Capítulo 01 - A renegada sempre encontra o verdadeiro lar

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**Aviso Importante:**

Não permito adaptações, traduções ou a conversão em PDF de todas as minhas obras. A autorização para adaptação é concedida exclusivamente para @GigioKiss, que organizou e postou todas as fanfics contidas no meu perfil.

A violação dos direitos autorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.


Camila Cabello  |  Point of View




No dia de visitas eu acordava um pouco mais empolgada, meus dois melhores amigos nunca deixaram passar nenhuma, isso me confortava um pouco.

— Cabello. – Ela abriu a cela e logo estávamos nas mesas. Sentei perto da janela e logo Alisha e Robbie apareceram na porta, estavam sorrindo.

— Obrigado por terem vindo.

— Você fala como se não fossemos vir. – Robbie disse e nos abraçamos ao mesmo tempo.

— Como você está? – Alisha me analisou, ela é médica, sempre checa meu pulso, meus olhos e pede para eu colocar a língua para fora. Como uma consulta rápida antes de um carcereiro nos mandar sentar.

— Estou bem, Al. E vocês?

— Ansiosos, falta tão pouco para você sair.

— Nem me falem, estou com tanto medo, pois aprendi a me virar bem aqui, agora ter que recomeçar, arrumar emprego e todo o preconceito.

— Nós estaremos com você, Mila. Eu já desocupei o outro quarto do meu apartamento e só estamos esperando por você.

— Acham que Sofi vai vir me esperar? – Eles se olharam. — Eu sei, ilusão demais.

— Ela nem pergunta por você, Mila. Seu tio pergunta, mas só por educação. Agora o Juan está sempre perguntando por você.

Juan Betancourt Cabello, o nome é diferente porque ele é meu meio irmão, fruto do primeiro relacionamento com meu finado pai. Juan... sempre fui mais próxima a Sofia.

— Por isso tenho medo, enfrentar tudo isso.

— Pense que vai poder viver, paquerar, encontrar alguém, fazer novas amizades. – Robbie disse tentando me incentivar. Respirar no parque, meditar e criar um cachorro. Tudo que você quiser fazer.

— Transar. – Alisha disse e eu fiz uma careta. — Estou falando de transar por estar com tesão em alguma moça. Não vai ser abuso, não vai ser uma brutamontes te ameaçando, vai ser porque você quer.

— E devia ter denunciado.

— Claro. Todos acreditariam na assassina. – Falei e travei, nunca tinha me referido nesta conjunção. — Mas agradeço que foi por uma mulher e não por um homem, nunca vou poder retribuir tudo que fizeram por mim, irmãos. Obrigado por não terem me deixado a mercê.

— Estamos aqui para isso e nunca sairemos do seu lado.

Eles não saíram nos piores momentos, sempre me ajudaram e se não fosse por eles, minha condição me colocaria em uma cela cheia de marmanjos. Foi tudo tão rápido e difícil, eu tinha quatorze anos, em uma noite comum, saí de uma festinha na casa de Alisha, estava com minha bike, mas deixei que o pai de Robbie me deixasse em casa. Meus pais me deram um sermão, disseram que eu nunca entenderia o que é ter uma família e deviam ter me deixado trancada na casa até ser maior idade e ser legal me colocar para fora.

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