Sim ou sim!

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A noite chegou brilhante, lá estava S/n roendo as unhas pelos acontecimentos extraordinários que aconteceram.

Aice havia se confessado, o que faria? Nem disse sim, nem não, apenas saiu correndo, uma fuga, suas ações diziam muito sobre sua resposta. Até pensou em mandar mensagem para Douma, mas logo negativou com a cabeça.

Enquanto o grisalho superava o seu "fora", com ódio, repugnância, foi como se sua confiança tivesse sido quebrada.

Ele sentia uma ardência no peito junto de uma vontade de gritar e mandar todo mundo se foder, porque a única opinião que importava era a dele.

E daí que se conheciam a pouco tempo? O importante era o laço em si, tudo isso por causa de um tal de Uzui. Mas que bobagem.

O Aice se encontrava dentro de sua casa era uma cena deprimente, ele se lamentava e tentava discernir se foi uma boa atitude ou não.

Obanai, estava fora de questão, estava tão longe mentalmente. Apenas seguia ordens, tudo isso por causa de Mitsuri, o relacionamento deles afastou o Iguro do mais velho, então foi assim que Douma começou a culpar a Kanroji por tudo, perdeu seu único amigo e ainda por cima a garota ousava ser a melhor amiga de S/n.

Serrou seus punhos, pegou seu celular, abriu o contato da Kochō e tomou um susto quando a viu online, conversando com quem? S/n também se assustou quando o viu online.

Ambos saíram com pressa do celular, S/n jogou o objeto na cama e o Aice bateu o aparelho na cabeça.

Mas que confusão, quando voltarão a ser amigos?

A Kochō respirou fundo depois de alguns minutos em silêncio, alcançou seu celular e pediu desculpas por não ter dado uma resposta concreta.

Douma apenas visualizou a mensagem, fez uma careta e decidiu que não perdoaria.

S/n após perceber que não obteria nenhuma resposta, fez um beicinho triste e foi dormir.

No outro dia, na instituição escolar, ao redor de Mitsuri havia corações flutuantes e a cara apaixonada era evidente.

- O negócio não era só uns beijos? – S/n perguntou tentando disfarçar o desânimo, ambas conversavam no meio da aula.

- As coisas fugiram do meu controle. – A Kanroji disse em tom baixo.

- Você é louca, ele tem uma lateral raspada. – S/n falou negativando com a cabeça.

- Quem beija ele, sou eu, ou você? – Mitsuri se doeu com a resposta da amiga.

- Me engula. – A Kochō mais velha resmungou.

- Shinobu e Uzui, faltaram hoje. – Uma garota apareceu por de trás das meninas.

- Quem é você? – As melhores amigas perguntaram em coro.

A desconhecida contraiu os lábios.

- Sou a garota que senta próxima de vocês, ali no canto, Tamayo. – A menina falou apontando para uma banca próxima.

- Não entendi. – Mitsuri comentou, achando muito estranho, o fato dessa guria aparecer do nada.

- Hm. – Tamayo tentava formular as frases corretas. – É-É que sou muito t-tímida. Fiz terapia pra tentar s-se en-enturmar. – Ela explicou.

- Ah, fica de boa e senta aí no lugar da Shinobu. – Ordenou S/n achando fofo o fato dela gaguejar várias vezes.

- Posso? Sério? – Ela parecia realmente feliz.

- Pode. – Mitsuri sorriu.

- Algumas pessoas me chamam de louca, espero que não pensem o mesmo de mim. – Tamayo disse carregando seu material e se sentando na banca de Shinobu.

- Mas que maldade, nunca faríamos isso com você. – S/n disse pegando o celular e vendo uma mensagem de Shinobu.

Tadinha, havia pegado uma gripe grave que a deixou na cama.

S/n até pensou em Uzui, por que havia faltado? Apenas ignorou o fato, pois seus pensamentos estavam sendo interrompidos por Douma Aice, o que faria para retomar seus laços?

Ela se sentia tão bagunçada com seus próprios sentimentos e na verdade, o que seria amor?

...

Lá no topo do morro, em cima de uma árvore, estava Douma, ele não sabia o que fazer e estava sem cabeça para elaborar planos para o próximo tráfico.

Ele segurava um cigarro e sorria sem parar.

- Olha mãe, um macaco! – Uma criancinha com menos de cinco anos pronunciou apontando para Douma, a mulher assim que reconheceu o grisalho, pegou na mão do próprio filho e saiu correndo arrastando o menor.

Enquanto isso Douma ria da própria desgraça, ele queria ver sangue derramado.

Após fumar um pouco, se sentiu aliviado, sendo assim desceu da árvore.

Ao fixar seus olhos para o horizonte, viu um carro da polícia e escutou tiros.

Os policiais estavam tendo trocação de tiro, com um de seus capangas.

Logo descontou toda sua fúria nos humildes agentes de segurança.

...

Era meio dia, S/n estava largando da escola, estava cabisbaixa perto de Mitsuri e Obanai.

- Soube que deu um fora em meu amigo, ele tá muito mal. – Iguro fez a Kochō presente erguer sua cabeça.

- Já pedi desculpas, mas não adianta. – Choramingou a garota

- Ele é orgulhoso, ele realmente tem interesse em você. – Insistiu o garoto.

- Mas ele pulou os passos. – Retrucou S/n

- Que passos? – Obanai pareceu curioso.

- Primeiro a gente fica e depois... – A Kochō parecia tímida, foi interrompida pela Kanroji.

- iiiiiih, que lance é esse amiga, todo mundo sabe que você nunca beijou, só de dizer isso já demonstra muita coisa. – Nesse momento S/n corou como um pimentão.

- Ok, entendi, vou explicar pra ele. – Disse Iguro e a garganta de S/n travou, estava tão envergonhada que não conseguia dizer nada, enquanto Mitsuri ria da sua cara e dava tapinhas em suas costas, como forma de conforto.

Apesar do Aice achar que Iguro estava distante, na verdade era o contrário.

Douma estava sempre tão ativo e pensativo que mal dava pra ter uma conversa decente.

S/n sentia seu rosto queimar enquanto era arrastada pela gola da farda por Mitsuri, tentou se debater, mas já era, Obanai já estava em cima da moto e dava tchauzinho para a rosada.

Era o fim da linha para S/n, se negasse o beijo... E caso acontecesse, era tanta coisa vergonhosa que só conseguia corar enquanto era praticamente enforcada pela Kanroji. Era uma metáfora entre sim ou sim.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora