Capítulo 3| Melhor amigo?

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Maju me disse que era vodka com energético, era bom

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Maju me disse que era vodka com energético, era bom...
Imperador saiu e foi sei lá pra onde, eu e Maju começamos a dançar que nem loucas, fomos até o chão mesmo.

Quando eu olho pro camarote o Imperador não parava de me olhar, a Maju foi pegar mais bebida pra gente e o Imperador se aproximou, seu olhar era penetrante.

-Esqueci a chave da minha moto em casa, bora lá comigo?-Pedi ele e eu nem raciocino apenas concordo com a cabeça.

Estávamos indo apé até sua casa, não trocamos muitas palavras. A final o cara anda com um Glock na cintura e uma cara fechada da porra.

Chegamos bem no topo do morro, bem na frente de uma casa muito bonita.

-Entra.

Eu estava entrando e realmente a casa era linda.

Do nada ele veio pro meu lado e tentou me beijar eu botei a mão na frente e não permiti.

-Desculpa Imperador, mas não.

-Não?

-Não.

-Eu quero tu pra mim. -Ele diz se aproximando e dando alguns beijinhos no meu pescoço fazendo eu ficar toda mole. -Gostei de ti, eu te levo pra tua casa. -Ele diz se afastando, pegando a chave da moto e fazendo sinal para eu seguir ele.

Fiquei em silêncio e sai pro lado de fora, sua moto é linda, toda preta. Ele sobe em cima e eu subo atrás, toda estranha, a final nunca andei de moto.

Chegamos na frente da minha casa e eu já desci, vejo o meu pai saindo pra fora e tiro o capacete entregando ao Imperador.

-Muito obrigada Imperador...-Meu pai me corta com a sua gritaria e me viro para o homem.

-Essa hora na rua, ainda mais com traficante...Você deveria ter vergonha nessa tua cara, sua marmita do cacete. -Meu pai nem termina direito e seu corpo é derrubado no chão. Não vi o momento em que o Imperador saiu da moto, mas acho que ele vai matar o meu pai.

-Pelo amor de Deus Imperador, pare, ele é meu pai. -Eu disse enquanto o imperador não parava de socar o rosto do velho. O homem gospe alguns dentes e leva mais um soco no rosto desmaiando.

-Pega as tuas coisas, vamo comigo. -Diz o Imperador levantando do chão e cruzando os braços.

-O que? Não.

-Vai logo Anna Beatriz, não vou repetir.

-Mas...eu não te falei o meu segundo nome.

Ele bufa e passa as mãos pelos cabelos. Meu braço é puxado com violência, ele está tentando me levar em direção da moto. Puxo o meu braço do dele e ele fica vermelho. Ele e bem explosivo, já reparei nisso.

Escuto meu nome ser chamado e me viro vendo o Guilherme, um amigo meu da escola, o meu melhor amigo.

-Oi, amor. -Ele veio tentar me beijar, ele cheirava a álcool, me afastei. -Tu anda tão distante sabe...acho que tu não gosta mais de mim, não deu pra mim, nunca nem me deu um beijinho.

O Imperador só encarava tudo aquilo sério, parecendo que queria matar o Guilherme, e eu só ficava cada vez mais irritada e também tinha essas lágrimas que desciam sem a minha permissão.

-Guilherme tu era o meu melhor amigo.

-Sabe tu é muitoooo gostosa, mas porra a gente é melhores amigos uns 6 meses e tu ainda se faz de difícil, porra isso cansa sabia? Não aguento mais ter que comer puta porque a bonita aqui não tá afim de abrir as pernas tão cedo. -Guilherme disse aquilo rindo, eu não sabia que ele pensava assim de mim. -Eu sou um cara tão legal, sempre fiz de tudo por ti. -Ele diz gritando e eu limpo minhas lágrimas.

Me aproximei do Guilherme e olhei bem nos olhos dele.

-Filho da puta. -Dei um tapa com tudo no rosto dele, virei as costas e subi na moto com o Imperador. Ele está com um sorriso de canto, ele liga a moto e me tira daqui, sinto o meu corpo relaxar com a sensação do vento em meu rosto e nos meus cabelos.

No alto da favela: ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora