Capítulo 10

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Beatriz Howard

Conheci a Clara enquanto caminhava no condomínio. Nós nos aproximamos muito na semana, então ela me chamou para uma festa.

Nunca fui de frequentar festas. Quando tinha em torno de dezesseis até os dezenove eu até frequentava, mas quando comecei a morar com meu pai não.

Agora que estou livre dele, preciso começar a viver!

- você está linda, Bia! - Clara afirmou.

- você também! - entrei em seu carro.

- Jesus! Quem é aquele? - aponta para a porta de casa.

Scott saia em direção ao seu carro.

- é o Scott. Meu cunhado.

- por que nunca me apresentou ele?

- quer que eu apresente?

- óbvio!

Saímos do carro e fomos em direção ao Scott.

- Beatriz? Ainda está aqui? - pergunta quando nos vê.

- quero apresentar minha amiga Clara.

- prazer. - dizem ao mesmo tempo e sorriem.

- vão para a balada?

- vamos.

- cuida bem da Beatriz. Quando ela bebe ela fica descontrolada.

- mentiroso! Eu bebo bem pouco. - nós rimos.

- por que você não vem com nós?

Não, Clara! Se ele for, Chris também vai.

Olhei para ela com olhar de reprovação.

- eu adoraria.

- e eu? Vou ter que ficar vendo vocês dois?

- eu posso ir. - Chris sussurra no meu ouvido e eu pulo com o susto. Todos riem.

- pronto. Vamos nos trocar e em dez minutos voltamos. - Scott e Chis entram em casa e eu convido Clara para entrar também.

- vou te matar, Clara. Eu quero uma noite só das garotas.

- Bia! Vai ser legal! O Scott é um gato! O seu namorado vai, o que tem de errado?

Tive que aceitar a situação, mesmo não querendo.

Dez minutos depois os mocinhos apareceram.

— estão cheirosos! — digo e nós rimos.

Eu e o Chris fomos nos bancos de trás. Eu fui retocando minha maquiagem.

— amanhã é o grande dia, finalmente. — ele disse baixo.

— vai ficar tudo bem, Chris.

— eu espero.

..

Durante a festa, fiquei livre dos meninos e fui tentar curtir um pouco.

3 horas depois.

Chris Evans

— está bêbado! Te disse para não exagerar. — Beatriz reclama e eu reviro os olhos.

— não estou!

— está sim!

Puxei a cintura dela e beijei seus lábios. De início eu tive certeza de que ela iria se afastar, mas não fez isso. Quando finalmente nosso beijo acabou, ela cruzou os braços e eu ri.

— isso foi uma prova de que está.

— se você acha que sim, tudo bem. — me aproximei do seu ouvido — Mas estou consciente.

Caminhei até Scott que me encarava surpreso.

— o que foi isso? — disse.

— o que?

— esse beijão que você deram.

— só foi um beijo.

— não vai brincar com sentimentos dela, não é? Por favor não faz isso.

— eu não vou fazer isso.

— acho bom. Agora me dê licença que eu vou atrás da minha garota.

— já estão assim? — rimos.

Fiquei sozinho em uma mesa. Muitas mulheres me encaravam esperando que eu chegasse nelas mas por algum motivo eu não estava afim de ficar com ninguém. Pedi ao garçom um drink.

Vi um homem se aproximar da Beatriz e ela ficar extremamente desconfortável. Quando ele passou a mão pela cintura dela eu me levantei.

O cara pegou na mão dela e a puxou em direção a saída.

Eu não ia deixar ela ser levada por um estranho. Fui até eles.

— Beatriz? — parei os dois.

— nos deixa em paz, cara. — o rapaz tenta amigar comigo.

— ela é minha namorada.

Quando falei isso, ele me encarou e soltou o braço dela. O cara saiu e ficou uma situação desconfortável entre nós.

— isso foi estranho. — ela disse.

— é.

Ela estava um pouco tensa. Conheço a criatura, não está confortável.

— quer ir para casa, né? — perguntei já sabendo que sim.

— acho que não sou muito de festas. — eu ri.

— vou chamar um carro para nós.

— não precisa ir comigo. Pode ficar aqui.

— não estou com cabeça para lugares assim. Preciso me preparar para amanhã. — ela assentiu.

— obrigada.

— pelo o que? — perguntei confuso.

— por não deixar aquele cara me levar.

— ah, de nada.

Eu só fiz o que qualquer um faria.

O carro estava demorando e o clima entre nós dois estava estranho. Eu odeio climas assim.

— está demorando. — digo.

— é. Deve ser o trânsito.

— são três da manhã, então acho difícil.

Por sorte, Scott e Clara vieram até nós.

— já vão? — meu irmão perguntou.

— já. Amanhã vai ser um longo dia.

— é verdade. Até amanhã.

Nos despedimos deles e fomos para o lado de fora, já que o carro tinha chegado.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora