Coelhinho

480 73 23
                                    

Notas🤍

Opa, boa noite, pequenos sofredores.

Esse cap e o próximo serão beeeem tranquilinhos, focados mais na evolução dos personagens (o que é importante para construção da história). Depois disso é só ladeira, pois começará novamente as missões, mais perigos, evolução do caso e maaais mistérios. Então apertem os cintos.

É isso, um beijo grande e obrigada por chegarem até aqui🤍🤍

____________________________________

(Jimin)

A água quente escorre por minha derme com delicadeza, fazendo meus músculos relaxarem após uma verdadeira guerra entre mim e a minha culpa.

Dizem que, chorar durante o banho é como ter uma conversa silenciosa com uma pessoa, que ao invés de perguntar o motivo da sua tristeza, prefere chorar junto com você, mas eu já discordo dessa afirmação.
Sinto que quando estou sob o chuveiro, e as lágrimas começam a se fundir com suas gotículas, é o momento em que minha cabeça está mais barulhenta que nunca.

O que deveria ser uma conversa silenciosa, se torna o meu eu interno gritando o quanto eu tenho culpa, o quanto não sou suficiente, e o quanto sou fraco por estar jorrando tantas lágrimas quanto o chuveiro.

E eu me odeio porque sei que a voz da minha cabeça está completamente correta. Eu sou fraco, eu sou insuficiente, mas a culpa é algo que me atinge de vários lados sem que eu tenha chance de fugir. Eu juro que tento, eu tento parar de me privar das coisas, me deixar permitir que meus amigos consigam atravessar minha barreira, mas parece impossível.

Eu tento de tudo, luto todos os dias contra isso, tento mudar de várias formas a pessoa que me tornei por conta das coisas que aconteceram, mas isso me assusta. Parece que meu coração está tão quebrado que nem possui forças para agir de alguma forma, e nisso, eu não tenho nem força para permitir que alguém me conserte, então isso acaba virando um loop, na qual eu estou preso para o resto da minha existência.

—Jimin?! Está tudo bem aí dentro? — Ouço o Jin bater levemente na porta do banheiro, preocupado, já que eu não o permiti me ajudar por conta do recém ferimento.

Recebi alta do hospital tem exatamente 24 horas. Os meninos têm me ajudado mais do que eu imaginava, eles fazem comidas gostosas, assistem à coisas que eu gosto de assistir, e me ajudam com a troca de curativos, algo que eu insisti tanto para que não fizessem.

Mas mesmo com toda essa ajuda, me sinto distante deles, tão próximos mas ao mesmo tempo tão distantes. Jin e Namjoon são importantes para mim e, me sentir distante, por minha culpa, é algo que me corrói mais que a terra ao receber um novo cadáver.

Ah, o Jungkook, o que falar sobre isso?!

Na verdade eu estou confuso, mais do que a bagunça que eu já sou. Ele me deixa confuso e, é quem eu mais afastei nas últimas 24 horas.

Me assusta, me assusta o fato de ter ele próximo demais ao ponto de me apegar novamente a alguém. Tenho medo, e se ele ir embora como todos os outros? Eu não suportaria, então continuo me afastando para não ser machucado primeiro.

Por que eu sou assim?

—Eu estou bem! — Gritei mais que o som do chuveiro para que ele me escutasse.

—Namjoon é riquinho mas não tem a água toda do planeta terra, viu!? — Ele responde de volta, me fazendo girar a abertura da água e, fazê-la parar de cair sobre meu corpo. —Estou te esperando aqui, quero falar com você rapidinho. — Ele diminui o tom de voz, me fazendo arrepiar com receio.

Quem Matou Min-Ji? - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora