Troca de papéis

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(Jungkook)

Como previsto e marcado, chego bem cedo na delegacia na esperança de encontrar meu professor rabugento para continuarmos a missão.

As marcas ainda estão recentes em minhas mãos, meus dedos ardem mesmo com uma faixa por toda minha mão direta, e para falar a verdade, eu não me arrependo do que eu fiz.

Assim que o detetive gritou meu nome naquele fone, naquela intonação de voz, eu só sabia correr sem parar por um mísero segundo. Além dele ser o detetive que está me ensinando como me tornar um profissional, ele é meu parceiro. Mesmo ele não admitindo isso.

Meu objetivo aqui é evoluir minha visão sobre tudo isso, para um dia, eu também me tornar um detetive profissional como ele. Sempre foi meu sonho trabalhar nessa área, teorias e casos são meus vícios, eu fico doido pensando nas zilhões de hipóteses para cada suspeito, para cada pista, para cada mísero rastro deixado para trás.

Quando cheguei naquele banheiro e vi aqueles caras com as mãos no detetive, eu só consegui socar a cara deles, nem sei como eu não apanhei pra caralho por ser apenas um contra eles dois. E pela primeira vez, eu cheguei à tempo de salvar alguém, como eu deveria ter feito com o meu irmão, eu falhei com ele.

E caralho, é bem difícil lidar com o detetive, mas para minha sorte eu sou determinado quando quero alguma coisa, e eu não vou desistir do meu sonho de ser um detetive profissional. Eu vou continuar estudando com o detetive, ele querendo ou não.

—Bom dia, Jeon. — Namjoon me acorda dos pensamentos.

—Ah, bom dia! — Me curvei brevemente, podendo sentir o cheiro de café vindo da sua xícara.

—O detetive não chegou ainda? — Perguntei confuso por sua feição nervosa.

—Não, ele não chegou ainda.

—Eu mandei mensagem pra ele, a noite, mas ele não me respondeu. Estranho não ter aparecido ainda esse horário. — Coloquei a mão nos bolsos procurando meu celular enquanto dizia.

—Ele é bem pontual em relação ao trabalho, é muito estranho mesmo. — Kim diz ao tomar seu café.

Procuro o contato salvo do detetive, número cujo Namjoon me passou antes mesmo de conhecê-lo, e começo uma ligação.

Chama, chama e chama, ele não atende.

—Nada? — O chefe diz outra vez.

—Nada.

—Você vai passar no apartamento dele, ok?

—O que!? Eu também não sou babá dele, ele precisa ter responsabilidade com o trabalho. — Falei enquanto o chefe tentava se distanciar.

—Olha, Jeon, você vai até lá e verá se seu parceiro está bem, me entendeu? — O observo também futucar em seu aparelho celular que antes permanecia no seu bolso. —Te passei o endereço, não demora. — Ele sem mais e sem menos me deixa ali com apenas minha indignação ardente na pele.

Mas que caralho! Agora eu sou a babá, não é, detetive!?

Revirei os olhos ao pensar de onde eu tiraria paciência para isso, mas como o chefe mandou, eu vou ir até lá.

Entrei rapidamente no carro em frente à delegacia e segui o endereço dado por Kim. Em cerca de dez ou quinze minutos eu já estava no estacionamento do prédio daquele irresponsável. Peguei o elevador que me leva para o andar também proporcionado pelo chefe, e assim que chego, me deparo com um vizinho qualquer.

—Bom dia! — Ele diz.

—Bom dia. — O homem se encontra na porta ao lado do apartamento do detetive, e enquanto bato na porta brevemente, ele me observa em todo processo.

Quem Matou Min-Ji? - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora