· 𝚃𝚑𝚎 𝚝𝚠𝚎𝚗𝚝𝚢-𝚏𝚒𝚟𝚎 𝚜𝚒𝚐𝚑𝚝 ·

230 23 17
                                    

A noite foi prazerosa.

Minha mãe tentava conversar com Joseph através de um tradutor que achara na internet, Oliver focava apenas em seu jogo no celular e Joseph conversava conosco com um lindo sorriso divertido no rosto.

Claro que mamãe ensinou ele a falar algumas palavras em português, mas algo que ele gostou de falar foi: " abraço ". Seu sotaque britânico em sua voz suave proferindo essa palavra foi o cúmulo para minha paixão.

Quinn estava fazendo parte da minha rotina, da minha vida, de meus sonhos mais obscenos. Estou cautelosa quanto à isso, mas meu medo é nítido.

Minha mãe foi para seu quarto, junto de Oliver, que a contragosto foi se banhar. Sobrando apenas eu e o loiro, que começamos a rir de algumas conversas que tivemos essa noite. Lavei a louça na presença dele, mantendo um assunto interessante para nós, ele me ajudava secando a porcelana dos pratos e os guardando no armário. Não demorou para que acabassemos, em dois era muito mais rápido.

Saímos da cozinha, nos sentando em um sofá da varanda. A brisa fria fazia meus cabelos voarem e meu corpo se arrepiar; abaixo de uma camisa fina e antiquada para o lugar. Joe vestia uma roupa mais propícia para estar lá, nos sentamos lado a lado, mantendo o conforto do silêncio e a vista da cidade, iluminada pela Lua que era acompanhada pelas diversas estrelas que brilhavam no céu escuro da América do Norte. Uma das vistas mais bonitas do outono, no frio que se era presente, e nas folhas alaranjadas das árvores, que se iluminavam levemente pelos postes de luz ligados por toda a cidade.

O silêncio foi quebrado pelo homem do ambiente, que admirava a paisagem com seu brilho natural nos olhos.

- A lua está sempre tão linda.

- Só é tão bonita graças a beleza das estrelas que a acompanham na noite.

Foi o suficiente para que o mais velho me encarasse, como se tentasse decifrar o que eu escondia através dos olhos. Seu corpo próximo ao meu fez com que meu estômago borbulhasse em ansiedade. Não pude manter meus olhos presos ao seus por muito tempo, meu rosto ardia em vergonha, meu coração disparava, não sei como, mas de alguma forma estive hesitante em lhe dirigir se quer uma palavra.

- Olhe para mim. - Disse o loiro, com a voz suave e baixa, certamente rouca.

Obedeci, esperando que ele continuasse com o que dizia. Porém ele apenas admirou meus olhos. Olhos estes que se escureciam com a noite, olhos estes que brilhavam não só com o reflexo da luminosa Lua, olhos estes que transparência luxúria e genuinidade.

- Seus olhos são a minha perdição. - Disse tão calmamente, assim como sua destra, que seguiu caminho até minha bochecha acariciando-a com carinho. Seu rosto se aproximou do meu, tocando seus lábios aos meus.

O beijo era mais intenso do que parecia, minha mão se colocou ao rosto do Quinn, assim como a dele desceu para minha nuca. Agora, não estávamos mais dando um selinho, tinha se tornado um beijo sedutor, desejado, tão cobiçado por nós dois. Nossas línguas se enrolavam com sincronia, seus sutis toques em meu pescoço, nossa conexão com apenas o barulho da noite. Um momento apaixonado, apenas nosso.

Diferente de Joe, meu corpo queimava em excitação, a vontade de tê-lo era absurda, meu ventre queimava em vontade, se não fosse pelo ambiente escuro podia se ver meu rosto avermelhado, a malícia que eu via naquele beijo tão romântico me fazia pensar que era uma tola perversa. E era, realmente.

Quinn afastou nossos lábios, mantendo o olhar em mim, parecendo se culpar por algo. Seu sorriso ladino e gentil se estendeu em seus lábios, em seguida ele se levantou.

- Já está tarde, preciso ir. - Proferiu sério.

- Mas já? Você não pode... - Fui interrompida pelo mesmo antes de se quer lhe fazer o pedido.

ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛. Onde histórias criam vida. Descubra agora