Beatriz Howard
Meu despertador tocou sete horas da manhã. Tomei um banho e desci as escadas sentindo um cheiro bom de comida.
— bom dia. — digo quando vejo uma senhora colocando comida na mesa.
— ah! Bom dia, senhorita.
— me chame de Bia, por favor. — ela assentiu.
— eu sou a Maria. Sou cozinheira do Evans desde que ele se mudou. Como foi a noite?
Ela deve achar que eu sou uma das mulheres que ele traz toda semana.
— ah, eu não.. nós somos namorados. Eu e o Chris. — digo sentando na cadeira.
Maria me olhou e senti um olhar de pena.
— eu não sabia que o Chris estava apaixonado.
— não se preocupe enquanto a isso. Somos relacionados mas temos uma relação diferente. É complicado explicar.
— tudo bem. Fiz torradas e suco — muda de assunto — gosta?
— eu amo! — sorri.
Assim que eu terminei de comer e de conversar com a Maria, fui caminhar pelo condomínio. Preciso me manter em forma.
Aproveitei para olhar todas as casas do condomínio. Cada uma mais bela que a outra!
Eu não queria falar isso, mas estou gostando dessa nova vida. Eu não estou passando necessidades (muito pelo contrário), e também ninguém me machuca.
Papai começou a bater em mim quando eu deixava de fazer as coisas de casa para estudar, por isso que deixei de frequentar a faculdade, tive que trancar.
Quando cheguei em casa, vi o carro do Chris do lado de fora. Entrei pela porta principal e subi para o meu quarto.
Tomei um banho gelado e vesti um roupão.
.
Chris
Se arrume e desça em dez minutos. Vou levar vc para passar a tarde na empresa..
Corri para vestir uma roupa e acabei escolhendo uma calça bege e uma blusa preta (mídia). Passei batom e rímel e me enchi de perfume.
— estamos atrasados. — Chris diz quando me vê correndo.
— por que vai me levar ao seu trabalho?
— quero que as pessoas te vejam.
— ok, então. Mas quero uma coisa em troca.
— quanto você quer? — ele diz tirando o dinheiro do bolso.
— pelo amor de Deus.. dinheiro não! Eu quero que você vá comprar sorvete comigo na volta.
— eu não gosto de sorvete e não vou com você.
— então não gosto do seu trabalho e não vou com você.
Ele revira os olhos e sei que nesse momento Chris gostaria de me matar, mas eu sorri vitoriosa.
— está bem, Beatriz. Vamos logo!
10 minutos depois chegamos.
As pessoas me encaravam e cochichavam, mas eu permanecia intacta ao lado do Evans.
"Ela é linda" "parece ser uma adolescente" "formam um lindo casal" "prefiro ele sendo meu" ouvi vozes desse tipo.
— você ficou bem nessa roupa. — Chris disse enquanto estávamos no elevador.
— obrigada, senhor Evans. — ele sorri de leve.
Naquele andar só havia a sala dele e uma moça em um balcão, acho que era a secretária.
— Sarah, alguma coisa para hoje à tarde?
— não, senhor, mas seu pai quer conversar.
— certo. Diga a ele que pode vir.
Segui o Chris até uma enorme sala BELÍSSIMA. Uma cadeira de couro preto, um tapete bonito, sofá elegante, e o melhor.. a vista! Corri para a varanda que tinha no local e pude ver toda a cidade.
— você é tão sortudo por trabalhar aqui! — digo ainda admirando a visão.
— o que tem demais aí? — ele se aproxima e vejo em seu rosto que também gostou do que viu — nunca tinha olhado isso..
— você é tão idiota.. eu passaria horas olhando.
Senti o olhar dele em mim por um tempo, então olhei de volta.
— poderíamos ser amigos. Facilitaria nosso convívio. — digo encarando ele também.
— acho melhor não. Vai que você se apaixone. — debochou.
— por você? Deus me livre. — ele ri.
— está bem. Vamos ser amigos, mas com uma condição. — revirei os olhos.
— eu não vou transar com você.
— não era isso, mas acho uma boa ideia também. — encarei o Chris para ele se tocar no que falou.
Ridículo.
— vamos fazer uma aposta. Se você se apaixonar por mim, vai fazer o que eu quiser o dia inteiro. Óbvio que eu não vou tocar em você se a senhorita não querer, mas eu vou pedir coisas que normalmente quem faz é o nosso mordomo. — tenta se explicar.
Nosso mordomo?
— então, se você se apaixonar vai fazer o mesmo comigo! — falei empolgada.
— como eu sei que não vou sentir nada por você e nem por ninguém, topo.
Sorrimos mas somos interrompidos pela porta da sala que foi aberta de maneira brusca. Era o pai do Chris.
— Evans. — a voz rouca dele ecoou na sala e Chris foi até ele revirando os olhos. — vamos fazer uma viagem para Paris amanhã. Leve a Beatriz.
— por que essa viagem?
— vou fechar negócios e sua mãe quer levar todo mundo. — o senhor disse saindo da sala e batendo novamente a porta com força.
— vamos para Paris?
— parece que sim. Melhor irmos para casa preparar as coisas.
— eu nunca andei de avião.
— vai andar amanhã. — disse guardando folhas em uma pasta.
Ele pegou minha mão e saímos da empresa em direção a mansão.
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Oitava dose - Chris Evans
FanfictionBeatriz Howard tem 22 anos e mora com o pai abusivo desde que sua mãe morreu. Christopher Evans é o CEO da Evans King, uma das maiores empresas de jóias e acessórios do país. Chris não se envolve no amor há muito tempo por causa dos relacionamentos...