, arrancando risos da mais nova.

- Muito obrigada, meu salvador. - A mesma abraçou o mais velho e depois pôs sua arma dentro da mochila, a mesma era uma G18, um tipo de pistola de porte pequeno, dourada.

- Podemos subir o morro agora? - Questionou o mais velho pretensioso, aquela jovem garota ativava um lado dele que nem mesmo o próprio conhecia.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora