Mark
Depois que ela cruzou o meu caminho, nunca mais tive um dia de paz, seja em uma foda, seja dormindo, trabalhando, estudando, meus pensamentos não são mais meus e sim dela, ela sabe disso.
Minha obsessão está fazendo-a fugir, acorda Mark, você é professor dela! Minha consciência gritava, mas não posso culpar de querê-la.
Minha cabeça rodeava por dúvidas e incertezas, porra eu tô afim de uma garota mais nova, em que nível que cheguei devido a uma buceta que não provei?
Sirvo me com uma dose razoável, whisky, tomo de uma vez, jogo o copo na parede, o partindo em milagres de pedaços, virou a garrafa em minha boca, desgraçada enquanto a provocava.
Nina era para você me desejar, PORRA! Fico espiando ela pela janela, a raiva e a obsessão tomando conta de mim. O prédio onde Nina mora é um edifício antigo, com janelas grandes e cortinas finas que não escondem muito. Eu me coloquei estrategicamente em um ponto onde posso ver a sua janela, mas ela não pode me ver. As luzes no apartamento dela estão acesas, e através das cortinas, consigo vislumbrar alguns movimentos.
Meu coração acelera enquanto observo cada pequeno detalhe. A curiosidade e o desejo misturam-se com a sensação de controle que sinto ao observar sem ser visto. É uma invasão privada, uma violação da sua intimidade, mas a linha entre o desejo e a obsessão é cada vez mais tênue para mim.
Nina está sozinha no apartamento, de acordo com o que consigo ver. Ela se move com uma graça despreocupada, vestindo uma camiseta e calças confortáveis, o cabelo preso em um coque bagunçado. Não posso deixar de notar como ela parece relaxada e despreocupada, completamente alheia ao tumulto interno que estou vivendo por causa dela.
Ela se aproxima da cozinha e começa a preparar algo. O que está fazendo, talvez um jantar simples? Meus pensamentos estão tumultuados, e eu me pergunto como seria estar ali com ela, compartilhar esses momentos cotidianos, sentir a sua presença ao invés de apenas observá-la.
Quando ela se senta no sofá, coloca um livro na mesa ao seu lado e começa a ler, a visão me dá uma sensação de frustração e desejo. Eu gostaria de estar na posição do livro, tocando-a, falando com ela, provocando-a. Cada página virada parece um lembrete do quanto estou distante de tudo isso.
Nina se levanta e vai até o banheiro. Enquanto ela está fora de vista, meu impulso de procurar ainda mais informações me domina. A internet está cheia de rastros e eu começo a procurar por detalhes adicionais, talvez uma maneira de saber mais sobre seus horários, seus amigos, seus gostos. Tudo isso só para me sentir um pouco mais próximo dela, embora eu saiba que esse comportamento não é saudável.
Ela retorna do banheiro e se deita no sofá com um cobertor. O livro agora está ao seu lado e ela parece estar relaxando, assistindo a algo na televisão. O que ela está assistindo? Eu fico imaginando, tentando preencher o espaço vazio que não consigo ver.
O desejo de estar ao seu lado, de ter a proximidade que observo agora de longe, continua a consumir meus pensamentos. Eu me vejo planejando como seria se eu estivesse ali, como eu poderia manipular a situação a meu favor. O desejo se mistura com a necessidade de controle, e eu começo a formular estratégias, como se cada pequena observação fosse um passo para me aproximar dela.
Finalmente, a visão de Nina se movendo para o quarto me faz sentir uma frustração crescente. Eu me sinto cada vez mais impotente ao vê-la se preparar para dormir, como se minha própria frustração e desejo estivessem acumulados e não fossem resolvidos. Ela fecha as cortinas, e eu sei que minha espiada terminou por hoje.
Com um suspiro pesado, me afasto da janela e vou para minha própria casa, exausto e frustrado. A obsessão não alivia; ao contrário, ela se intensifica. A única coisa que eu consigo pensar é em como me aproximar de Nina, como conseguir o que desejo.
