Letting my fears show 'til I can face 'emLetting my tears go 'til I can taste themHow do I know where you and I go?Damn it, I hope you come back home(Oh) come back home
Come Back Home (Sofia Carson)
Depois da notícia que meu namorado estava em coma, minha vida se tornou uma rotina muito exaustiva, voltava para casa apenas quando precisava pegar algo, ou porque o chuveiro do hospital não funcionava. Essa rotina já fazia parte da minha vida dois longos meses, é horrível não saber quando vai ver a pessoa que você mais ama sorrir de novo, ou te chamar para sair, te abraçar ou dizer que te ama.
A minha amiga estava me evitando, não quis me ouvir e todas as aulas ficava no fundo da sala, ela nem olhava na minha cara, mas eu agradeço por ela não ter contado a Magie. O Ryder como o bom moço havia inventado férias para curtir com a esposa como um casal apaixonado. Isso era ótimo, porque depois do acidente do Dani ele fazia questão de todas as aulas dar uma alfinetada de como socorrer alguém na pista pode salvar a vida dele, ou como podemos ocasionar acontecimentos por conta de escolhas.
Ele tinha todo o meu ódio.
Meus amigos eram meu alicerce, isso tudo tinha fortalecido ainda mais nossa amizade, e sempre que dava eles iam no quarto do Dani com a ajuda do Drake e ficávamos ali, era bom estar com eles.
-Oi meu amor - beijo sua testa e ajeito seu cabelo - seus pais voltam no fim de semana e pediram para eu cuidar de você, pensei em ler algo, ou posso te contar as fofocas.- sorrio- acorda logo meu príncipe.
-Atrapalho?- Olho na porta e ali está o Heitor, o mesmo médico alto que havia atendido o Dani agora estava no lugar dele no turno da tarde. Todos os dias ele fazia questão de puxar assunto comigo, esse homem é a cara do Peter Facinelli, o próprio Carlisle em pessoa, menos amarelo é claro.- ia te chamar para almoçar.
-Ei Heitor, não atrapalha não, mas, já comi um lanche na faculdade.
-Vive de lanche agora? Acho bom você estar saudável quando o Daniel voltar- sorri amarelo- estou indo então, é sua folga hoje? - assinto.- certo, uma ótima tarde.
-Obrigada Heitor- ele fecha a porta e não demora muito para Drake abrir novamente e entrar com a Lizz do seu lado, me espanto. Dois meses e ela estava me evitando completamente e agora veio aqui?
-Aqui não é lugar de briga - Drake fala em tom de alerta- sem discussões!- fala olhando para nós e eu assinto junto com ela.
-Eu não vou brigar, será que podemos conversar a sós? - olha para Drake incisiva e o mesmo assente saindo.- Desculpa vir aqui, mas, não queria falar isso na faculdade e você não sai mais daqui.
-Não consigo- ela assente quase sem me encarar- vai me ouvir?
-Acho que quem precisa me ouvir é você- ela se senta no sofá e eu acompanho sentando no banquinho ao lado- Eu tenho vergonha de dizer tudo, mas, você sempre foi a minha irmã- ela chora- Eu estou perdida, sem rumo, quero sumir e...
-Lizz, eu não sabia que ele era noivo da sua mãe...
-Mas eu sabia- paro por um minuto sem entender.- eu amo o Ryder Sophia- seu choro aumenta e meu coração gela- amo aquele homem de uma maneira, nós temos um caso tem meses, lembra quando disse que o Ryder é escandaloso e que era estranho ter aula com ele?- assinto puxando na memória.
-Soph - a voz de Lizz me tira de meus devaneios e eu volto atordoada- Soph- ela repete- eu estou desconfortável - sussurra - como padrasto ele é gente boa, mas é estranho ter aula com o Ryder, minha mãe e ele as vezes são meio barulhentos... - não precisava ouvir isso!-A noite anterior tinha sido a primeira, minha mãe teve que ir para uma viagem resolver umas coisas de herança e eu fiquei com ele- ela está chorando baixinho- foi um final de semana atípico, ele me tratou que nem uma princesa- com certeza - me fez bem, e eu achei que ele estava fazendo papel de pai, mas ai, ele me beijou e quando dei por mim estávamos na cama da minha mãe- ela chora mais forte e eu quero abraça-la- eu não queria, juro, mas... Foi tão bom que depois não conseguia evitar, era com a minha mãe em casa, ou fora, a gente começou a se pegar sempre e eu me apaixonei, e naquela noite que te vi com ele eu senti ódio mas não foi pela minha mãe- soluça- foi porque eu havia descoberto a mulher que ele estava completamente fascinado, mas, eu não devia ter te tratado assim- me abraça- me ajuda a sair disso, pelo amor de Deus, não quero perder o amor da minha mãe. Me perdoa, por favor, eu acredito em você.
-Acredita?- ela assente- porque fugiu?
-Porque eu não queria contar isso pra você, e acredito porque você ama aquela criatura- sorri com lágrimas nos olhos- te conheço uma vida inteira para ter certeza disso.
-Eu te amo- a abraço e ela chora forte- calma, ele é um cretino, naquela noite me mostrou o atestado de psicopatia.
-Mas ele te ama- fala baixinho- te ama porque ele é fissurado em você, descobri isso quando juntei as peças.
-Eu não me importo, deveríamos tirar ele da Maggie, isso sim!
-Minha mãe ama ele.
-É o que ele gosta, de fazer as mulheres o amarem e depois, ver sofrer, chorar... Ele mesmo me disse isso.
-Porque?- pergunta soltando do meu abraço.
-Porque ele tem problema e precisa de tratamento- resolvo não falar da história da irmã do Dani e da ex de Ryder.
-E o Dani?- olha para o meu namorado.
-Na mesma, cada dia que passa meu culpo ainda mais.
-A culpa não foi sua, e eu tenho certeza que ele vai sair dessa.
-Espero que saia, porque eu quero dizer que o amo, que ele é tudo pra mim que- começo a chorar- eu não aguento mais.
-Ei, calma- agora é minha amiga que me abraça - ele é forte e tenho certeza que vai sair dessa.
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Paixão Inconsequente
RandomJá pensou como uma paixão repentina pode causar danos? Sophia tem vinte e seis anos e é estudante de medicina, cursando o último ano ela se orgulha em nunca ter dependido de ninguém para realizar suas metas. Ao sair de um relacionamento turbulento...