· 𝚃𝚑𝚎 𝚜𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚑 𝚜𝚒𝚐𝚑𝚝 ·

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Acompanhei a garota à passos lentos, íamos conversando e rindo de algumas coisas que fizemos no passado. Descobri também que ela nasceu no Brasil! Eu tenho uma grande curiosidade sobre o país, e também sempre quis visitá-lo. Saber que uma mulher tão linda e talentosa deixou sua casa tão cedo em busca de seu sonho, mesmo não tendo a certeza que conseguiria... Isso é inspirador.

Fomos até a mesma cafeteria de antes, com toda a certeza aquele lugar era ideal para ambos. Ainda mais por não ser tão movimentado.

Abri a porta de entrada do estabelecimento, já podendo ouvir o irritante e repetitivo sino acima de nossas cabeças. Sorrindo sozinho. Dando espaço para a garota entrar.

Assim feito, decidimos nos sentar no mesmo lugar de antes. Um pouco no fundo, mas visível. Provavelmente esse seria nosso lugar de encontro. Adoramos essa loja.

S/n decidiu ficar só no cappuccino, por enquanto. Já eu, pedi apenas café. Isso é apenas para nos conhecermos, se ela me der chances de a conhecer posso levá-la para jantar, mas um jantar profissional.

Encarei a bela moça que se encontrava à minha frente, sorrindo bobo. Não sei por quê...

– Então me diga, Joe. – S/n perguntou com um sorriso singelo no rosto. Havia me esquecido de dizer que nesse tempo que conversamos deixei que ela me chamasse pelo apelido. Não precisamos ser formais. – Seu toque de telefone... Por um acaso é uma música do Vengaboys?

– Meu toque de telefone? Ah, sim. É minha música favorita! – Disse enquanto Mia se aproximava com nossas xícaras. – Por quê?

– Ah, por nada. É que o toque do meu celular é o mesmo! Engraçado, não? – Disse e em seguida agradeceu a mais nova pelo pedido.

Não me impedi de rir, assim levando a xícara até minha boca. Bebendo um gole.

– É sua favorita também? – Perguntei, certamente estava curioso sobre.

Não, não. Infelizmente, – Enfatizou depois que bebericou seu cappuccino, lambendo o lábio superior. – Minha favorita mesmo é a do Bruno Mars, Treasure.

Entendo, seria engraçado se tivéssemos a mesma música favorita! – Apoiei os cotovelos na mesa, encarando a garota que estava na minha frente.

Sim, eu concordo. – Ela riu antes de segurar a xícara novamente, de uma maneira suave e tranquila.

A maneira hipnotizante da garota estava me deixando nervoso, ela é muito gentil e engraçada. Ela gosta de muitas coisas parecidas com as minhas, e seu lugar de conforto é a mesma cafeteria que a minha! Não é simplesmente coincidência!

Me perdi em meus pensamentos por alguns segundos, tomando meu café aos poucos. S/n falava entusiasmada sobre a série que agora iria atuar como uma personagem.

Eu apenas sorria ouvindo ela dizer eufórica o quanto esperou por esse momento. Ela me fazia várias perguntas, e as respondia na mesma animação que a garota. Por vezes a mesma ria, uma risada contagiante e muito fofa, me fazendo a acompanhar em todos esses breves momentos.

Diria que a tarde de hoje foi perfeita, se isso não acabasse mais rápido do que esperado. Fiquei um pouco triste em saber que a garota iria embora, mas não quis impedi-la. Afinal, ela tem o direito.

Nos despedimos com um abraço, e pude assim sentir seu cheiro tão agradável. Direcionei minhas mãos até sua cintura, dando uma leve apertada, logo a envolvendo em um caloroso abraço e, a garota como resposta envolveu meu pescoço fortemente. Foi bom, por um momento.

Assim, ela foi na direção contrária que eu. Me disponibilizei para levá-la, porém a garota recusou e insistiu nisso por longos minutos, dizendo que poderia ir sozinha sem problemas. Então, apenas aceitei.

Andei pelas ruas com as mãos no bolso, encarando a estrada, iluminada pelos postes. Com diversos pensamentos sobre hoje.

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Cheguei em meu apartamento, retirando os sapatos e a jaqueta os jogando em qualquer lugar. Abri dois dos botões de minha camisa azul escura logo indo até meu quarto, eu precisava de um banho.

Abri meu guarda-roupa procurando por alguma coisa confortável. Pegando qualquer coisa adjunto uma cueca box preta. Assim seguindo para o banheiro.

Como não teria nada mais para fazer, assim que saí do banho deitei em minha cama passando as mãos por meus cabelos molhados. Alcancei meu celular que havia jogado na cama de qualquer jeito, entrando no Instagram, queria passar um pouco do meu tempo, e a internet era a melhor coisa no momento.

Não pude deixar de pensar nela, aquele sorriso... Eu, sinceramente sou sortudo por conhecer gente tão bacana. Fora que, só de pensar que verei S/n todos os dias, por longas horas me deixa ansioso, com um sorriso no rosto.

E entre tantos pensamentos, mexendo no celular, acabei apagando pelo sono. Dormindo tranquilamente, sem preocupações.

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ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛. Onde histórias criam vida. Descubra agora