A noite chegou brilhante, lá estava S/n roendo as unhas pelos acontecimentos extraordinários que aconteceram.
Aice havia se confessado, o que faria? Nem disse sim, nem não, apenas saiu correndo, uma fuga, suas ações diziam muito sobre sua resposta. Até pensou em mandar mensagem para Douma, mas logo negativou com a cabeça.
Enquanto o grisalho superava o seu "fora", com ódio, repugnância, foi como se sua confiança tivesse sido quebrada.
Ele sentia uma ardência no peito junto de uma vontade de gritar e mandar todo mundo se foder, porque a única opinião que importava era a dele.
E daí que se conheciam a pouco tempo? O importante era o laço em si, tudo isso por causa de um tal de Uzui. Mas que bobagem.
O Aice se encontrava dentro de sua casa era uma cena deprimente, ele se lamentava e tentava discernir se foi uma boa atitude ou não.
Obanai, estava fora de questão, estava tão longe mentalmente. Apenas seguia ordens, tudo isso por causa de Mitsuri, o relacionamento deles afastou o Iguro do mais velho, então foi assim que Douma começou a culpar a Kanroji por tudo, perdeu seu único amigo e ainda por cima a garota ousava ser a melhor amiga de S/n.
Serrou seus punhos, pegou seu celular, abriu o contato da Kochō e tomou um susto quando a viu online, conversando com quem? S/n também se assustou quando o viu online.
Ambos saíram com pressa do celular, S/n jogou o objeto na cama e o Aice bateu o aparelho na cabeça.
Mas que confusão, quando voltarão a ser amigos?
A Kochō respirou fundo depois de alguns minutos em silêncio, alcançou seu celular e pediu desculpas por não ter dado uma resposta concreta.
Douma apenas visualizou a mensagem, fez uma careta e decidiu que não perdoaria.
S/n após perceber que não obteria nenhuma resposta, fez um beicinho triste e foi dormir.
No outro dia, na instituição escolar, ao redor de Mitsuri havia corações flutuantes e a cara apaixonada era evidente.
- O negócio não era só uns beijos? – S/n perguntou tentando disfarçar o desânimo, ambas conversavam no meio da aula.
- As coisas fugiram do meu controle. – A Kanroji disse em tom baixo.
- Você é louca, ele tem uma lateral raspada. – S/n falou negativando com a cabeça.
- Quem beija ele, sou eu, ou você? – Mitsuri se doeu com a resposta da amiga.
- Me engula. – A Kochō mais velha resmungou.
- Shinobu e Uzui, faltaram hoje. – Uma garota apareceu por de trás das meninas.
- Quem é você? – As melhores amigas perguntaram em coro.
A desconhecida contraiu os lábios.
- Sou a garota que senta próxima de vocês, ali no canto, Tamayo. – A menina falou apontando para uma banca próxima.
- Não entendi. – Mitsuri comentou, achando muito estranho, o fato dessa guria aparecer do nada.
- Hm. – Tamayo tentava formular as frases corretas. – É-É que sou muito t-tímida. Fiz terapia pra tentar s-se en-enturmar. – Ela explicou.
- Ah, fica de boa e senta aí no lugar da Shinobu. – Ordenou S/n achando fofo o fato dela gaguejar várias vezes.
- Posso? Sério? – Ela parecia realmente feliz.
- Pode. – Mitsuri sorriu.
- Algumas pessoas me chamam de louca, espero que não pensem o mesmo de mim. – Tamayo disse carregando seu material e se sentando na banca de Shinobu.
- Mas que maldade, nunca faríamos isso com você. – S/n disse pegando o celular e vendo uma mensagem de Shinobu.
Tadinha, havia pegado uma gripe grave que a deixou na cama.
S/n até pensou em Uzui, por que havia faltado? Apenas ignorou o fato, pois seus pensamentos estavam sendo interrompidos por Douma Aice, o que faria para retomar seus laços?
Ela se sentia tão bagunçada com seus próprios sentimentos e na verdade, o que seria amor?
...
Lá no topo do morro, em cima de uma árvore, estava Douma, ele não sabia o que fazer e estava sem cabeça para elaborar planos para o próximo tráfico.
Ele segurava um cigarro e sorria sem parar.
- Olha mãe, um macaco! – Uma criancinha com menos de cinco anos pronunciou apontando para Douma, a mulher assim que reconheceu o grisalho, pegou na mão do próprio filho e saiu correndo arrastando o menor.
Enquanto isso Douma ria da própria desgraça, ele queria ver sangue derramado.
Após fumar um pouco, se sentiu aliviado, sendo assim desceu da árvore.
Ao fixar seus olhos para o horizonte, viu um carro da polícia e escutou tiros.
Os policiais estavam tendo trocação de tiro, com um de seus capangas.
Logo descontou toda sua fúria nos humildes agentes de segurança.
...
Era meio dia, S/n estava largando da escola, estava cabisbaixa perto de Mitsuri e Obanai.
- Soube que deu um fora em meu amigo, ele tá muito mal. – Iguro fez a Kochō presente erguer sua cabeça.
- Já pedi desculpas, mas não adianta. – Choramingou a garota
- Ele é orgulhoso, ele realmente tem interesse em você. – Insistiu o garoto.
- Mas ele pulou os passos. – Retrucou S/n
- Que passos? – Obanai pareceu curioso.
- Primeiro a gente fica e depois... – A Kochō parecia tímida, foi interrompida pela Kanroji.
- iiiiiih, que lance é esse amiga, todo mundo sabe que você nunca beijou, só de dizer isso já demonstra muita coisa. – Nesse momento S/n corou como um pimentão.
- Ok, entendi, vou explicar pra ele. – Disse Iguro e a garganta de S/n travou, estava tão envergonhada que não conseguia dizer nada, enquanto Mitsuri ria da sua cara e dava tapinhas em suas costas, como forma de conforto.
Apesar do Aice achar que Iguro estava distante, na verdade era o contrário.
Douma estava sempre tão ativo e pensativo que mal dava pra ter uma conversa decente.
S/n sentia seu rosto queimar enquanto era arrastada pela gola da farda por Mitsuri, tentou se debater, mas já era, Obanai já estava em cima da moto e dava tchauzinho para a rosada.
Era o fim da linha para S/n, se negasse o beijo... E caso acontecesse, era tanta coisa vergonhosa que só conseguia corar enquanto era praticamente enforcada pela Kanroji. Era uma metáfora entre sim ou sim.
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Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma
FanfictionUma cidade, duas pessoas diferentes, um traficante e uma estudante do ensino médio. Um homem vaidoso e galante. Uma garota humilde e gentil. Um assassino nato que esconde sua verdadeira essência para ficar ao lado de uma certa garotinha. Uma garo...