(Jungkook)
Vê-lo chorar é como se arrancassem cada pelo do meu corpo com uma pinça. Sair daquela sala após presenciar o seu quase declínio, definitivamente me deixou com o meu peito apertado. Eu só queria abraçá-lo e não soltar até que sua dor passasse, enquanto fazia de suas lágrimas as minhas.
Amar alguém também envolve compartilhar da dor. É como se você sentisse a metade sua que é entregue à ele, ser esmagada conforme seu sofrimento. Ver a pessoa que você ama sofrendo, de longe é uma das piores sensações. Sinto como se eu fosse nada, pois não posso fazer nada para isso passar além de acolher seu choro.
Eu e Yayo já havíamos chegado em casa, e os meus pensamentos voam por alguns segundos enquanto abro uma caixa de primeiros socorros.
—Kookie. — Escuto a criança deitada na cama, de banho tomado e de pijama, sussurrar em choramingo.
Ele segura as pontas do cobertor que tampa todo o seu pequeno corpo, deixando suas mãos sobre seu peito. Notei que ainda há lágrimas escorrendo pelas suas bochechas, junto ao bico avermelhado que não sai de seus lábios.
A cena me parte o coração.
—Aqui, achei. — Digo retirando da caixa um adesivo para febre infantil.
—O que é isso? — Ele funga o nariz, apontando para o objeto em minhas mãos.
—Vai melhorar sua febre, anjinho. — Me sento na cama ao seu lado, fazendo o colchão ceder levemente com o meu peso em diferença.
Retirei o adesivo da embalagem, e me aproximei de seu rosto, sorrindo fracamente ao vê-lo piscar os olhos frequentemente com a aproximação dos meus dedos, que colam o objeto em sua testa.
—É gelado. — Ele diz franzindo o nariz, encolhendo o pescoço de forma genuína que me faz sorrir forte outra vez.
—Agora você precisa comer um pouco. — Pego o prato fundo posto na mesinha ao lado anteriormente por mim, que preparei uma sopa usando a grande porção de comida que minha mãe havia deixado antes de voltar para casa.
—Ah, não, não. — A criança pressiona os olhos e permanece de pescoço encolhido.
—Vai recusar uma sopa feita pela minha mãe? Ela tem uma receita especial, que é um segredo muito secreto. Você não quer ter o privilégio de ser um dos poucos a provar? — Atento sua curiosidade, notando seu pescoço relaxar e seu corpo se movimentar.
—Só um pouco, tá bom?! — Ele diz já sentado no colchão.
—Tá bom, anjinho. — Digo erguendo a primeira colherada da sopa.
Yayo recebe toda a colherada de forma positiva, balançando levemente o corpo como se estivesse animado, quando na verdade, seus olhos pequenos e inchados diziam o contrário.
Após exatas cinco colheradas bem cheias, Yayo põe a mão na barriga e diz estar cheio demais. Resolvi respeitar sua decisão e deixei a tigela de volta na mesinha de cabeceira.
—Obrigado, Kookie. — Ele diz contraindo o canto dos lábios em uma tentativa de sorriso.
—Yoyo, agora precisa descansar pra quando o Jimin chegar, você estar com muita energia. — Digo em forma de convencê-lo a se deitar.
Ergui o cobertor para que ele ajeitasse seu corpo, posicionando-se de lado no colchão, para assim eu cobri-lo outra vez até o pescoço. Apalpo o tecido ao seu redor, o deixando acolhido e quentinho, notando seus olhos pesarem com piscares frequentes.
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Quem Matou Min-Ji? - Jikook
FanficUm detetive que luta para superar traumas do passado, e um novato que decide mudar a visão traumática dele sobre amor. Jimin como o experiente de Las Vegas, é convocado em uma investigação criminal, se tornando um dos crimes mais rigorosos e inusita...