Capítulo 29| Momentos

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Chegamos em casa, me deito na cama e mando mensagem pro Imperador avisando que já me deixaram em casa e ele não precisa se preocupar

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Chegamos em casa, me deito na cama e mando mensagem pro Imperador avisando que já me deixaram em casa e ele não precisa se preocupar.

Deito na cama e adormeço logo em seguida.

Acordo com o Pedro falando alguma coisa, parece um resmungo.

-Que que foi? -Peço sentando na cama e coçando os olhos.

-Vai tomar um banho, tu tá fedida e com a roupa de ontem. -Olho em volta e vejo que estamos no nosso quarto, tô sentindo um cheiro de álcool e eu realmente estou com a roupa de ontem.

-Tu viu a mensagem que eu te mandei?

-Sim, só não entendi o que tu queria dizer já que foi eu quem te trouxe pra casa. -Segurei a risada com o que ele acabou de dizer, eu realmente não me lembrava disso.

Entro no banho e relaxo, logo depois saio do chuveiro e não vejo mais o Imperador pelo quarto.

Coloco meu short e a minha camiseta e desço pra andar de baixo.

-Imperador? -Peço porém ele não responde. Escuto uma gritaria do lado de fora e saio de dentro de casa.

Imperador está em cima de um cara socando o rosto do mesmo, olho em volta e não tem ninguém nas ruas. Estranho normalmente em briga sempre tem gente. Vejo o PH se aproximando.

O menino está prestes a desmaiar quando eu escuto um barulho enorme e o Imperador cai pro lado. Seu sangue começa a escorrer e meus olhos se enchem de lágrimas. O garoto que tava em baixo do imperador atirou nele.

Olho pro outro cara que ainda estava no chão e pego a arma em sua mão e aponto pra sua cabeça.

Escuto os outros meninos chegarem, Cobra já colocou o Imperador dentro do carro e uma lágrima escorre de meus olhos só de imaginar que vou perde-lo.

-O que vão fazer no inferno contigo, não é um terço do que eu faria se não tivesse que cuidar do meu marido. Tu não vai ser torturado, mas tu vai morrer sabendo que o Imperador vai ficar bem e você não passará de um saco cheio de ossos.

-Ele não é quem você pensa...

-Vai te fuder. -Eu aperto o gatinho e vejo o furo se formar em sua testa. Sangue escorre e o ZN está me olhando com os olhos arregalados.

ZN-Ele teria dito qualquer coisa por piedade.

-Eu sei. -Minha voz sai um pouco baixa demais e deixo a arma cair de minha mão, meus olhos se enchem de lágrimas e minhas pernas falham. Zn me pega no colo e olha para um dos caras ao seu lado.

Zn-Se livra do corpo, ninguém viu nada. Diz que o cara se mandou.

O cara só concorda com a cabeça e não me lembro de mais nada tirando isso.

Acordo e estou deitada na minha cama e do Imperador, Cobra está me encarando e ele está sério.

-Está bem? -Ele pedi e eu apenas concordo.

-Como está o Imperador?

-Muito bem, o tiro foi em sua barriga, mas por sorte não causou nada que não tenha reparo. Ele deve ter desmaiado pela dor muito forte.

-Então por que está tão brabo?

-Por que ele vai surtar ao saber que o ZN te pegou no colo. -Dou uma risadinha.

-Ele vai mesmo.

-Vem, vamos no postinho ver ele. A enfermeira me ligou dizendo que ele já acordou e está surtando.

Vamos apé até o postinho, aqui dentro do morro e não é longe. A gente foi conversando e sempre me sinto bem depois de conversar com o cobra, ele me entende e não me julga.

Entramos no quarto do Imperador e a tv do quarto está quebrada, tem um furo de bala bem no meio da tela. Olho pro Imperador sem entender e o bonito faz questão de ainda está bicudo.

-O que seria isso? -Eu peço após ver uma enfermeira passar por mim CHORANDO.

Imperador-Ela veio com uns papo de me dar banho, tá loca fi, poucas ideias pra esse tipo de mina. Eu tenho mulher, caralho.

-Imperador é o trabalho dela.

Imperador -Quero saber não.

-E o buraco na tv?

Imperador -Nenhum como tu tá? Tu levou um tiro, está bem amor? Só usa o meu corpinho.

-Cobra, da licença pra nós.

Cobra-Claro Imperatriz, quando quiser tô lá fora. Te acompanho até em casa. -Concordo com a cabeça e imperador revira os olhos.

-Tá bem? -Eu peço e ele concorda. -Eu te amo.

-Eu te amo.

-E o que é o furo na tv.

-Tentei ligar um bagulho pra mim ver e não tava funcionando direito.

-Ai tu deu um tiro na tv?

-Não tava funcionando mesmo.

-Imperador...eu matei o cara.

-Que? Matou quem?

-O que te deu o tiro, eu matei ele.

-Anna...tu tá bem?

Nego com a cabeça e ele vai pro lado, com dificuldade e faz sinal pra mim me deitar em seu peito.

-Sinto muito...-Ele diz passando a mão em meu cabelo e eu fecho os meus olhos. -Não precisava ter feito isso por mim.

-Nós dois sabemos que tu só não faria como já fez por mim coisas assim. Eu te amo e matei ele por ter cogitado te tirar de mim. -Um sorriso triste se forma em seu rosto e uma lágrima escorre de meu olho, algo que ele seca e tenta mostrar que é forte.

-Tu mudou muito desde que começou a ficar comigo.

-Isso é bom ou ruim?

-Eu não sei...

-Ta cogitando terminar comigo?

-Eu te amo mais que tudo Anna, mas não aceito que você se perca por minha causa. Você matou alguém e isso pode ser muito pra ti. Ficarei louco, mas posso te deixar ir se é isso se você que.

-Nem fudendo, vou enlouquecer se eu ficar longe de ti Imperador.

-Então acho bom você não ir pra lugar nenhum, que eu vou atrás de ti até no inferno, mulher. -Dou risada porque eu sei que é verdade.

-E daí eu fiquei mal depois e o ZN me levou no colo até o nosso quarto.

-ELE FEZ O QUE? -Imperador da um grito e puxa o braço com tanta força que até o soro cai de seu braço. Escuto a risada do Cobra do lado de fora.

-Calma...vamos por partes. -Eu digo tentando acalmar ele que está tão vermelho que parece que vai infartar.

No alto da favela: ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora