Capítulo 4

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Beatriz Howard

Minha sogra me levou para os cantos mais icônicos de Paris. Essa com certeza é minha cidade favorita.

Mesmo sendo um absurdo toda essa minha relação com o Chris, não posso negar que está sendo boa. Eu não passo pelo o que eu passava com meu pai, não preciso passar o dia inteiro obedecendo ninguém e também todos me adoram (eu acho).

Gostei tanto do meu "namorado" ter contado tudo aquilo que aconteceu com ele para mim. Eu sabia que por trás do homão rabugento, existia um jovem com problemas. E grandes problemas. Não quero que ele me veja como uma aleatório que ele só usa, mas sim como uma amiga. Cada dia estamos nos dando melhor.

Passar o dia com a Amanda foi incrível! Ela é uma ótima mulher e também me trata como uma filha. Quero ser assim quando ficar mais velha.

Infelizmente, ela me comunicou que já vamos embora amanhã.

— vocês demoraram. — Chris disse enquanto eu me sentava na cadeira ao seu lado.

A família estava reunida no restaurante do hotel. O pai do Chris que chamou todos.

Scott estava com uma mulher ao seu lado.

— família, eu já decidi sobre o futuro da empresa. — o sr. Evans disse em um tom autoritário.

Olhei para o Chris e vi seu maxilar travado. Ah meu Deus.

— mas só para deixar vocês com suspense, irei falar em um jantar na minha casa. — sorriu.

Chris estava puto. Eu via o olhar dele para o pai.

— Chris, calma.

— eu não consigo.. — sussurrou. — ele fez de propósito.

— eu sei que ele fez de propósito. Mas você não pode demonstrar incômodo.

— você tem razão.

— eu sempre tenho. — ele me olha e ri.

— olha, sobre a conversa que tivemos hoje cedo..

— eu não vou comentar sobre isso com ninguém e nem tocar no assunto.

— ótimo. — virou um copo de bebida na boca.

— o que é isso? Eu te falei para parar de beber.

— esse é o primeiro copo do dia, Beatriz. Não tem problema eu beber um pouco.

— mas sabendo do estado que você está vai beber uma garrafa toda.

— vou só beber esse.

Olhei rapidamente para o pai dele e o vi encarando nós dois. Puxei o rosto do Chris e depositei um selinho.

A comida logo chegou.

...

— eu vou sair com o Scott, ok?

— faz o que você quiser, mas se chegar com cheiro de bebida não vai deitar na minha cama.

— não vou beber muito.

— já desisto de tentar te convencer a parar de ser um alcoólatra.

Chris Evans

Meu pai é o maior filho da puta. Eu sou a única opção que ele tem para passar a empresa, mas eu sinto que ele vai fazer uma merda e não vai fazer isso.

Que ódio.

Eu e Scott chegamos em um bar elegante. A música estava alta e tinha várias mulheres bonitas.

— o que você acha que ele vai fazer? — Scott pergunta quando sentamos em uma mesa.

— uma grande merda. Como sempre.

Passamos a noite conversando e bebendo. Como já era de se esperar, bebi demais e não estava conseguindo andar direito.

— Beatriz vai me matar. — eu ri.

...

Entrei no quarto fazendo barulho e com muito sono. Me joguei na cama e ouvi um grito.

— SEU LOUCO! VOCÊ SE JOGOU EM CIMA DE MIM.

— desculpa. Estou como sono. — fui para o outro lado.

— você não vai dormir aqui! Vá tomar um banho.

— me ajuda a tomar esse banho, aí eu vou.

— não vou ajudar você em nada! Vai logo pro banheiro!

Me levantei com dificuldade, tirei os acessórios e objetos do meu corpo e entrei no box de roupa mesmo.

— separei uma roupa para você, está aqui na pia.

— obrigado.

Saí, fechei a porta e me troquei.

— bem menos pior. Obrigada.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora