Capítulo 27| Baile de favela

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Acordo e estou me arrumando pro baile, o Imperador fez questão de fazer um só pra mim pra me pedir desculpas

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Acordo e estou me arrumando pro baile, o Imperador fez questão de fazer um só pra mim pra me pedir desculpas.

Coloco meu vestido mais curto, ele é rosa clarinho e cheio de brilho, meu salto preto, deixo meu cabelo que está no seu tom mais escuro nem liso o que faz ele bater em minha cintura. Coloco as minhas argolas, confiro a maquiagem pra ter certeza que não está nada muito pesado e olho pras minha unhas que estão impecáveis.

Passo pelo Imperador como se não o conhecesse e escuto o mesmo bufar.

Ele abre a porta do carro pra mim e eu me sento cruzando as pernas, cobra e o Ph no banco de trás, ambos com a cara horrível.

- Imperatriz. -Ambos dizem juntos fazendo um tipo de referência com a cabeça, o Imperador liga o carro e começa a descer o morro indo em direção ao baile.

-O que deu que vocês estão com cara de enterro? -Peço me virando pra trás e o Imperador bufa.

Cobra  -Tive que deixar a mina sozinha em casa pô, sexta feira e ela sozinha com as cria.

-Por que não ficou em casa?-Ele olha em direção ao Imperador e sei que o mesmo está obrigando ele a estar aqui.-E você Ph, por que não trouxe tua mulher?

Ph-Ela tá malzona, só vomita e que dormir, da não.

-E por que eles estão aqui e não está com as mulheres deles?-Pergunto pro Imperador e ele não me olha.-Te fiz uma pergunta Pedro.

-Porque eu mandei caralho, preciso deles aqui.

-Pra que? Pra vender droga? Cacete é só mandar outros.

-Eu quero eles.

-Para o carro.-Digo braba e o Imperador sorri me desafiando.-Para essa porra desse carro. -Ele não me olha dessa vez e puxo o freio de mão fazendo o carro dar uma volta e fazer uma barulheira do cacete. -Quero os dois fora do meu carro. -Digo e nem termino a frase direito e o Cobra e o Ph já estão pro lado de fora.

-Entrem no carro, AGORA. -Diz o Imperador e os meninos encara a gente sem saber o que fazer.

-Vão cuidar das mulheres de vocês, com o Imperador resolvo eu. -Eu digo e eles ainda me encaram, acho que eles tem medo de me desobedece e o imperador matar eles ou de desobedece o Imperador e o mesmo matar eles.-Imperador manda eles pra casa.

-Vão logo caralho.-Ele praticamente grita com os meninos que apuram o passo e não olham pra trás com medo dele mudar de idéia.

Desço do carro e bato a porta.

-Onde vai Anna? -Escuto o grito do Imperador porém tiro o salto e começo a descer o morro sozinha, sou mulher, preciso de ninguém não. -Eu te pedi onde tu vai, porra. -Escuto o grito dele e sinto a sua respiração próxima ao mesmo pescoço. Me viro pra trás e me assusto ao ver ele mais próximo do que eu imaginava. Sua mão puxa minha cintura e eu levanto meu queixo com quem diz que não tenho medo dele. E não tenho mesmo.

No alto da favela: ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora