Capítulo 27

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Chris Evans

Passei a semana inteira com a esperança da Bia voltar, mas isso não aconteceu. Ainda descobri que ela está ficando com um cara que segundo Scott, é muito bonito.

Aposto que não é mais bonito do que eu.

Sinto tanta falta dela, mas não vou admitir isso para ninguém. A casa está sempre em silêncio e até o Dodger está quieto. Meus amigos falam que eu também não aparento está muito feliz.

A mídia ainda não descobriu sobre nós dois e quero que isso continue. Nem eu e nem ela está pronto para aguentar os comentários.

Já era manhã de sábado e eu levantei bem tarde. Culpa da insônia e do ser chamado Beatriz Howard. Me encontrei com a Maria que estava arrumando a mesa com minha comida.

— bom dia, Chris. Acordou tarde hoje.

— bom dia, Maria. Não consegui dormir muito bem. — digo passando a manteiga no pão. — não precisava de tanta comida, Maria, só tem eu na casa.

— não me acostumei ainda com isso. Sinto falta dela.

— também não me acostumei direito. A casa está muito vazia.

— está mesmo.

— tem mantido contato com ela?

— não. E você?

— também não. Achei que dentro de duas semanas ela voltaria, mas não voltou.

— Ela te fazia tão bem, Chris. Vocês eram tão lindos juntos, mesmo sem a relação ser verdadeira. Não sente falta dela? — neguei com a cabeça.

— eu gosto do silêncio.

— você sabia que ela gosta de você, né? — perguntou e eu olhei para ela. — dava pra notar. E você também gosta dela.

— eu não gosto, Maria.

— Chris, eu cuido da sua família desde que você era um bebê, e eu sei quando você gosta de alguém. Se você realmente quer ela de volta, vá atrás, porque a Bia não vai ficar sozinha para sempre. Eu estou te falando isso porque amo você como um filho, e sei que você precisa dela aqui mais do que qualquer um.

— mesmo que eu queira ela de volta, ela não vai voltar. Eu falei muita merda.

— o que você falou?

— prefiro não dizer com as mesmas palavras, mas tudo que eu falei era mentira. Eu fico tentando me convencer de que..

— de que você não sente nada por ela. Eu sei, já notei.

— falei muita coisa desnecessária para o Scott e ela ouviu tudo.

— então aproveita que ela ainda está na casa da Clara e conta tudo isso a ela. Dos seus sentimentos e da verdade por trás dos comentários desnecessários.

Maria sempre me dá um tapa na cara e depois um bom concelho.

Ela tem razão. Talvez eu tenha que falar com a Beatriz.

Mas se ela não me receber?

E se eu só passar vergonha?

E se ela não voltar?

A campainha da minha casa tocou e eu orei para que fosse ela.

Maria abriu a porta e meu pai entrou na minha casa.

— pai? — perguntei. — o que veio fazer aqui?

— estava aqui no condomínio e resolvi vir falar com você.

— tudo bem, fique a vontade.

Ele se sentou no sofá e eu na poltrona.

— tem mais alguém em casa?

— só a Maria.

— Beatriz foi embora mesmo?

— o que o senhor veio conversar, pai? — troquei de assunto.

— eu e sua mãe íamos fazer uma viagem para a Itália, mas por conta do meu problema de saúde, não vamos mais.

— ela já sabe desse problema?

— tive que contar. — agradeci mentalmente por isso. — eu ia te dar a viagem, mas você se separou da Bia.

— ah, então era isso.

— era. Enfim, só aproveitei que já estava aqui perto e quis passar aqui.

— quando é a viagem?

— próxima semana.

— não venda nada ainda.

Eu ainda vou para essa viagem com a Bia.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora