Capítulo 24 - Palavras

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Nina

Estava com o coração acelerado e a respiração ofegante. O carro preto continuava a me seguir, e a sensação de estar observada era insuportável. Sentia-me completamente vulnerável, e a insegurança tomou conta de mim.

Puxei o celular da bolsa e, com mãos trêmulas, liguei para Luana. Assim que ela atendeu, a voz dela, apesar de calma, não conseguia abafar meu pânico.

— Luana, eu... eu não sei o que fazer. Enquanto vinha embora, um carro preto me seguiu desde que saí da faculdade. Não consegui ver a placa, mas estou com muito medo. O que eu faço?

A voz de Luana tentou ser tranquilizadora, mas eu ainda estava apavorada.

— Nina, fica calma. Você está no apartamento do Mark?

— Sim, estou.

— Então fala o que aconteceu. Ele pode te ajudar a lidar com isso. — Suspirei — E não se esqueça de avisar o Mark assim que puder. Ele pode te ajudar a lidar com isso.

Desliguei a chamada, ainda tremendo. O pensamento de que algo pudesse ter acontecido com Mark, ou que eu pudesse estar em perigo, era opressor. Olhei ao redor, sentindo a tensão no ar, e tentei processar o que havia acabado de acontecer.

Finalmente, ouvi a moto de Mark estacionado do lado de fora e vi sua silhueta entrando. Minha respiração aliviada rapidamente deu lugar a uma nova onda de ansiedade. Ele entrou no apartamento, molhado pela chuva e com uma expressão de preocupação em seu rosto.

— Nina, você está bem? — ele perguntou, seu olhar investigativo e ansioso.

— Mark, eu... — comecei a falar, mas ele me interrompeu.

— Eu preciso ir ao banho e já volto. Precisamos conversar sobre seu caso.

Ele se dirigiu rapidamente para o banheiro, e eu fiquei sozinha no sofá, minha mente girando em um turbilhão de pensamentos. A insegurança e o medo ainda me dominavam, e eu estava paralisada, sem saber o que fazer.

Esperei ansiosamente enquanto Mark tomava banho, meus pensamentos fixos na necessidade de falar sobre o que havia acontecido e buscar alguma forma de resolução. A sensação de tempo passando lentamente parecia quase insuportável.

Finalmente, com a certeza de que a conversa com Mark seria inevitável e necessária, eu me preparei para enfrentar a situação, esperando que ele pudesse me ajudar a entender e lidar com o que estava acontecendo.

Finalmente, ouvi o barulho do chuveiro desligando, seguido pelo som da porta do banheiro se abrindo. Mark apareceu, envolto em uma toalha, e seu olhar estava carregado de preocupação.

— Desculpe pela demora — disse ele, ainda com a toalha ao redor da cintura, a expressão séria. — Vamos conversar.

Ele se sentou ao meu lado no sofá, e eu senti um alívio misturado com nervosismo. O que eu havia experimentado estava prestes a ser revelado, e eu esperava que Mark pudesse me ajudar a lidar com o que estava acontecendo.

— Mark, eu... — comecei tentando controlar a voz que ainda tremia —, enquanto eu vinha embora, um carro preto começou a me seguir. Eu não consegui ver a placa e estou com muito medo. Não sei o que fazer.

Mark ficou visivelmente irritado com o que ouviu. Seus olhos se estreitaram, e a preocupação que ele sentia foi substituída por uma frustração clara. Sem perder tempo, ele pegou seu celular e ligou para Taylor, sua expressão grave enquanto esperava a ligação ser atendida.

— Taylor, preciso que você vá até o apartamento agora — disse Mark, sua voz firme e urgente. — Nina foi seguida pelo carro preto, e eu preciso de ajuda para lidar com isso. Não sei exatamente quem está por trás disso, mas é sério. Venha imediatamente.

Após a chamada, Mark se virou para mim, tentando controlar sua irritação.

— Nina, eu sinto muito por isso. A situação está pior do que eu imaginava. Taylor está a caminho para nos ajudar a resolver isso. Vamos nos manter calmos e agir com cautela até lá.

Ele passou uma mão pelos cabelos, claramente frustrado com a situação, e eu pude ver que ele estava tentando manter a compostura por mim. A expectativa de ter Taylor ali em breve me dava um leve alívio, e eu esperava que a presença dele pudesse ajudar a esclarecer e resolver a situação.

Mark se dirigiu para o telefone fixo para fazer algumas ligações adicionais, garantindo que tudo estivesse em ordem e que Taylor chegasse o mais rápido possível. Eu me sentei no sofá, observando o movimento dele com um misto de ansiedade e alívio. A chegada de Taylor seria um passo crucial para lidar com a ameaça que pairava sobre nós.

Enquanto isso, o barulho da chuva lá fora continuava, e eu me sentia um pouco mais segura sabendo que Mark estava tomando providências para proteger a mim e resolver a situação.

Secret Life - NinaOnde histórias criam vida. Descubra agora