Capítulo 2

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Beatriz Howard

Meu despertador tocou sete horas da manhã. Tomei um banho e desci as escadas sentindo um cheiro bom de comida.

— bom dia. — digo quando vejo uma senhora colocando comida na mesa.

— ah! Bom dia, senhorita.

— me chame de Bia, por favor. — ela assentiu.

— eu sou a Maria. Sou cozinheira do Evans desde que ele se mudou. Como foi a noite?

Ela deve achar que eu sou uma das mulheres que ele traz toda semana.

— ah, eu não.. nós somos namorados. Eu e o Chris. — digo sentando na cadeira.

Maria me olhou e senti um olhar de pena.

— eu não sabia que o Chris estava apaixonado.

— não se preocupe enquanto a isso. Somos relacionados mas temos uma relação diferente. É complicado explicar.

— tudo bem. Fiz torradas e suco — muda de assunto — gosta?

— eu amo! — sorri.

Assim que eu terminei de comer e de conversar com a Maria, fui caminhar pelo condomínio. Preciso me manter em forma.

Aproveitei para olhar todas as casas do condomínio. Cada uma mais bela que a outra!

Eu não queria falar isso, mas estou gostando dessa nova vida. Eu não estou passando necessidades (muito pelo contrário), e também ninguém me machuca.

Papai começou a bater em mim quando eu deixava de fazer as coisas de casa para estudar, por isso que deixei de frequentar a faculdade, tive que trancar.

Quando cheguei em casa, vi o carro do Chris do lado de fora. Entrei pela porta principal e subi para o meu quarto.

Tomei um banho gelado e vesti um roupão.

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Chris
Se arrume e desça em dez minutos. Vou levar vc para passar a tarde na empresa.

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Corri para vestir uma roupa e acabei escolhendo uma calça bege e uma blusa preta (mídia). Passei batom e rímel e me enchi de perfume.

— estamos atrasados. — Chris diz quando me vê correndo.

— por que vai me levar ao seu trabalho?

— quero que as pessoas te vejam.

— ok, então. Mas quero uma coisa em troca.

— quanto você quer? — ele diz tirando o dinheiro do bolso.

— pelo amor de Deus.. dinheiro não! Eu quero que você vá comprar sorvete comigo na volta.

— eu não gosto de sorvete e não vou com você.

— então não gosto do seu trabalho e não vou com você.

Ele revira os olhos e sei que nesse momento Chris gostaria de me matar, mas eu sorri vitoriosa.

— está bem, Beatriz. Vamos logo!

10 minutos depois chegamos.

As pessoas me encaravam e cochichavam, mas eu permanecia intacta ao lado do Evans.

"Ela é linda" "parece ser uma adolescente" "formam um lindo casal" "prefiro ele sendo meu" ouvi vozes desse tipo.

— você ficou bem nessa roupa. — Chris disse enquanto estávamos no elevador.

— obrigada, senhor Evans. — ele sorri de leve.

Naquele andar só havia a sala dele e uma moça em um balcão, acho que era a secretária.

— Sarah, alguma coisa para hoje à tarde?

— não, senhor, mas seu pai quer conversar.

— certo. Diga a ele que pode vir.

Segui o Chris até uma enorme sala BELÍSSIMA. Uma cadeira de couro preto, um tapete bonito, sofá elegante, e o melhor.. a vista! Corri para a varanda que tinha no local e pude ver toda a cidade.

— você é tão sortudo por trabalhar aqui! — digo ainda admirando a visão.

— o que tem demais aí? — ele se aproxima e vejo em seu rosto que também gostou do que viu — nunca tinha olhado isso..

— você é tão idiota.. eu passaria horas olhando.

Senti o olhar dele em mim por um tempo, então olhei de volta.

— poderíamos ser amigos. Facilitaria nosso convívio. — digo encarando ele também.

— acho melhor não. Vai que você se apaixone. — debochou.

— por você? Deus me livre. — ele ri.

— está bem. Vamos ser amigos, mas com uma condição. — revirei os olhos.

— eu não vou transar com você.

— não era isso, mas acho uma boa ideia também. — encarei o Chris para ele se tocar no que falou.

Ridículo.

— vamos fazer uma aposta. Se você se apaixonar por mim, vai fazer o que eu quiser o dia inteiro. Óbvio que eu não vou tocar em você se a senhorita não querer, mas eu vou pedir coisas que normalmente quem faz é o nosso mordomo. — tenta se explicar.

Nosso mordomo?

— então, se você se apaixonar vai fazer o mesmo comigo! — falei empolgada.

— como eu sei que não vou sentir nada por você e nem por ninguém, topo.

Sorrimos mas somos interrompidos pela porta da sala que foi aberta de maneira brusca. Era o pai do Chris.

— Evans. — a voz rouca dele ecoou na sala e Chris foi até ele revirando os olhos. — vamos fazer uma viagem para Paris amanhã. Leve a Beatriz.

— por que essa viagem?

— vou fechar negócios e sua mãe quer levar todo mundo. — o senhor disse saindo da sala e batendo novamente a porta com força.

— vamos para Paris?

— parece que sim. Melhor irmos para casa preparar as coisas.

— eu nunca andei de avião.

— vai andar amanhã. — disse guardando folhas em uma pasta.

Ele pegou minha mão e saímos da empresa em direção a mansão.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora