Alguns dias se passaram, na turma de S/n, muitos sentiram sua falta porque ela havia parado de frequentar repentinamente.
[...]
Um certo cara de cabelos negros e olhos vermelhos, estava sentado no sofá da casa de seu irmão gêmeo pensando sobre o paradeiro da sua amada jamais esquecida... quando Mullin se aconchegou na sala segurando uma xícara de chá.
- Você quer? - Ofereceu a bebida, enquanto Muzan mordia a unha do seu dedão da mão sem arrancá-la, só mordiscando submerso a pensamentos. - Muzan? - Ao chamar o seu nome, o mais velho ergueu os olhos pra ver o rosto do Kibutsuji mais novo e o mais velho tirou o dedo da boca.
- O quê? - Ele disse meio surpreso, a casa era do irmão, mas não achou que ele apareceria como um fantasma na sala.
- Quer chá? Tem café na geladeira também se quiser. - Questionou com uma interrogação na cabeça.
- Não. - Ele disse cruzando as pernas e tirando o chapéu branco da cabeça.
- Sabe, tem uma aluna lá na minha turma que ela têm olhos vermelhos. - Comentou Mullin bebericando o chá.
- Tá e daí? Desde quando ter olhos vermelhos são peculiaridades, hoje em dia todo mundo usa lente, não é? - O mais velho perguntou sem nenhuma esperança.
- Mas parece muito ser natural. Ela tem os cabelos pretos também... e é bem distraída, quando ela ia pra aula, me lembrou da mamãe, sabe? Na época que nosso primo Michael Jackson morreu, ela ficou bem deprimida. - Ele disse lembrando do primeiro dia de aula e na sua mãe.
- Meu filho é homem, tenho certeza. - Disse Muzan soltando faíscas pelo olhar.
- Não, mas já pensou se é uma menina? - Retrucou Mullin.
Um breve silêncio instaurou no local.
- Tem foto da mãe dela? - O Kibutsuji mais velho questionou não pondo muita confiança naquele assunto.
- Porque eu teria fotos da mãe das minhas alunas? - O outro perguntou assustado.
- Não, mané. É só a mãe dessa menina em específico. - Os olhos do homem era um misto de mistério e suspense.
- Olha, isso eu não posso ter, porém posso checar nos documentos pessoais da menina... - Ele ficou pensativo. - Qual era o nome dela mesmo? É...ss...uellen... - Coçou a cabeça lembrando com entusiasmo. - S/n Kochō. - Os olhos de Muzan brilharam ao escutar o sobrenome da garota. Era a maior pista no momento.
- Então, termine seu chá e vá mexer nesses documentos e me diga algo, antes que eu tenha que contatar meus 362837393 advogados e detetives. - Muzan disse tranquilamente e o seu irmão assentiu com a cabeça tomando o cházin.
Kanae continuava em coma, presa em um sonho maluco e distorcido. Sua filha agora pertencia a Douma Aice, quando eu digo pertencia, era porque não havia mais saída, ela sabia demais.
>Hora do musical<
A tradução da música She Knows explica exatamente o que está prestes a acontecer como uma versão do Douma e S/n cantando: - Ela sabe, ela sabe... coisas ruins acontecem com as pessoas que você ama e você se encontra orando para os céus... Douma: Mas honestamente eu nunca tive muita simpatia... S/n: porque sempre vi essas coisas ruins vindo pra mim... eu vou fugir, fugir, fugir e nunca mais voltar. Douma: Dane-se o que eu faço, você sabe que eu tenho uma garota de volta para casa. Você tem um homem que você quer...
>Fim do musical<
S/n estava presa em exílio num quarto de hóspedes na casa de Douma, depois daquele dia no qual tiveram uma briga feia.
Flashback on
S/n destrancou a porta rápido, assim que abriu, sentiu o impacto da porta batendo na cara dela, praticamente um chute na cara indireto, na hora que o mais velho arrombaria a porta, ela estava abrindo pra tirar satisfação.
Ela estava de bunda no chão, sentindo uma dor tremenda no nariz, e agora Derick?
- Alô? Alô? - Tokito perguntou do outro lado da linha. - Que barulho da besta fera foi esse? - Complementou Sanemi.
