Coloquei uma roupa mais formal, prometi à Oliver que o levaria ao teatro. Por mais insuportável que ele seja, ainda o amo muito, e ele sempre foi muito apaixonado pelo teatro americano, então resolvi comprar ingressos.
Já mamãe odeia teatros, ela sempre dorme e se culpa por isso — acontece o mesmo quando vai ao cinema, por isso nunca vamos ao cinema juntos.
Oliver e eu sempre fomos sozinhos ou com nossos amigos, é como um "momento de irmãos", segundo ele. E graças ao meu trabalho podemos ver um grande show em área vip. Odeio me gabar, mas eu sou realmente muito incrível.
– Estou bonito? – Apareceu meu irmão, no batente da porta, usando uma camisa social branca sem os primeiros três botões, uma calça jeans preta com os joelhos rasgados e um all Star preto velho.
– meu deus, tira essa camisa de dentro da calça. Está ridículo! – Disse rindo e ele passou a mão pelo cabelo liso. – Fora isso, está lindo.
– E você tá parecendo chefe de mafia.
– Então estou bonita?
– Não. – Ele disse se virando para ir embora. – Está maravilhosa. – Soltou antes de ir para a sala.
Ele me elogiando? Essa era nova. Minha roupa estava baseada mais em roupa social. Eu estava com uma calça preta de cintura alta, com uma blusa social branca com os primeiros 4 botões abertos, uma gravata alargada adjunto um espartilho de cintura baixa. Em meus pés, usei uma bota nova, de veludo preto com um salto grosso, nas mãos uma camada grossa de anéis caros e claro, as unhas tingidas de um vermelho vinho. Em meu rosto, nada além de um batom vermelho claro e um simples delineado.
Como sempre: Gostosa.
Me aprontei para deixar meus cabelos soltos e ajeita-los com um leve volume. Peguei minha bolsa e meus itens necessários. Como imaginei, mamãe não estava em casa, ela havia me dito mais cedo que iria passear atrás de um parque ou de uma lanchonete, e parece que ela foi mesmo. Às vezes me preocupo com ela nos Estados Unidos com um péssimo inglês e sozinha pelas ruas que desconhece.
Oli arrumava sua corrente na calça, junto com a pulseira que se dificultava em colocar. Fechei a porta de meu quarto, indo até ele com meus saltos se chocando contra o piso de madeira.
– Você vai quebrar isso ai se continuar puxando assim. Tira a mão, deixa que eu coloco. – Bati em sua mão, pegando o objeto prateado e prendendo em volta de seu pulso. – Pronto! Sem mortes, sem choro.
– Valeu.
– É, vamos logo, estamos atrasados. – Digo olhando no relógio em cima do hack da televisão.
– O que vamos assistir?
– Não faço idéia, agendei o primeiro que apareceu.
– Você é mesmo uma tonta.
– Uma tonta rica e humilde que pagou o seu ingresso vip. – Digo sorrindo debochada enquanto saiamos do apartamento.
[···]
A ida foi calma, exceto o momento em que quase nos matamos por conta de um GPS, brigamos por conta das músicas e ficamos gritando no meio do trânsito. Mas, depois que concordamos em colocar " I want it that way - Backstreet Boys " começamos a cantar e rir como dois loucos.
Demorou um pouco, mas quando chegamos, Oliver saiu do carro como um foguete revisando a roupa e se "preparando" para entrar. Eu sai em seguida, ajeitando minha calça e pegando meus óculos escuros os colocando elegantemente.
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ALÉM DA ATUAÇÃO - 𝐽𝑜𝑠𝑒𝑝ℎ 𝑄𝑢𝑖𝑛𝑛.
FanfictionJá faziam três anos desde que uma jovem mulher começou em sua carreira de atriz. Sua vida estava corrida, e propostas de filmes chegavam a todo momento. A garota, em seu tempo livre, assistia séries. Nunca foi de sair ou curtir - o trabalho lhe impe...