Lá estava dona S/n descendo o morro, quando chegou lá pela metade do caminho, se encontrou com um rosto familiar, Nezuko, ela estava na janela que sempre esgueirava.
S/n espremeu os olhos, passou pela a sua cabeça dizer um oi. Mas ela tinha coisas para tratar.
De forma atrapalhada e apressada desceu a ladeira, fazia um século que não via a rua. Era literalmente um passarinho numa gaiola, ela precisava acionar a justiça, a justiça deveria lidar com tudo e não ela.
Coitada, encarcerada sem saber das notícias, sua pobre mãe inconsciente a dias por causa do veneno letal de Baji... ainda mais que o formado pela base EAD, estudo a distância, errou a veia, depois de acertar, pôs o medicamento errado. Deixando a vida de Kanae em risco severo.
A delegacia física estava a poucos quilômetros de distância, mas S/n sentia sua barriga roncar. Foi então que lembrou que sua casa deveria está vazia e que os bichos que sua mãe criava provavelmente estariam todos mortos, era uma grande lástima, a nossa protagonista sempre conferia os lados sentindo-se seguida, mas não havia ninguém mesmo. Ela se sentia atordoada a todo tempo não estudava fazia dias... apenas naquele cômodo vazio... tinha até uma tv velha, modelo antigo, de tubo e chiava bastante, era óbvio que foi roubada de um Juninho aleatório. Ela caminhava cautelosa chegando próximo de sua moradia, mas viu motos estacionadas de frente a sua casa, foi quando percebeu que não estaria vazia seu doce lar. Seu coração acelerou e ela percebeu que sua vida monótona estava de cabeça para baixo. Pôs a mão no peito, sentindo um nervosismo a corroer, chegou bem próximo, vendo luzes acesas dentro. Escutou vozes e tentou esgueirar pela janela, torcendo para não ser pega. Estreitou seus olhos tentando enxergar algo, ela simplesmente viu Inosuke com uma sacola plástica transparente cheia de barata morta.
Era difícil enxergar claramente as coisas, a janela era alta e a garota precisava ficar na ponta do pé, fazendo com que doesse seu dedão.
- Esses bichos, todo dia isso. - Inosuke reclamava se aproximando do Habitat de Baji, o escorpião quase assassino. O mesmo usava luvas, odiava usar uma pinça com luva, ficava escorregadio e era chato demais. Então ele confiava 100% na luva de borracha da coloração verde.
Isso mesmo, Inosuke foi o responsável para cuidar da casa e dos bichos, por causa desse deslize, de não está sempre na casa de Douma, S/n teve mais chances de escapar, mas agora ela estava muito perto de ser recapturada.
Inosuke pelos cantos dos olhos, o mesmo estava sem a cabeça de javali que costuma ficar, ele sentiu o reflexo de alguém se espreitando na abertura de vidro. S/n percebeu isso, abaixou rapidamente, escorregou suas costas na parede e juntou suas pernas, segurando-as com os braços, sentindo um grande medo de ser pega.
- QUEM TÁ AÍ? - Ele gritou com aquela voz esganiçada andando em direção do reflexo que teve.
S/n ficou quieta segurando a respiração, ficou nervosa, deitou sobre o capim e começou a se a rastejar, seu coração acelerava, mas a janela era alta, com sorte o cabeça de Javali não a veria. Dito e feito, a mesma rastejou até a estrada de concreto, asfalto, ela sentia algumas farpas em seu corpo, junto de sujeira e outras coisas. Esses eram os piores dias da sua vida.
Ela estava toda sofrida, com fome... mas mesmo assim, ergueu a cabeça, a meta era ir na delegacia relatar o caso.
Encheu os pulmões de ar, caminhou e caminhou.... até chegar em frente ao grande edifício de justiça, ela ainda hesitou em abrir a porta, um casal acabou passando na frente dela, deram um leve empurrão, que a fez tropeçar para trás, ela sentiu seu estômago roncar mais uma vez, ela adentrou no local, observando a secretária, na frente dela estava um casal.
- É a terceira vez que eu venho para esta espelunca, é um risco que eu corro junto de meu marido. - Dizia a moça de cabelo de banana de nariz empinado.
- Já estamos com problemas suficientes. - Dizia o seu par.
S/n ficou de lado, esperando a conversa acabar para pedir socorro.
- Meus senhores já falamos para vocês, a viatura já fui enviada. - Dizia o recepcionista.
- Não foi, não. A lei é cega, mesmo. - A morena parecia está prestes a desabar. - É a terceira vez que estamos aqui, acha que paciência é eterna? Tem mais de dois pontos de drogas na minha rua. Acham que eu consigo dormir em paz, sabendo que tem drogadinhos na minha rua...? - A mesma parecia segurar firme as lágrimas.
- Minha senhora. - O recepcionista parecia está em problemas.
- Você mentiu para a gente. - O homem de terno, marido da moça falava com autoridade segurando sua mulher nos braços.
- Porra de viatura... não foi ninguém, estamos sendo ameaçados, situação tá feia, não queríamos ser cabuetas. (Mesma coisa de x9, fofoqueiro, dedo duro). É difícil, alguns drogados já perceberam a situação, nosso gato sumiu. E agora um se-se-sequestro. - A mulher não aguentava mais e se debulhou em lágrimas.
Por outro lado, S/n estava sem paciência, ela notava que aquela situação demoraria um século para ser resolvida, a fome apertava. Foi quando sentiu um cheiro especial de rosquinhas, ela deixou seu nariz agir sozinho e seguiu o cheiro, havia uma plaqueta em amarelo dizendo. "Área restrita para funcionários.", mas que se dane, ela só queria um pedacinho da rosquinha com cobertura de chocolate.
Lá estava um homem, vestido com o uniforme para policiais civis, do uniforme operacional completo, camiseta oficial da polícia civil, calça tática na cor preta e coturno ou tênis totalmente preto, sentado comendo uma caixa cheia de rosquinhas.
Os olhares deles se cruzaram e S/n teve um bom pressentimento, já o Akaza, nome do policial presente, sentia que no futuro teria que fazer uma coisa péssima.
- Quem é você e o que faz no departamento de polícia? - O mais velho falou, segurando o distintivo que tinha enganchado na camisa, o canto da sua boca, tinha chantilly, mas ele parecia muito curioso.
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Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma
FanfictionUma cidade, duas pessoas diferentes, um traficante e uma estudante do ensino médio. Um homem vaidoso e galante. Uma garota humilde e gentil. Um assassino nato que esconde sua verdadeira essência para ficar ao lado de uma certa garotinha. Uma garo...