Capítulo 45

164 16 12
                                    

Horas depois...

Fernando sobe para quarto preocupado com Lucero. A porta estava trancada, ele batia e nada dela abrir. Então ele decide arrombar a porta. Ele acende as luzes do quarto e vê ela deitada na cama olhando por 'nada.'

Fernando: Que susto que me deu! Pensei que... Enfim, por que não abriu a porta? Tive que arrombar! Vou ter que mandar arrumar isso.

Lucero ignorava a presença dele totalmente.

Fernando: Vim para te falar que chamei o melhor médico da família para examinar o Sabino. Eles já estão juntos nesse momento. É só isso.

Quando iria sair ela o chama

Lucero: Quero ir ver-lo.

Fernando: Me acompanha, já estava indo para lá mesmo.

Lucero o acompanha sem falar uma palavra. Ao chegar na casa de Sabino ela vai até ele chorando e se ajoelha ao lado de sua cama segurando em sua mão.

Sabino: Levanta daí, não precisa chorar por mim.

Fernando: Doutor podemos conversar lá fora?

Dr. Roberto: Claro.
*saem*

Sabino: O que aconteceu minha filha? Deu pra escutar os gritos da casa grande daqui.

Lucero: Te prometi que não iria deixar isso quieto!

Sabino: Mas não precisava fazer isso por mim. Sou velho, já passei por coisas piores que isso e sigo vivo aqui.
*rir*

Lucero: Nem brinca com isso, Sabino. Não conseguir parar de pensar em você. E como foi com doutor?
*levanta sentando ao seu lado*

Sabino: Foi tranquilo. Só não gostei de uma coisa.

Lucero: O que?
*pregunta preocupada*

Sabino: Aquele doutor disse que não vou poder trabalhar por um bom tempo.

Lucero: Mas ele está certíssimo.

Dr. Roberto: Licença...

Lucero: Doutor, como está o ferimento da cabeça do Sabino? É grave?

Dr. Roberto: Vou ser sincero, era pra ele ter ido no hospital no mesmo instante. Fernando me disse que esse acidente já faz alguns dias. O ferimento está se cicatrizando lentamente por conta do chapéu, né seu Sabino. E também por causa da exposição ao sol. Tudo isso prejudica e piora a situação do paciente.

Lucero: Mas, e agora? O que devemos fazer?

Dr.Roberto: Deve evitar ele fazer esforço por algumas semanas. Sem peso! Fiz um curativo na região do ferimento, daqui alguns dias volto para ver a situação. E esses são os remédios que ele deve tomar na hora certa.

Sabino: Ficar sem trabalhar vai ser difícil. Já cuido do jardim dessa casa há muitos anos. 

Lucero: Chegou a hora de parar e descansar.

Sabino: Difícil...

Fernando: A Lucero está certa.

Dr. Roberto: É por seu bem. Qualquer coisa podem me ligar.

Lucero: Muito obrigada, Doutor.

Fernando acompanha Roberto até a saída.

Fernando: Vamos?

Lucero: Amanhã cedo venho aqui. Se cuida!
*se despede dele com um beijo na testa*

Chegando na casa os dois sobem para quarto.

Fernando: As coisas foram muito tensas hoje. Vou deixar você sozinha essa noite.

Lucero: Por mim você me deixaria sozinha o tempo todo.

Fernando: Qualquer coisa estarei no quarto ao lado.
*sai*

Lucero: Você é tão covarde...

Ele retorna ao escutar aquilo

Fernando: O que disse?

Lucero: Isso mesmo que ouviu. Você é um covarde!

Fernando: Já vai começar? Quero dormir em paz.

Lucero: Você consegue dormir em paz? É sério? Com tantas mentiras...

Fernando: Que mentira?

Lucero: São tantas! Mas vou começar pelo "acidente" do Sabino. Não teve coragem de falar a verdade?

Fernando: Foi um acidente, já falei.

Lucero: Você me enforcando foi um acidente também? Só abre essa boca pra falar merda!

Ao se virar, ele a segura pelo braço.

Fernando: Falando assim só aumenta minha raiva.

Lucero: Vai fazer o que? Terminar de me enforcar, de me matar...

Fernando: Queria descontar minha raiva toda em você!

Lucero: Vai me bater? Faz isso! Já que não tem ninguém
para te impedir.

Fernando: Não é te agredindo. É de outra forma...Você não sabe como estou louco pra isso. Vou descontar absolutamente tudo.

Lucero: Me solta!
*o empurra* 















Continua...

Casamento Forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora