O florescer

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O galo fazia "cocoricó" "cocoricó" "cocoricó"...

O branquelo dos cabelos platinados nem mesmo tinha pregados os olhos quando tentou dormir no horário de seu sono, mas de fato estava cansado porém angustiado, era duas da manhã, Douma se espreguiçou enquanto sentava na cama. Ele não queria nem saber, precisava vigiar S/n de perto, mas era de perto mesmo!

Um tempo depois... S/n Kochō sentiu uma leve coceira na ponta do nariz, passou a mão nele sonolenta. Virou de lado pensando "o despertador nem tocou, preciso dormir um pouco mais!"

Alguns dirão, obsessivo, polêmico, mas eu... pois bem, o chamo de o último romântico. Douma naquele mesmo dia foi até a casa de S/n como se fosse algo bem comum e normal, ele entraria pela porta, mas notou que a janela dela estava aberta, com suas mãos grossas e fortes escalou pela parede e chegou no primeiro andar, realmente, a janela estava entreaberta. S/n com tanta coisa na cabeça esqueceu de fechar a própria janela do quarto...

Como já devem imaginar, ele adentrou no cômodo onde ela dormia, se aconchegou na cama ao lado dela e observou a mesma, ele acabou caindo no sono, porém acordou primeiro que ela e ficou admirando sua face.

~Pausa pra reflexão, não deixem a janela aberta além de pegarem uma pneumonia, o Douma pode entrar e se aconchegar ao teu lado, cuidado meninas(os)~

Atualmente, S/n estava roncando, Douma ficava apenas observando a mais nova embrulhada no lençol, só a cabeça e os pés de fora, ele até tentou acordá-la tocando na pontinha do seu nariz, não funcionou.

Ele começou a ri baixo, com aquela sua cara cínica de muito bonzinho. Por sua vez, a Kochō se espreguiçou e bateu o braço nele, ele acabou rolando da cama e caindo no chão fazendo barulho.

S/n sentou na cama ainda com os olhos fechados, por reflexo, Aice se arrastou pra debaixo da cama...

- Quem tá aí? – Ela disse com a voz enrolada caindo pra trás voltando a dormir, foi tão enrolada sua fala que Douma pensou "Que porra essa muié disse?"

O platinado estava debaixo da cama... bom, ele se surpreendeu, estava cheio de pó, mas não era o pó que ele estava acostumado a ver, era o pó de sujeira, foi quando...

- ATCHIIIIIIIIM. – Ele espirrou batendo a cabeça na madeira da cama.

S/n levantou da cama, pôs suas chinelas assustada.

- Tô atrasada. – Ela disse com o coração acelerado.

O coração de Douma batia muito rápido, ele enxergou os pés dela. A mais nova começou a retirar suas peças.

Douma viu sua camisola cair no chão, suas bochechas ganharam cor, ele precisava respeitá-la, bandido tem educação sim. Ele tampou os olhos com as próprias mãos, S/n saiu esbarrando nas coisas até o banheiro.

Aice sentiu o coração desacelerar, se arrastou pra fora, sentou na cama e ficou esperando a sua amada voltar, e de preferência, com roupa. Ele olhou para janela vendo que ainda estava escuro o céu.

- Essa novinha. – Ele sussurrou baixo apoiando suas mãos em seu queixo.

...

A Kochō sentiu a água quente caindo sobre suas costas, sua musculatura estava tensa, as memórias do seu primeiro beijo vieram a sua cabeça, seu rosto ficou quente e ela abraçou o próprio corpo lembrando da sua outra versão, o Aice invadiu sua casa, agiu estranho com sua mãe e agora? Qual era o próximo passo desse doido? E o pior S/n Kochō não queria denunciá-lo a polícia, seu interior a enganava dizendo que ele era uma boa pessoa... só estava no caminho errado, devia ter um motivo por trás e ela iria averiguar mais tarde...

A toalha foi puxada do gancho da parede, S/n começou enxugando seu rosto. Ela vestiu o seu roupão vermelho e pôs a outra toalha na cabeça.

...

Ela saiu bocejando pelo corredor até seu quarto... foi quando seu semblante mudou drasticamente.

- Do-do-do-do-douma. – Ela gaguejou apertando o roupão, o que ele fazia aqui??????

O rosto de S/n ficou todo vermelho e saía fumacinha.

- Oiiii amor, estava com saudades. Esse roupão combina com você. – Ele disse olhando ela da cabeça aos pés. O coração da Kochō acelerou, ela fechou a porta e trancou de chave ninguém sai, ninguém entra. – Só vim aqui te alertar que você têm que fechar as portas e janelas muito bem para que ninguém de má índole entre... não que eu seja... meu amor! – Ele sorriu ficando de pé e se aproximando dela, a garota havia paralisado, foi quando Douma mordeu levemente seu pescoço, mas foi o suficiente para deixar uma marca de mordida, S/n o empurrou.

- Vai embora. – Ela disse ficando de costas para ele.

Douma se afastou e sorriu para suas costas, ele era mesmo um sadomasoquista.

- Feche bem as portas e janelas, meu amor. – Ele disse saltando pra fora pela janela. A Kochō levou aquilo como uma ameaça, tudo precisava estar lacrado.

Assim que ele foi embora, S/n respirou aliviada, ela tinha se enfiado em um poço bem fundo, mas não que significava algo ruim. Quando S/n estava prestes a fechar a janela, percebeu que o céu estava clareando, ela desceu seus olhos para baixo e viu Douma sorrindo para ela, a mesma fechou a janela com força e trancou. Sentou na cama, pôs a mão na cabeça e respirou fundo.

- Me ajuda, Shinobu, tu que sabe das coisas. – Ela implorou baixinho tocando no seu pescoço, a outra mão segurava o roupão com firmeza... quando olhou para o relógio da parede viu que dizia que ainda era cinco da manhã, sua cara de pânico quando notou que era cedo de mais foi imperdível.

...

Douma caminhava cantarolando, dance with me, dance with me. (Dance comigo 2x), ele retirou um facão do bolso enquanto subia o morro, ele ficou brincando com o objeto até chegar no paraíso, na sua casa, ao voltar pôde dormir.

Mais tarde naquele mesmo dia, S/n estava de uniforme e no caminho para instituição escolar, ela se esbarrou com alguém estranhamente familiar.

- Olha por onde anda, menina! – O homem de cabelos negros e olhos vermelhos disse de forma rude seguindo o seu caminho para frente. S/n ficou olhando para as costas dele por um tempo até sumir de sua vista.

~Maicon, eles não ligam pra gente..."

Notas finais - Obrigada por tudo, queridos leitores. 

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora