Capítulo 62

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Depois de uma semana cansativa, Fernando e Lucero retornam para casa.

Lucero: Dora!
*sai correndo para abraça-lá*

Dora: Lucero, que saudades!

Lucero: Nem me fale. Mas eaí, como estão as coisas por aqui?

Dora: Tá tudo bem.

Fernando: Dora!
*grita de longe se aproximando com as malas nas mãos*

Lucero: E como está o Sabino?

Dora: No outro dia que vocês foram viajar, ele voltou a trabalhar.

Lucero: Ele é um teimoso mesmo, hein! Vou até a casa dele. Volto mais tarde.
*sai*

Fernando: Tudo bem, Dora?

Dora: Tudo bem, e você?

Fernando: Bem.
*coloca as malas no chão*

Dora: Bem? Fernando, te conheço há anos! Sei que não está nada bem. O que houve? Brigaram novamente foi?

Fernando: É complicado...

Dora: Vamos conversar lá dentro.
*ajuda ele com as malas*

.

Lucero: Sabino!
*grita*

Sabino: Senhora, que bom que está de volta.
*se aproxima e a cumprimenta*

Lucero: E como foi essa semana? Dora andou me falando umas coisas que não gostei...

Sabino: Pelo visto, ela já falou que no outro dia que vocês foram viajar, eu retornei ao trabalho. Mas é que não consigo ficar muito tempo longe daqueles animalzinhos, das plantas.

Lucero: Te entendo, mas você estava em repouso.

Sabino: Sabe o que importa agora? É que estou bem!

Lucero: Sentir tanto sua falta. *o abraça* O que está fazendo agora?

Sabino: Estou cuidando do jardim e depois vou cuidar dos bichos. Quem me acompanhar?

Lucero: Mas é lógico!
*saem*

.

Chegando na sala, encostam as malas em um canto e sentam no sofá

Dora: Me conta o que aconteceu
*se ajeita no sofá*

Fernando: Infelizmente brigamos porquê queria saber se ela me amava

Dora: De novo isso?

Fernando: Eu sei Dora, mas só queria que ela me respondesse. Até as pessoas de fora repararam da forma que ela me trata.

Dora: Essa pessoa seria...

Fernando: A Blanca. Ela falou que reparou que não nos beijamos, não temos uma relação de marido e mulher. Na mesma noite fiquei com isso na cabeça, e fui tirar satisfação com a Lucero. Ela falou numa forma tão fria... Disse que jamais me perdoaria, entre outras coisas que nem prefiro falar.
*diz chateado*

Dora: Fernando, você sabe que isso é um assunto muito sensível pra Lucero ainda, mesmo ela estando aqui há um bom tempo, não quer dizer que ela te ama. Apenas se acostumou a conviver com você. Desculpa, mas você errou feio dessa vez. Dá um tempo pra ela, pode não demostrar mas tudo isso é muito difícil ainda. Falo isso pelo bem de vocês!

Fernando: Fui um tolo mesmo! Mas esses dias estou achando ela tão estranha...

Dora: Talvez seja a saudades dos pais, daqui alguns dias é o aniversário dela. Compreenda o quanto é difícil.

Fernando: É, talvez seja isso mesmo. Não quero mais brigar com ela pelo o que os outros falam.

Dora: Isso! Tenta conversar com ela hoje.

Fernando: Do jeito que ela tá, acho bem difícil. Mal nos falamos depois da briga, e no caminho de volta pra cá, nem olhou na minha cara.

Dora: Quer saber, vou embora e vou deixar vocês conversarem a sós. Manda uma beijo pra Lucero.
*se levanta*

Fernando: Vai fazer isso mesmo?

Dora: Já estou saindo!
*pega sua bolsa e sai* 

Anoitece

Lucero: Dora, cheguei! Desculpa a demora, é que ajudei o Sabino com algumas coisas. Estou toda suja.
*diz rindo procurando Dora pela casa*

Fernando: Ela não tá.

Lucero: Fernando! *diz assustada*  Precisava aparecer assim? Mas como assim ela não tá?

Fernando: Foi embora mais cedo.

Lucero: Aconteceu alguma coisa com a mãe dela?
*preocupada*

Fernando: Calma! Não aconteceu nada. Ela só tinha que resolver algumas coisas. Amanhã cedinho ela está aqui.

Lucero: Entendi. Vou tomar um banho, já estou agoniada com essa roupa.

Fernando: Posso falar com você antes?
*a segura com delicadeza pelo braço*

Lucero: Agora? Pode esperar eu tirar essa roupa?

Fernando: Vai ser rápido.

Lucero senta no sofá para escutar o que ele tem para falar.


Fernando: Quero te pedi desculpas pelo que fiz. Você tem razão de não querer me perdoar. Não posso forçar uma relação. E como já te falei, não gosto quando brigamos. Me desculpa?
*diz com a voz trêmula com os olhos cheios de lágrimas*

Lucero não o responde. Quando Fernando iria sair, ela o chama.

Lucero: Também tenho que pedi desculpas pelas palavras tão grossas. Me desculpa, é que na hora da raiva acabou saindo tudo aquilo. É tudo tão confuso ainda.

Fernando: Compreendo! Prometo que não vou te perguntar mais aquelas coisas estúpidas.

Lucero: Me perdoa?
*levanta do sofá se aproximando dele*

Fernando: Eu que te faço essa pergunta. Eaí?

Lucero sorri balançando a cabeça

Fernando: Obrigado!
*lhe abraça*

Lucero fica sem reação, mas logo o abraça mais forte. Fernando vira seu rosto para beijá-la.

Lucero: Não precisa se empolgar também.
*abaixa a cabeça*

Fernando: Só um beijo.

Lucero: Um selinho tá ótimo.

Fernando a pega pela nuca, e lhe dá um selinho bastante demorado. Lucero abre os olhos erguendo as sombrancelhas durante o selinho.

Fernando: Te amo! *acaricia o rosto dela, que sorri* Vamos jantar?

Lucero: Assim? *ri* Vou tomar um banho e já retorno para jartamos juntos.

Fernando: Vou te esperar.

Lucero: Já volto.
*sai*














Continua...

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