Chegando na escola vejo que Nina também havia chegado. Sigo para sala, andando pelo corredor meu telefone toca.
— Alô?
— Senhor Lewis, aqui é o diretor Domingos, favor comparecer em minha sala. — Meu Deus, será que a Giannina me denunciou? Sinto um frio em minha espinha.
— Sim, senhor, estou chegando. — Falo e ele logo desliga
Sigo andando pensativo, bolando alguma desculpa plausível para não ser expulso. Bato na porta e entro.
— Como vai Mark? Estou recebendo vários elogios de suas aulas, está gostando de lecionar? — Ele fala e eu relaxo, sento na cadeira em frente de sua mesa.
— Estou bem, estou gostando bastante Domingos, a universidade é realmente ótima, os alunos bem empenhados. — Falou aliviado.
— Ficamos contentes com o seu trabalho, mas precisamos falar de senhorita Giannina. — Meu peito se apertar, pronto agora eu tô fudido. — Vimos que sua nota está baixa, ela sempre foi a aluna destaque em penal, e você sabe que se ela reprovar em sua matéria, será expulsa dessa universidade, nós não admitimos reprovações, gostaria de saber o motivo que ela está indo mal. — Realmente ela era boa, mas não podia falar para ele que o motivo da nota baixa era o pretexto perfeito para foder ela aqui.
— Giannina precisa se desenvolver mais, ela trouxe caso que nada tinha a ver com o solicitado — minto — Mas vou desenvolvê-la na recuperação, acredito que deve estar acostumada com o método antigo de Thomas.
— Certo, não quero vê-la repetir, espero que a ajude, entrega está intimação a ela, preciso informá-la de suas consequências.
Saio da sala do Domingos, seguindo para minha sala, desculpa Nina, não queria prejudicar seu futuro, eu só quero tê-la para mim, entrego-a intimação, não consigo nem olhar em seus olhos, sinto muito, gata.
Ela não voltou para aula, será que foi suspensa? Finalizei a aula, meus alunos saíram da sala, me apresso para ir à secretaria tentar ver se ela tenha tido alguma suspensão, mas não, ela simples foi embora, acho que ela me odeia, mas adoro caçar, pode fugir, eu a terei.
Em casa, fico recarregando a página a cada cinco segundos esperando ela entrar para conversarmos, não queria nem masturbar, somente conversar, mas nada dela, ligo para Taylor chamando para sair, chego em um barzinho bem conhecido aqui.
Sento-me no balcão e peço uma dose de whisky, Taylor senta ao meu lado pedindo também uma bebida.
— Meu grande amigo, faz tempo que não te vejo assim tão distraído, aposto que seja a suposta pesquisa que fiz esses dias — diz dando tapinhas em minhas costas.
— Taylor, acho que estraguei, ferrei com o futuro dela, eu só queria entrar nela, só uma transa para essa vontade passar — falo passando a mão pelo meu cabelo.
— Acho que não é só isso, Mark, você tá apegado nela, isso não é só vontade e você sabe disso, você pode perdê-la.
— Sei — digo frustrado e tomo um gole de minha bebida.
— Conquiste ela, tente algo com ela, você sabe que uma hora você vai se apaixonar. — Ele tem razão, preciso tentar algo com ela.
— Vou chamar ela para sair, quem sabe não, rolar algo. — Falo isso mais para mim do que para ele.— quem sabe quando a poeira baixar, preciso descansar, encontrar algo que possa fazer para ela aceitar minha proposta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Secret Life - Nina
Romance(Finalizada e em revisão) +18 Sinopse: Nina, uma estudante de direito, tem sua vida revirada após seu pai ser detido e sua mãe morta. Ela se submete a virar Camgirl com ajuda de sua melhor amiga, o que ela não esperava é que seu professor se tornari...