Quem Matou Min-Ji? - Jikook

A Cor Roxa

(Jungkook)

Sinto como se meus braços queimassem com o odor insuportável desta blusa social. Um verdadeiro ácido onde eu presumo me matar a absolutamente qualquer momento.

O Jimin me paga por isso.

E mais uma vez nos encontramos em silêncio enquanto esperamos as portas de metal em nossa frente serem abertas. Com nossa experiência, elevadores não são nosso forte, sempre acabamos desabafando algo ruim de nossas vidas ou, brigamos outra vez.

Essas semanas têm sido turbulentas, e eu sem sombra de dúvidas estou sem a porra do cinto de segurança. Depois daquele dia de chuva, onde eu quase ou claramente estava me declarando para ele, tudo mudou.

Não sei dizer se para bom ou para muito pior.

Sobre o que eu sinto, não duvido de nenhuma parte, eu estou me apaixonando pelo Jimin e isso já está bem claro na minha cabeça. Eu adoro admirar a cara dele de estressado com filmes de romance, adoro suas teorias com os filmes da Marvel que o fiz assistir, a forma que ele sorri, cozinha, fala, briga, e até mesmo me xinga.

Eu havia me feito uma promessa, uma que eu não iria me apaixonar por homem outra vez após o que aconteceu, ou por absolutamente qualquer pessoa, eu só iria focar na minha carreira como policial. Mas tinha que o Jimin aparecer para revirar tudo como sempre tem feito na minha vida.

Uma hora ele está super bem comigo e, quando nos aproximamos um pouco mais, ele se afasta quilômetros de distância.

É como um loop sem fim, e talvez eu tenha que fazer alguma coisa para mudar esse destino incontrolável de brigas e discussões. Eu não sei o que ele sente por mim, mas eu sei o que eu sinto por ele, e isso já basta. E eu vou mostrar para ele a pessoa incrível que é, já que está cego demais com alguma coisa para enxergar isso.

Ainda sinto aquela mesma flor, a bem pequena, que começou a crescer em mim. Sua representatividade é grande pois, se associa ao meu sentimento por ele. Essa flor é forte, e suas pétalas estão tão saudáveis que suas minúsculas veias são vistas de longe. Sinto suas raízes crescendo a cada minuto que estou ao lado dele, ao vê-lo sorrir, ao vê-lo fechar seus pequenos olhos, até mesmo ao ouvir sua voz doce penetrar com leveza em meus ouvidos.

As vezes sinto que isso tudo é como um livro. Ele já está lá, escrito e em suas mãos, mas por mais que você leia várias e várias vezes, o final será o mesmo.

Mas eu não quero esse final, não quero que quando essa missão acabar ele regrida e, eu me distancie dele. Eu vou escrever um novo livro, uma continuação, com um final diferente. E eu escreverei quantos livros forem precisos até que eu o salve de si mesmo.

—Ei, está esperando o que? — Acordo dos pensamentos com o Jimin já do lado de fora do elevador à minha espera.

Me apressei, piscando diversas vezes para tentar voltar ao foco da missão, deixando com que o elevador fechasse suas portas outra vez.

—E que porra de lugar é esse? — Falo após admirar em minha volta.

Estamos em praticamente um buraco sem saída. O lugar parece uma espécie de porão, com paredes rochosas e poeira que faz coçar sem parar o meu nariz.

—Sherlock, não conseguimos captar o sinal do lugar que estão, é como se ele não existisse no mapa do hotel. — Diz o hacker através dos chiados no fone.

Ele ainda permanece na delegacia junto ao Namjoon, supervisionando as câmeras e o radar, nos guiando para seja lá onde é o destino dessa missão.