Capítulo 28 - Sim Ou Não

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Usando um vestido cor-de-rosa claro no estilo romano, presilhas de ouro na alça, um cinto de corrente de ouro fina na cintura, uma gargantilha de ouro com um pingente de diamante negro em formato de chave, uma tiara delicada de pequenas pedras negras e um salto simples e branco exibindo os dedos pequenos e com unhas bem cuidadas, o cabelo ruivo na altura do ombro, a estatura baixa, os olhos verdes como folha e um batom claro na boca. Era uma mulher realmente linda, parecia um anjo de olhar inocente, com pele e cabelo capazes de causar inveja a qualquer sereia.

- É um prazer conhecê-la, querida Ayra! - ela falou animada com voz doce, como se fôssemos amigas.

Rudi entrou na minha frente e rosnou para ela mostrando os dentes de forma ameaçadora, Ravena não se importou.

- Por favor, querida, controle o seu cachorro.- olhou para Rudi como se ele fosse um animal doméstico indisciplinado. - Não queremos que nada de mal aconteça com um animal tão bonito. - sorriu maliciosa para o lobo.

Eu permaneci parada, calada e talvez sem respirar.

- Venha comigo meu bem. - ela estendeu a mão para que eu segurasse, falava comigo como se eu fosse uma criança assustada.

- Me deixe em paz. - falei inexpressiva.

- Isso não é uma opção. - Ravena achou graça da minha ordem. - Eu mandei mensagens, querida, não recebeu? - encenou uma confusão. - Tive a ligeira impressão de que estava me evitando. - levou a mão ao peito e encenou se sentindo ofendida.

- Foi você... esses sonhos... - despertou a minha raiva.

- Eu só queria conversar. - revirou os olhos. - Não precisa de drama. Venha. - sorriu e estendeu a mão novamente. - Deixe-me apresentá-la ao melhor deste mundo.

- Nunca! - expressei a minha raiva.

Rudi rosnava para a rainha como um cão leal e protetor na minha frente, Ravena olhou para ele estampando um sorriso malicioso nos lábios, parecia maquinar qual crueldade faria para me coagir a acompanhá-la. Rapidamente dei um passo a frente chutando o lobo para trás de mim, Ravena atirou uma corrente elétrica alaranjada na nossa direção e eu nos protegi com um escudo esverdeado, a eletricidade se prendeu ao escudo e eu me esforcei para dissipá-la. Ela parou e analisou o movimento rápido que fiz para proteger o meu amado. Olhou para mim e depois para o lobo parecendo perceber algo que não notara antes.

- O amor será a sua ruína, uma pena para um ser tão extraordinário como você. - ela deu um passo a frente e eu respondi dando um para trás e convocando minhas lâminas de folhas e bolas de fogo.

- Você realizará grandes feitos em meu nome, querida... venha. - estendeu a mão demonstrando fascinação.

- Vá embora! - ordenei.

Ela balançou a cabeça fazendo barulho de negação.

- Eu não vim aqui à toa. Sabe... as pessoas costumam valorizar mais a minha presença, afinal... eu sou a dona deste reino. - levantou a palma das duas mãos se sentindo dona até das árvores que nos rodeavam.

- Eu nunca serei sua! Nunca abaixarei a cabeça porque não a reconheço como minha rainha! - falei movimentando o vento a nossa volta e fazendo o calor das bolas de fogo aquecerem o ar. - Eu sou livre e permanecerei assim até meu último dia! - dei um passo a frente deixando claro que não sentia medo dela.

Ravena provocou uma ventania maior do que a minha, o vento me empurrou para frente fazendo eu chegar mais perto dela, puxou do chão uma bolha laranja ao nosso redor, Rudi lutou contra a vontade do vento que o empurrava para longe e pulou dentro da bolha que começava a se fechar comigo e Ravena dentro.

A Mesa E O MarOnde histórias criam vida. Descubra agora