" A cena era composta por ambos os personagens, Aliza e Eddie. Que, momentaneamente se encontravam em uma mesa de piquenique atrás da escola se encarando no silêncio.
Eddie, com seu jeito sarcástico ousou forçar uma tosse, para que a garota se explicasse – Aquele era seu local.
– Dustin me disse que ficava aqui nas aulas de química, – Riu sem jeito, um pouco nervosa. – E eu queria saber o que significa isto. – Ela ergueu uma carta escrita a mão com uma letra razoável de se ler, mas estranha.
– Bom, isso em sua mão é... – Fez um suspense, adjunto um som de tambores com a boca. - Uma carta! Tãdan!
A garota negou com a cabeça rindo, aproximou-se do rapaz com um sorriso no rosto entregando o papel para ele (papel esse que recebeu antes do teste).
– Isso eu sei, mas porque me chamou aqui? Afinal, você é o esquisitão que nunca cogitou falar comigo. O que você quer, Eddie? – Perguntou de maneira suave colocando as mãos para trás.
– Eu? Apenas conversar. – Disse como se fosse óbvio, não era tão simples assim.
– Para tudo tem um motivo, o que você quer? Diga logo antes que eu mude de ideia e dou meia volta nesse lugar! – Apontou para qualquer canto, enquanto encarava o rapaz com um cínico sorriso estampado no rosto.
– Veja só, a Doce Aliza Stanley morde. Quem diria. – Debochou enquanto ria da expressão insatisfeita da garota.
Impaciente, a garota cruzou os braços erguendo uma de suas sobrancelhas, batendo freneticamente os pés.
– Okay, okay! Você está certa, – Ele levantou os braços em rendimento. – Preciso de um favor seu, docinho.
– O que você quer? Seja direto, Munson.
– Finja ser minha namorada por duas semanas, é só o que te peço. Nenhum bicho de sete cabeças, né? – Riu já esperando um "não".
– Só isso? – Soltou automaticamente. – Você já foi melhor, eu presumo. Mas, se eu aceitar... O que eu ganho em troca?
– Está pensando na possibilidade de aceitar, senhorita Stanley? – Acabou por aproximar-se da garota de maneira provocativa, com seu típico sorriso malicioso em lábios. – Que surpresa!
– Quero saber o que ganho em troca. O que me dará, Eddie? – Perguntou certamente interessada.
– Dinheiro, drogas, má reputação, talvez... O que você quiser.
– Não me convenceu, escolha outro alguém para esse papel. Tenho mais o que fazer, – Virou-se bruscamente andando na direção oposta do garoto.
– Opa, opa, opa! Espera! Aliza, por favor! Precisa ser você! – Disse nervosamente enquanto corria atrás da garota, tentando fazê-la mudar de idéia. – Eu quero que seja você...
– Eu? Mas porquê eu?! – Voltou a encarar o mais alto. – O que eu tenho de tão especial?!
– Você é meu oposto. – Disse como se fosse óbvio.
– Qualquer um é o seu oposto. Você é Eddie Munson, o esquisitão.
– E você é Aliza Stanley, a nerd. – Tentou brincar recebendo um olhar de reprovação da mesma. – Okay, me desculpe.
– Olha Eddie... Não é nada pessoal, mas tenho coisas mais importantes para fazer. Além do mais eu gosto do Jason! – Disse virando-se novamente.
– Jason está com Chrissy. Esse é o motivo, — Explicou entre dentes. – Eu gosto dela desde o sexto ano, Aliza! Preciso que você me ajude nisso. Nada melhor do que quebrar a expectativa dos outros. O que me diz? Falso namoro até conseguir o que queremos. Você fica com Jason e eu com Chrissy.
– O que garante que não vai me expor para todos? – Perguntou hesitante.
– Juro pela minha guitarra, isso não sairá daqui. – Levantou uma mão, como uma promessa. – Mas o que me garante que não queira me passar a perna e dizer para todos que vim desesperadamente atrás da menina que mais odeio nessa escola para que me ajude a conquistar a garota que eu gosto, fingindo um namoro impossível?
– Já que jurou por algo que lhe importa, juro pelo cordão de minha falecida mãe. – Ergueu a mão, como se estivesse assinando um contrato.
– Duas semanas, Stanley. Eu prometo! – Disse apertando a mão da garota de volta.
– Duas semanas!
Assim, ambos sorriram e seguiram caminhos diferentes. "
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ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛.
FanfictionJá faziam três anos desde que uma jovem mulher começou em sua carreira de atriz. Sua vida estava corrida, e propostas de filmes chegavam a todo momento. A garota, em seu tempo livre, assistia séries. Nunca foi de sair ou curtir - o trabalho lhe impe...