Posso ajudar?

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Kanae estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo alto, sua cabeça passava mil e uma coisas, sua única filha subiu o morro que tanto ela disse que não era pra subir, confiou na filha, achou que era uma boa estudante, nunca havia passado por sua cabeça que ela matava aula pra ficar com um bandidinho qualquer do MORRO. Todo mundo do bairro já havia percebido, menos ela, isso a sucumbia, odiava ser a última a saber das coisas.

A passos pesados, pediu licença do trabalho, inventou uma desculpa que estava passando mal e caminhou em direção ao seu automóvel.

...

Em um tempo curto, estacionou seu veículo em frente a casa, não subiria com seu automóvel poderia ser facilmente roubada.

- Essa menina me paga. – Esbravejou Kanae olhando o horizonte, dando de cara com o enorme morro.

Levantou seu pé esquerdo, logo começou a andar em frente, os seus pés faziam "poof, poof" a cada passada que a mais velha andava.

Enquanto isso, S/n estava aos beijos com Douma lá perto da árvore mais famosa daquele bairro, eram aquele tipo de casal meloso, mãos estavam dadas enquanto trocavam bitocas, o pobre Obanai estava lá fazendo papel de árvore, pensando em como ruim é ser uma vela.

Pareciam dois pombinhos, nenhuma mágoa, nenhum sentimento ruim, só os beijinhos e mordidinhas de Douma Aice, tinha momentos que a Kochō se arrepiava todinha e sentia ter sensações que nunca tivera antes.

Kanae respirava tão profundamente, já estava chegando na metade do morro, se sentia aflita e um pouco perdida, aonde estava essa menina?

Nezuko Kamado, que não perdia nada, já avistava a moça bonita que parecia que não envelhecia.

- Eita, esse morro cada dia que se passa, mais movimentado fica. – A mais nova sussurrou, com as mãos apoiando sua cabeça, diante da sua janela vendo a senhora Kanae, percebeu que a mulher mais velha estava perdida como se estivesse procurando algo.

Nezuko pôs os seus binóculos que estavam no canto da janela, a mesma ficando mais instigada para investigar a situação, ela da janela deu seus pulos para fora e como se não quisesse nada, se aproximou da Kochō mais velha presente naquele momento.

- Como posso ajudar? – A Kamado questionou, ela merecia o prêmio Nobel de garota mais fofoqueira do bairro, ela até tinha medo de ficar careca, mas não podia perder uma boa e velha fofoca, sabe como é, né?

- Estou procurando uma menina ela tem essa altura aqui. – Kanae disse fazendo gestos com a mão. – O cabelo dela é desse jeito. – Ela imitou, ajeitando seus cabelos e fazendo a face da filha. – A cara emburrada não pode faltar.

Logo apareceu uma lâmpada na cabeça de Nezuko, essa S/n era mesmo uma celebridade.

Douma por ela e ela pelo Douma.

- Já sei de qual senhorita está falando. Eu a vi sim, ela subiu o morro, tá lá no topo com o nome que não pode ser citado, estão do lado da árvore grande e bonita. – Nezuko sorriu gentilmente e o corpo de Kanae parecia ter uns tremeliques.

"O nome que não pode ser citado..." Com essas humildes palavras Kanae havia comprovado que esse cara era bem mais perigoso do que parecia, com certeza fazia parte de algum esquema sujo.

- Obrigada, mas... você não deveria está na escola? – Questionou Kanae.

- Fui suspensa por contar os podres da gestão e espiar as conversas dos professores. – Sussurrou baixinho a menina, a mais velha estranhou mas estava com pressa, ela queria esfolar a própria filha.

Como (não) conquistar um traficante Imagine DoumaOnde histórias criam vida. Descubra agora