Capítulo 28

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Chris Evans

Dia seguinte

Acordei com o Dodger chorando na porta do meu quarto.

Deixei ele entrar e ele subiu na cama, mas notei que tinha algo em sua boca. Era um ursino rosa que vivia na bolsa da Bia. Ela deve ter dado para ele.

— sente falta dela, né garotão? — fiz carinho em sua cabeça. — eu também. Acha que eu devo falar com ela? — Dodger latiu.

Passei a mão pelos meus cabelos e suspirei fundo. É melhor eu ir antes que seja tarde.

Tomei um banho rápido, coloquei um calção e uma camisa de malhar preta.

— Bom dia, Chris. — Maria falou. — vai sair? Fiz seu café da manhã.

— bom dia. Vou falar com ela. — Maria sorriu e colocou uma panqueca na mesa.

Me sentei e comi o mais rápido que consegui.

— boa sorte, tá? Vai ficar tudo bem. — me abraçou e eu a abracei de volta.

— obrigado.

Eu estava tão nervoso que minhas mãos estavam suando.

Depois de comer, coloquei Dodger na coleira e fui andando até a casa da Clara, já que morávamos no mesmo condomínio.

— Dodger, você vai ver a sua mãe hoje.

Parei em frente à porta da casa da Clara e depois de dois minutos consegui tocar a campainha, que não demorou para ser aberta.

— Chris? — Clara perguntou curiosa — Oi, Dodger! — fez carinho na sua cabeça.

— Bia está? — perguntei.

— sim. Eu vou chamar ela.

— não fala que sou eu, por favor. Eu vim pedir desculpas e quero que ela me ouça. — Clara pensou um pouco e assentiu.

Depois de cinco minutos, a porta foi aberta novamente e nossos olhos. encontraram. A expressão facial dela foi de sorridente para surpresa.

— o que veio fazer aqui? — perguntou e depois olhou para baixo vendo o Dodger. — Dodger! — sorriu e se abaixou para falar com ele.

— eu queria falar com você — cocei minha nuca. Eu estava nervoso. Ela se levantou.

— mas eu não quero. — fechou a porta mas impedi com o meu pé.

— só quero pedir desculpa. — aguardei um pequeno tempo e ela abriu a porta.

— seja rápido.

— eu sei que eu fui um babaca de novo. Me desculpa por isso. Eu quis fingir que você ir embora não iria me atingir, mas isso não é verdade. Eu sinto sua falta, falta das nossas conversas, das suas piadas e até de você me chamando de idiota. — ela deu um leve sorriso. — preciso de você lá em casa.

Ela não me olhava nos olhos, mas eu olhava nos dela.

— Dodger também está com saudades. Você não pode voltar?

— já te falei que precisamos nos afastar.

— você me quer tanto quanto eu te quero. Pra que estamos negando se já está óbvio?

— Chris.. por favor. — falou com voz de choro.

— Beatriz!

— mas se o que você disse for verdade?

— olha, a gente gosta um do outro e não tem como negar. Eu tentei negar naquele dia, mas eu prometo que o que eu disse não é verdade.

— se eu voltar, promete que vai mudar? — finalmente ela olhou nos meus olhos.

— prometo que vou tentar.

— promete que não está só me usando?

— prometo.

— promete que não vai levar ninguém para nossa casa enquanto eu estiver lá? E que não vai beber até cair?

— o da bebida eu não sei se posso prometer.

— Christopher..

— eu prometo que vou tentar.

— já que você promete, eu volto.

Eu sorri e puxei ela para um abraço, depois beijei sua cabeça.

— graças a Deus.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora