Visita inesperada

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(Jimin)

Eu definitivamente nunca havia tido uma noite tão bem dormida na minha vida. Eu não tive pesadelos, eu me senti seguro para descansar de verdade, e acordei com a vista mais privilegiada que eu já pude desejar.

É como se eu dormisse em um hotel cinco estrelas, onde naquele colchão parece que você está nas nuvens. Mas mesmo aqui sendo o primeiro lugar que eu achei para nossa estadia momentânea, só de estar em seus braços, já parecia mais que um colchão de hotel cinco estrelas.

Eu abro os meus olhos lentamente, sentindo a luz do dia me alegrar como nunca havia alegrado. Pela primeira vez, eu não olhei para o lado e vi apenas travesseiros me rodeando, pois ali estava ele, abraçando minha cintura e dormindo feito um anjo.

Os fios bagunçados cobriam sua testa em pequenas partes, me fazendo retirá-los em um carinho repentino com o indicador. Suas bochechas vermelhas me faziam sorrir pela cena fofa, descendo meu dedo por elas com delicadeza, chegando junto ao seu peito que sobe e desce em uma frequência calma e suave.

Todas aquelas falas, a definição de amor que ele disse à mim, se encaixou feito quebra-cabeça em minha mente. Eu sentia tudo aquilo reciprocamente, incluindo a segurança de estar em seus braços, me fazendo ter a coragem de fechar os olhos confiante de que não teria pesadelos torturantes.

O seu beijo, como pode alguém ter um beijo tão gostoso e sentimental ao mesmo tempo? Parecia que seus lábios falavam ao se cruzarem com os meus, expressando arrepios e sensações que eu tive a certeza de serem igualmente compartilhadas.

Será que eu finalmente descobri a definição de amor? Bom, acho que foi um começo, e que eu ainda tenho muito para descobrir desse sentimento que controla todo o meu corpo e toda a minha mente, como as primeiras páginas de um livro da nossa história.

Eu finalmente havia me libertado um pouco das correntes e, quebrado uma pequena passagem em minha barreira, suficiente para chegar ao lado de fora e encontrar seu abraço.

Me peguei ainda o admirando, sem tirar o pequeno sorriso dos meus lábios. Eu nem precisei olhar para mim mesmo para provar que meus olhos estavam brilhando feito céu estrelado, ao admirar aquela lua ao meu lado.

E de repente ele resmunga, se despertando de um sono tão bom quanto o meu. Jungkook coça um dos olhos de forma bruta, feito uma criança quando acaba de acordar e precisa se acostumar com a luz forte do sol quente lá fora.

—Bom dia, gatinho. — Sua voz soa rouca, em baixo tom, enquanto seus olhos permanecem fechados e um bico manhoso surge em seus lábios secos.

—Bom dia, dorminhoco. — Minha voz o faz sorrir ladino, ainda sem abrir a tamanha preguiça de seu olhar. —Como está seu machucado?

—Que machucado? — Ele resmunga outra vez, virando seu corpo de frente para mim sem tirar a mão da minha cintura. —Tinha até me esquecido dessa porra. — Sua voz soa abafada dessa vez, já que seu rosto se afundou em minha clavícula, fazendo uma leve cócega com o movimento de seus lábios na minha pele sensível.

—Ah, é sério, Goo! — Digo de forma manhosa, totalmente involuntária, enquanto encaixo minha mão em seu maxilar para conter a cócega que ele fazia em mim. —Ainda sente muita dor?

Ele apenas resmungou dois "hm" rapidamente em forma de negação, pois seu rosto permanecia onde estava.

—Ah, droga! — Separo meu pescoço do seu rosto para que eu visse seus olhos abertos dessa vez, enquanto ele me olhava preocupado.

—O que foi? — Ele diz, levantando sua cabeça levemente do travesseiro.

—O Nam e o Jin! Eu não liguei pra eles depois que perdi a comunicação, você falou com eles antes de ser pego? — O olho de forma preocupada também, eu definitivamente esqueci de fazer uma das coisas mais importantes que era avisar aos Hyungs que estávamos à salvo em um hotel.

Quem Matou Min-Ji? - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora