Capítulo 31 - Acordando...

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Mark

Eu estava sentado ao lado da cama de Nina no hospital quando Luana entrou no quarto. Ela me cumprimentou e, depois de um momento de hesitação, começou a falar sobre algo que estava em sua mente.

— Mark, eu queria conversar com você sobre algo — disse ela, sentando-se em uma cadeira ao lado da cama de Nina.

— Claro, o que é? — Perguntei, ficando um pouco ansioso.

— Bom, eu aluguei uma casa e queria que eu e a Nina moramos juntas. Está pronta e queria trazê-la para lá quando ela receber alta—, disse Luana, olhando para mim.

Fiquei imediatamente desconfortável com a ideia.

— O quê? Não, ela deve ficar comigo — disse, sem pensar.

— Mark, eu sei que você gosta dela e quer protegê-la, mas pense nisso. Ela estava com você quando tudo isso aconteceu. Talvez seja melhor para ela se afastar um pouco e se recuperar—, explicou Luana, tentando me convencer.

Eu sabia que ela tinha razão, mas não conseguia imaginar minha vida sem Nina ao meu lado. Depois de um momento de reflexão, eu finalmente cedi.

— Tudo bem, eu entendo. Vamos fazer o que é melhor para ela — disse, suspirando.

Luana sorriu, visivelmente aliviada.

— Obrigada, Mark. Eu sei que é difícil, mas acredite em mim, é o melhor para ela agora — disse ela, colocando a mão em meu ombro.

Eu olhei para Nina, ainda dormindo na cama ao meu lado, e concordei com Luana.

— Sim, você está certa. Vamos cuidar bem dela juntos — disse, com determinação.

Luana sorriu novamente, satisfeita com a nossa conversa, e se levantou para sair do quarto.

— Eu vou deixá-los sozinhos agora. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar — disse ela antes de sair.

Fiquei sentado ao lado de Nina, contemplando as palavras de Luana e tentando aceitar que ela iria se mudar. Sabia que seria difícil ficar longe dela, mas o mais importante era a recuperação de Nina. Prometi a mim mesmo que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para ajudá-la a superar os traumas e voltar a ser feliz.

Estava sentado na poltrona ao lado da cama de Nina, segurando a mão dela e fazendo carinho em seus cabelos. Então, de repente, senti um leve movimento em seu corpo e meus olhos se arregalaram de esperança. Seria Nina acordando? Eu continuei a fazer carinho em seus cabelos, aguardando ansiosamente por algum outro sinal.

Mas ela não acordou. Em vez disso, seu corpo se mexeu novamente, desta vez de forma mais intensa. Preocupado, chamei uma das enfermeiras que estavam no corredor. Ela entrou no quarto e imediatamente avaliou Nina.

— Não se preocupe, parece ser apenas espasmos musculares, comuns em pacientes que passaram muito tempo em estado de sedação. Vou deixar um medicamento para ajudar a controlar isso.

Eu suspirei aliviado, mas ao mesmo tempo, minha angústia só aumentava. Queria que Nina acordasse logo e que pudéssemos conversar, retomar nossa relação. Eu precisava me redimir pelo que fiz e tentar, de alguma forma, consertar as coisas entre nós. Mas, por enquanto, só podia ficar ali, torcendo para que ela acordasse em breve.

Eu estava cochilando na cadeira ao lado da cama de Nina quando ouvi uma tosse. Meu coração disparou e eu abri os olhos rapidamente, para encontrar os dela me encarando. Ela estava acordando.

— Você está acordada! — Eu disse, com lágrimas nos olhos.

Ela tentou falar, mas sua voz saiu fraca e rouca. Eu a ajudei a sentar e chamei as enfermeiras para verificar seus sinais vitais. Ela ainda estava fraca e confusa, mas finalmente tinha acordado.

Secret Life - NinaOnde histórias criam vida. Descubra agora