Capítulo 38

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Beatriz Howard

Quando acordei, Chris já tinha ido trabalhar.

— bom dia, Maria.

— bom dia, minha linda. Como foi a noite?

— maravilhosa. Chris já foi?

— sim. Saiu cedo e com uma cara estranha.

— estranha como?

— meio nervoso ou confuso.

— que estranho.

— também achei.

Espero que esteja tudo bem no trabalho.

Chris Evans

Eu não conseguia parar de pensar naquela mulher. Pelo amor de Deus, ela jogou algum feitiço? Nem meu trabalho eu consegui fazer direito!

Pensei em voltar para casa e tirar um cochilo, mas aí eu teria que ver ela e com certeza não ia aguentar me segurar.

Já eram três da tarde e eu não tinha feito praticamente nada.

Meu telefone tocou e era ela. Não é POSSÍVEL.

-- oi, Beatriz. — atendi.

— oi! Eu estou aqui no centro, perto da empresa e quis saber se posso ir aí para conseguir uma carona de volta para casa. Vai demorar?

Pensei em dizer que só iria embora de noite, mas eu não consigo dizer não a ela.

— ah.. tudo bem. Já estou indo, então vem logo.

— dez minutos eu chego.

Desliguei o celular e me joguei na cadeira. Que porra.

Consegui concluir algumas coisas mas logo fui informado que ela tinha chegado.

— entra.

Bia entrou com uma sacola de compras no braço e sorriu para mim.

— onde estava? — perguntei.

— fui comprar coisas para conseguir estudar melhor.

— muito bem. — falei seco e ela me olhou estranho, eu desviei o olhar.

— trabalhou muito hoje?

— não consegui muito.

— está tudo bem?

— está, Beatriz. — voltei minha concentração ao computador.

Ela colocou a sacola no chão, veio até mim e se apoiou na minha mesa de braços cruzados.

— tem algo errado. — falou e eu finalmente a olhei. — você está estranho. O que está acontecendo? — pousou a mão no meu rosto e fechei os meus olhos com seu toque.

— só estou cansado.

— é só isso mesmo?

— sim.

— quer ficar sozinho?

— eu quero você. — puxei sua mão e a coloquei no meu colo, abraçando seu corpo.

Já me rendi.

— tudo bem, vamos para casa. Tem que descansar.

Assenti e nos levantamos.

Beatriz Howard

Chris está muito estranho comigo e eu não entendo o motivo. Não fiz nada para ele.

Isso me deixou triste. Achei que estávamos nos dando bem.

Quis conversar com a Clara, mas me lembrei que ela deveria estar com o Scott, já que começaram um namoro.

Me lembrei que a Maria estava em casa e fui conversar com ela.

— o que foi, minha linda?

— Chris está estranho comigo. Me evitando, sendo grosso.. ele está igual como era antes!

— você tem ideia do motivo?

— não, por isso vim falar com a senhora. Estou mal, sabe?

— entendo. Posso tentar conversar com ele amanhã sobre isso.

— só espero que ele não tenha voltado a beber horrores e a sair com milhares de mulheres.

— eu também. Ele é como um filho para mim e me dói ver ele assim..

— eu imagino. Bom, vou dormir. Amanhã eu e Clara vamos fazer compras!

— isso é ótimo! Se divirtam. Não estarei aqui mas o Saulo sim.

— boa noite, Maria.

— boa noite.

Subi para o meu quarto e me deitei. Eu só queria entender o que está acontecendo.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora