Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma

Trouxa

- Cachorro? - Mitsuri repetiu vendo o sorriso forçado de Shinobu.

- É, meu cachorro. - Uzui respondeu. - Ninguém queria cuidar, mas então pensei na S/n. Ela com certeza vai querer.

- O que você tá insinuando? - Mitsuri falou ficando irritada, a sua amiga era o que agora? Babá de cachorro? Última opção?

- Nada... - o Tengen falou desconfiado

- Você nunca conversa com S/n, de repente, aparece pedindo pra ela cuidar do seu cachorro? - A Kochō presente reclamou.

- Sim? - Uzui falou meio confuso. - Vocês acharam que era o que? Uma confissão? - O grisalho brincou e as meninas riram de forma fingida.

S/n estava de frente ao porteiro, com sua farda e bolsa, apesar de está matando aula mais cedo, estava de farda e com sua mochila, porquê sua mãe fica em casa pela manhã e acharia estranho se sua filha não estivesse de farda.

A garota botou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, o porteiro a encarou como se a mesma fosse um bicho do mato.

- Isso é hora de chegar, mocinha? - O porteiro disse reclamando enquanto abria a porta. - Próxima vez, mando você assinar advertência lá na diretoria. - Disse o velho tendo misericórdia.

- Muito, muito obrigada. - A Kochō mais velha agradeceu se curvando e andando para frente.

- Vai pra lá, vai. - O porteiro resmungou sentando na cadeira de velho fofoqueiro.

S/n esperançosa, respirou fundo sentindo borboletas na barriga e um nervosismo no ar, sua respiração ofegante, o seu coração batia fortemente enquanto sentia um desconforto.

Segurou a alça da sua mochila e partiu para a área do intervalo. Com o olhar procurou incansavelmente o Tengen. Ele estava junto de suas amigas em um canto perto da quadra.

Seu nervosismo abalava suas pernas, mesmo assim se forçou a caminhar em direção ao grupo de amigos.

Uzui olhou pelos cantos do olhos notando a presença de S/n, agiu como se fosse próximo dela e pôs a mão sobre seu ombro.

- E aí, minha consagrada!? - Questionou o branquelo e S/n se sentiu nas nuvens.

- O-Oi. - Gaguejou quando o seu olhar cruzou com o dele. - Shinobu me falou que você tinha algo pra me falar. - S/n declarou querendo ser direta.

- Que rápida, não sabia que você estava na escola. - Tengen disse confuso.

Quando S/n se deu conta, Mitsuri e Shinobu haviam saído de fininho.

- É... - A Kochō mais velha sussurrou.

- O negócio é o seguinte. - Uzui estranhou quando o rosto da garota ganhou uma coloração rosa nas bochechas. - Tem como cuidar da minha cachorrinha, por coincidência ela tem seu nome, sabia? - Uzui disse sorrindo, enquanto S/n franziu a testa.

- Hã? É o que? - A garota disse caindo na real. - Cuidar do seu cachorro, por quê?

- Vou viajar esse fim de semana, sacou? - Uzui tagarelou e um ódio tomou conta da Kochō.

- Saquei não, tá falando que meu nome é nome de cachorro? - A mesma parecia irritada, virou de costas decidida a esquecer o arrombado do Tengen que só vacilava, nunca a notou e de repente aparece pedindo favor, vai se lascar, vai.

- Hã? É só uma coincidência, juro. - Ele tentou chama-la, mas acabou desistindo.

S/n deu a derrota, entrou na sala, ajeitou sua banca e abaixou sua cabeça sentindo a mesma pesar.

Minutos depois...

Enquanto isso Douma estava revoltado.

- Então de acordo com você, ela disse não por causa de um tal de Uzui. - O mais velho perguntou muito irritado.

- Sim, sigo ela todos os dias e estou sempre ligado nas conversas dela. - Tokito o respondeu. - Sou pequeno, mais esperto, minha memória não é das boas, mas sempre escrevo as coisas importantes no meu bloco de notas. - O Muichiro declarou e o Aice acreditou.

- As coisas serão mais simples se matarmos esse resto de aborto, porém ele não fez nada de errado, além de ficar no meu caminho. - Então o branquelo respirou fundo.

- Vamos dar um cacete nele por ficar no caminho do chefe. - O Muichiro sugeriu e então o Douma deu tapinhas em sua cabeça.

- Muito bem pensado, Gyutaro lide com isso. - Douma alertou ao outro subordinado presente.

- Eu? Então tá certo, né? - O homem magro e de cabelos verdes comentou. - Posso espancar, né? Só não posso ser pego, né? Será que ele é bonito, né?

- Cala a boca, maldito. - Douma se irritou, tirou sua arma do bolso e deu um tiro de raspão no Gyutaro.

- Me diga pelo o menos como é a aparência dele e onde ele está, né? - O subordinado questionou.

Por fim, o Douma explicou tudo para o outro.

Quando Gyutaro foi embora, Aice lembrou de Giyu.

- Cadê o Tomioka? Fazem dias que ele sumiu e ainda não fez o que pedi, vocês são uns imprestáveis. - Praguejava o líder com irritação.

Algumas horas depois...

Assim que Uzui pôs os pés fora da escola, Gyutaro já tinha os olhos grudados nele.

O perseguiu até chegarem a um beco vazio.

- Você é o Uzui, né? - O magrelo o questionou saindo das sombras.

O Tengen enrugou a testa.

- Sou. - O mesmo respondeu se sentindo ameaçado.

- Sabia que você tem uma coisa que o chefe deseja, né? - O outro falou ficando cada vez mais próximo.

- Chefe, que chefe? - O Uzui disse nervoso andando pra trás.

- Pra você, é lua superior, né? - Gyutaro sorriu macabro.

O branquelo arregalou os olhos.

- O serial killer é seu chefe? - Questionou o Tengen e o magrelo sorriu mais ainda.

- Neeeeeé. - Ele respondeu. - Mas não ouse contar a ninguém do que vai acontecer hoje, se não, você vai morrer. - O de cabelos verdes falou coçando sua bochecha.

- Não... - Uzui olhou para os lados vendo que não tinha pra onde correr.

"Você tem algo que o chefe deseja." Essa frase ecoava na cabeça do Tengen.

Por fim, tentou se defender dos golpes de Gyutaro.

Mas o esverdeado deu um soco na barriga dele seguido de um chute na panturrilha.

O grisalho já no chão, recebia chutes por todo seu corpo, tentou proteger sua cabeça, enquanto o magricelo chutava violentamente seu quadril.

Gyutaro só parou quando viu que o branquelo perdeu a consciência.

- Trabalho bem feito, né? - Falou pra si mesmo, enquanto coçava sua bochecha.

O corpo de Tengen, estava cheio de hematoma da cabeça ao pés e havia feridas leves e graves.

S/n não sabia nem 1% do que estava acontecendo pelas costas dela.