· 𝚃𝚑𝚎 𝚗𝚒𝚗𝚎𝚝𝚎𝚎𝚗𝚝𝚑 𝚜𝚒𝚐𝚑𝚝 ·

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Eu estava tão surpresa com a última cena, que desde o momento que cheguei em meu camarim, não paro de chorar. Tentei parar, mas não consegui. Por isso que não me contaram que fariam Eddie morrer? Isso foi cruel.

Depois daquele tempo, não vi Joe, o que me deixou preocupada. Mesmo sabendo que ele está bem, não consigo me impedir de sentir essa frustação e esse sentimento vago de saudade.

É improvável que isso pare agora. Da última vez que chorei assim foi na morte do Ash, deu um desenho japonês que tinham me recomendado. Eu nunca senti tanta tristeza em toda a minha vida.

– S/n? Você está bem? – Uma voz familiar soou atrás da porra do meu camarim. Aquela que eu mais queria ouvir.

Abri a porta em um instante, mantendo minha face totalmente deplorável, meus olhos e nariz estavam vermelhos, meus olhos marejados e lágrimas escorridas por minha bochecha. Eu mantinha todo o visual de Aliza, porém ele não.

Puxei Joseph para um abraço apertado, que riu com o ato.

– Você está chorando? Por quê? – Ele perguntou suavemente.

– Você morreu... – Disse de maneira manhosa e baixa, tendo meu rosto enterrado em seu ombro.

Ele entrou na sala fechando a porta atrás de si, me empurrou levemente para o sofá que lá havia e me sentou junto a ti. Ele se ajeitou por lá, me fazendo ficar por cima de seu peito, de uma forma que eu consiga ouvir seus batimentos cardíacos. Não podia ver, mas sabia que ele tinha um sorriso fofinho nos lábios, e ele começou a fazer uma leve carícia em meus cabelos, — A única coisa que eu havia tirado assim que cheguei no camarim — Um momento confortável que me fez parar de chorar.

– Isso é pelo rockeiro bonitão que se foi? – Ele perguntou de maneira brincalhona.

– Talvez.

– Não gosto de te ver chorando, mesmo que seja pelo seu trabalho, odeio ver seus lindos olhos [···] repletos de lágrimas. – Ele elevou meu rosto na direção do seu, me fazendo encarar ele. Coisa que cortei ao desviar o olhar para o chão.

– Não tinham me dito que você sairia do elenco. Gaten sabia disso, não?

– Acho que sabia. Eles só não te contaram pois se não, eu acho que não teria essa reação sua. Mas veja, eu estou aqui! Vivissimo para você.

– Você vai voltar?

– O quê?

– Vai voltar para Aliza.

– Eu não sei.

– Mentiroso! Você sabe e não quer me contar! – Comecei a chorar por uma segunda vez. Nunca fiquei tão emotiva por um personagem.

– Hey, hey. Não chora! – Ele disse um pouco preocuoado. – S/n, eu realmente não sei, princesa.

– Se soubesse me contaria? – O encarei, na esperança de uma resposta positiva.

– Não. – Disse simples.

– Como não Joseph?! – Elevei minha voz, completamente indignada.

– Não, você teria que ter uma reação natural também. Eu estaria voltando para os braços de minha amada.

– Isso... Ah, deixa. Não sabia que tocava guitarra, realmente. – Mudei de assunto limpando minhas lágrimas.

– Você não sabe de nada, princesa. Eu sou um poço de talentos. – Se exibiu de maneira brincalhona.

– Desculpa Eddie, mas eu quero falar com o Joseph Quinn, ele está? – Entrei na brincadeira, causando risadas dele.

– É assim que eu gosto, de ver você sorrindo lindamente.

– Mesmo assim. Ainda queria que eles ficassem juntos.

– Não é só porque acabou que não vamos nos ver. Eu ainda sei onde é a sua casa e, queria te fazer um pedido. – Ele parou e depois continuou. – Pra agora.

– Pode falar.

– Um passeio.

– Onde?

– eu pensei em ir em um restaurante. Um jantar. O que acha?

– Como um encontro? – Digo sorrindo ladino.

– Sim! Não! Digo, não assim... Quer dizer, sim! – Disse meio confuso e envergonhado.

– Sim ou não, Joe? – Ri levemente com o jeito engraçado que ele reagiu.

– Sim...? – Ele respondeu receoso.

– É claro que eu aceito!

– Ótimo! Eu vou te- – O interrompi brevemente.

– Não. Por que não vem até em casa comigo? Pode ser mais rápido, e ainda podemos sair depois do jantar.

– Ah. Tudo bem, se você diz. – Aceitou de qualquer modo. – Mas preciso de uma roupa mais adequada, posso passar em casa antes e já ir pra sua.

– Vou com você então.

– É impressão minha, ou você quer carona? – Ele cerrou os olhos me encarando com um sorriso.

– Não é que eu ame sua BMW, e que meu carro ficou com a Katherine. Você quem disse isso e não eu. – Me levantei indo até o espelho, retirar a maquiagem.

– Entendi. Então, S/n S/s, você aceita uma carona? – Ele se sentou de maneira mais confortável no sofá.

– Que cavalheiro, é claro que aceito. – Eu disse de maneira irônica e ele riu.

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ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛. Onde histórias criam vida. Descubra agora