(Jimin)
Após ter ido até o apartamento do novato, eu voltei para minha casa. Eu não poderia continuar o caso sem ele por conta das aulas de como ser um bom detetive. O que faz a minha vida virar de cabeça para baixo, pois eu não tenho nada para fazer até ele acordar, o que é uma merda para quem tem a mente acelerada.
Mente vazia, oficina do diabo, não é isso?
Fiquei largado no sofá o dia inteiro assistindo filmes, fumando e de hora em hora com um pirulito de cereja na boca. Dois vícios de uma vez. Eu não poderia dormir para passar o tempo e nem ousar em encostar na comida, se não eu jamais pararia até ver o fim daquele armário. Falta do que fazer também me dá muita fome, mas que porra.
Já de noite, e agora com o filme "Enrolados" passando na TV, eu chego ao meu limite de tédio. Me levanto do sofá rapidamente sentindo uma tontura repentina pela rapidez, mas logo volto ao normal. Decidi tomar um banho e cuidar das minhas feridas. Após fazer isso, coloquei uma regata branca para que pudesse enxergar os machucados do meu braço, e um short largo de dormir para assim enxergar minha perna.
Passei a pomada nos ferimentos e me direcionei até a cozinha para pegar os meus remédios de dor, já que antes de chegar em casa eu passei em uma farmácia e comprei tudo que o médico recomendou.
Mas algo me chama atenção sobre a bancada da cozinha, as cartas e o pacote que peguei com o meu vizinho há um tempo, ainda estão lá, então não custa nada se eu abrir agora.
Rasguei desajeitadamente a embalagem do pacote e peguei uma faca na gaveta, por estar na cozinha, e abri a fita adesiva. Minha expressão de dúvida surge ao observar apenas um papel no fundo daquela caixa, não faz o mínimo sentido, pensei, pegando aquele papel em minhas mãos.
A folha está levemente amassada e parece bem suja, como se fosse arrastada pelo chão. Assim, começo a abrir o papel, curioso, porém desconfiado.
Minhas pernas estremecem, tanto pela falta de comida quanto pelo susto com aquela carta.
Ótimo, agora estou sendo ameaçado.
Meu coração acelera involuntariamente, nem percebi quando minhas mãos tremiam aquele papel imundo. Alguém está me vigiando e isso me assusta, ser perseguido é um trauma que eu sinceramente não quero voltar a ter, já basta os outros.
Na minha cabeça, quem escreveu essa carta e quem plantou a bomba no meu carro, é a mesma pessoa. Eu sou o louco das teorias, gosto pois distrai a minha cabeça dos problemas da minha própria vida, então as teorias tomam conta temporariamente, o que é bom para o caso, eu costumo ser muito bom nisso.
Preciso ligar para o Jin, penso, já buscando seu contato no meu celular que estava na bancada.
—O que é? — Minhas sobrancelhas se aproximam pela estranheza na voz do hacker, parece com uma pessoa muito gripada e entupida de catarro ou, ele estava chorando.
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Quem Matou Min-Ji? - Jikook
FanfictionUm detetive que luta para superar traumas do passado, e um novato que decide mudar a visão traumática dele sobre amor. Jimin como o experiente de Las Vegas, é convocado em uma investigação criminal, se tornando um dos crimes mais rigorosos e inusita...