Acordei hoje meio triste, mas bem aliviada. Na noite passada, como eu disse, não bebi muito. Fizemos uma brincadeira do shots com limão, mas não fiquei muito na brincadeira. Vim embora em seguida que começaram a fazer outros tipos de zueira.
Joe me perguntou se eu estava bem, mas a realidade é que só estava cansada.
Pedi um Uber já que quem havia me levado era Joe, e ele não parecia querer sair da zona de conforto dele. Seria egoísta da minha parte chamar ele para ir embora só porque eu queria dormir.
Hoje minha família estava vindo me ver, ou eu indo vê-los, já que iria buscar minha mãe e meu irmão no hotel. Oliver me ligou dizendo que estariam lá às nove em frente ao lugar. Então tive de me apressar para buscá-los.
Minha roupa era básica, estava frio, o começo do outono sempre era gélido e nostálgico. Me lembro da primeira vez que vim morar nos EUA. Foi tão maravilhoso, mas solitário. Minha vida sempre foi rodeada de pessoas, e as que eu mais convivia era Oliver e minha mãe. As brigas idiotas que tinha com meu irmãozinho, as faxinas que eu e minha mãe fazíamos, a tarde dos filmes, as saídas, as brincadeiras, as conversas, o calor de dormir aconchegantemente nos braços da mamãe. Senti falta de tudo quando decidi que meu futuro seria tão longe deles. Acabou que, estou novamente sentindo essa solidão, essa falta. Mas não é familiar, é de um homem, o único homem que fiquei tão próxima ultimamente.
Coloquei uma blusa de gola alta branca com uma calça jeans, botas coturno e um lindo sobretudo preto. Kate havia deixado meu carro com o porteiro que o trouxe para dentro da garagem sem dificuldades. E eu, só precisei pedir minhas chaves e ir até onde eles estavam hospedados.
O que não demorou muito, já que minha mãe é muito jovial e bonita, chama a atenção de longe. Eles estavam perto, não muito, mas também não era horas de viagem. Em torno de dez minutos consigo chegar lá com perfeição. Sai do carro ansiosa pelos braços quentes de minha mãe, prontos para me abraçar com força e carinho.
– S/n! – Oliver gritou animado.
– Oh meu Deus, querida, como esta linda! – Minha mãe veio em passos rápidos me agarrando em seus braços, como imaginei. – Como senti sua falta, minha bebê!
– Também senti a sua, mamãe.
– Minha vez! – Oliver agora estava crescido, lindo, quase da minha altura. Estava tão surpresa, da última vez que o vi ele só tinha oito anos. Quem diria que ele agora tem quinze!
– Vem aqui bebezão! – O abracei forte, inalando o perfume que eu reconhecia. – Ainda usa os meus perfumes antigos, Oli?
– Talvez... – Ele respondeu sorrindo perverso, me lembrando o Joseph.
– Bom, não vamos ficar aqui. Coloquem as malas no porta-malas que vou levá-los até minha casa e dar um passeio. O que acham? Como nos velhos tempo, hun?
– Eu estou de acordo! – Minha mãe disse com um largo e lindo sorriso.
– Tanto faz, quero comprar um notebook de qualquer jeito. Vou aproveitar a deixa. – Oliver disse fazendo careta, seu nariz estava vermelho por conta do frio. Esse garoto é a minha cara, poderíamos ser gêmeos!
Oliver tem os cabelos de nosso pai. É um castanho claro, talvez um pouco escuro. Seu rosto é arredondado e seus olhos são verdes, um lindo verde musgo e brilhante. Seu estilo mais "Emo boy" é fachada pra me copiar quando interpretei Amy em Umbrella Academy. Ele ficou reclamando pela morte da minha personagem por duas semanas, disse que eu morrer no terceiro episódio era desperdício de talento. Mas eu não me importei, gostei de fazer a série, mesmo que por pouco tempo. Enfim, seu estilo se baseia em uma blusa listrada em preto e azul na horizontal, seu moletom preto estava aberto, mas não tinha touca, no lugar ele usava um gorro preto com alguns detalhes em azul, deixando sua franja pra fora, de maneira fofa. Sua calça era um jeans preto, também havia uma corrente pendurada ao lado esquerdo da calça, que no caso era minha. All Star mal lavado, se escolheu branco por que você não cuida direito? Ele um dia foi limpo. E em suas mãos tinham luvas, luvas pretas com desenhos de ossos, muito "emo" como eu disse.
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ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛.
FanfictionJá faziam três anos desde que uma jovem mulher começou em sua carreira de atriz. Sua vida estava corrida, e propostas de filmes chegavam a todo momento. A garota, em seu tempo livre, assistia séries. Nunca foi de sair ou curtir - o trabalho lhe impe...