O rosto de Douma pela primeira vez ficou sem o seu disfarce de bom cidadão, ele olhou para a face machucada da Kochō, a testa avermelhada por sua cotovelada, o nariz agora estava meio inchado, a sua mão segurava a boca como se tivesse ferido também. Ele se agachou pegou o celular e apertou com força.
- Você é louca? Por que roubou meu celular?- Ele falou com a voz autoritária segurando o seu demônio interior.
Os olhos da garota se encheram de lágrimas e não demorou para transbordarem, Douma acabou trincando a película de vidro do seu próprio celular.
- Para de chorar, você é fraca e indefesa. - Ele disse se curvando para se aproximar do rosto dela. - Você literalmente me obriga a cuidar de você. - Ele suavemente largou o celular no chão e segurou os ombros da mais nova olhando mais de perto os ferimentos.
- VOCÊ ACHA QUE EU SOU TÃO BURRA ASSIM? - Ela gritou trincando os dentes sentido o seu sangue fervilhar. - O que você fez com a minha mãe?
- Nada. - Ele disse tocando na testa dela, imediatamente S/n segurou o pulso dele.
- Acha que eu não percebi o jeito que a tratou naquele dia, pensa que eu esqueci, isso martela todos os dias na minha cabeça, sabia? - Os olhos dela estavam tão decepcionados e ainda estavam cheios de ódio. - Você drogou minha mãe e a levou pra longe, pra que eu pudesse ser uma presa fácil. - Ela tirou a mão dele e se arrastou para trás com medo. - Você é uma grande incógnita, você não me ama, você é um psicopata. - Agora Douma se sentia magoado, ele ficou calado erguendo seu corpo. - Você tentou me enganar, você tentou me fazer ter pena de você... - Ela simplesmente não conseguia parar de falar. - Monstro... - Ela sussurrou tremendo os lábios. - Drogou minha mãe e agora vai matá-la por diversão.
- S/n. - Ele disse sem nenhuma expressão no rosto. - Se não quiser ser a próxima, cale a maldita da sua boca, está delirando. - O sentimento de coração partido era o pior naquele momento, a impulsividade sombria dentro daquele homem queria se manifestar.
A mais nova sentia a ardência dos machucados e agora tinha um completo desconhecido na sua frente, ele era um ponto de interrogação por completo, o cara que ela gostava, era divertido, romântico, educado e alguém que tentava desesperadamente sobreviver, mas pelo visto as coisas não eram assim, as mãos da garota tremiam.
Douma era um matador nato que desesperadamente queria se unir com sua presa, mas todo mundo sabe que um lobo raivoso não pode ficar com um coelho medroso. S/n não fazia a mínima ideia de como poderia se proteger.
O mais velho tomou sua escolha, ela queria uma besta demoníaca? Então ela teria isso por enquanto. O Aice deixou suas mãos escorregarem até sua faca.
- Não grite, ou... as coisas ficarão ruins pra você, meu amor. - Indagou ele apontando o objeto pontiagudo e ela assentiu com a cabeça com um medo extremo de levar uma facada. - Anda levanta. - Ele disse ajudando-a a ficar em pé, ele até parecia uma pessoa ruim nesse momento, não é de se estranhar, ele é um vilão, porém, o Douma sabia que sem a mãe, S/n não duraria muito.
Ele a levaria para sua casa, pra ele mesmo ficar de olho nela... o celular no chão que estava com a tela preta, clareou e no outro lado da linha, Sanemi e Tokito escutavam o podcast de novela mexicana com várias caras e bocas.
"Se não pude te ter do jeito bonzinho vou te ter do mal." Douma pensou sentido uma fisgada no peito.
Flashback off
"Todos querem ser meus inimigos, meus inimigos"
Notas da autora: por favor, queridos, não esqueçam de votar.
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Como (não) conquistar um traficante Imagine Douma
FanfictionUma cidade, duas pessoas diferentes, um traficante e uma estudante do ensino médio. Um homem vaidoso e galante. Uma garota humilde e gentil. Um assassino nato que esconde sua verdadeira essência para ficar ao lado de uma certa garotinha. Uma garo...