Capítulo 27 - Inferno

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ALERTA, CONTÉM GATILHO: ESPANCAMENTO E CENA DE VIOLÊNCIA.

Mark

Estou parado em frente à porta da sala de aula, procurando por Nina na faculdade. Depois, decidi ir até o apartamento dela.

Bati na porta duas vezes, mas não houve resposta. Bati novamente, e o silêncio continuou. Acho que ela não está em casa. Decidi entrar, e como imaginei, o apartamento estava vazio. Em cima da cama, encontrei o celular dela. Será que ela está com a Luana?

— Oi, Mark! — respondeu Luana ao atender a ligação.

— Luana, a Nina está com você?

— Não, já te falei que não...

— Eu não a encontrei na faculdade e o celular dela está aqui no apartamento.

— Pede pro Taylor colocar os caras na rua. Estou indo para aí!

— E se aquele desgraçado pegou ela? — Minha voz estava cheia de desespero.

— Vamos encontra-la, Mark! Talvez ela tenha saído para espairecer a cabeça...

— Combinado!

Desliguei a ligação com Luana e imediatamente liguei para Taylor.

Taylor organizou uma equipe para procurar Nina. Eu não consigo ficar parado, ando de um lado para o outro pela casa. Se algo acontecer com ela, vou matar aquele filho da puta.

— Desse jeito, você vai abrir um buraco no chão, Mark!

— Não enche, Taylor!

— Calma, vamos encontrar ela!

— Taylor tem razão, Mark.

— Isso tudo é culpa minha, MINHA!

— Ei, ei, ei — Taylor me segura pelos ombros — Calma!

— Faz seis horas que ela sumiu, porra!

— Sabemos, Mark! Estou tão desesperada quanto você. Ela é a minha melhor amiga.

Luana chora no sofá enquanto seu namorado tenta consolá-la. As buscas estão cada vez mais cansativas.

Nina, onde você está?

A agonia era insuportável. Cada minuto que passava sem notícias de Nina era uma tortura. Eu me sentia completamente impotente, e a ideia de que ela poderia estar em perigo era demais para suportar.

A equipe de busca estava vasculhando cada canto da cidade, checando câmeras de segurança, perguntando para qualquer pessoa que pudesse ter visto algo. Eu sabia que estavam fazendo tudo o que podiam, mas a sensação de impotência era esmagadora.

— Mark, tenta respirar — disse Taylor, tentando me acalmar enquanto eu andava de um lado para o outro na sala. — Ainda não tivemos nenhuma pista, mas não podemos desistir agora.

— Não é fácil, Taylor! Eu não consigo ficar parado sabendo que ela pode estar em perigo — retruquei, a voz tremendo de raiva e desespero.

Luana, ainda em choque, tentava secar as lágrimas enquanto seu namorado tentava mantê-la calma. A tensão no apartamento era palpável.

— Eu não consigo acreditar que não encontramos nada até agora — falei, mais para mim mesmo do que para os outros. — Como é possível que não haja uma única pista sobre onde ela pode estar?

— Estamos fazendo tudo o que podemos, Mark — disse Taylor, tentando oferecer algum consolo. — Às vezes, a informação pode demorar a aparecer.

Eu bati o punho na mesa, sentindo a frustração crescer dentro de mim.

Secret Life - NinaOnde histórias criam vida. Descubra agora