Capítulo 24

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Chris Evans

Não demorou para a Clara e Scott chegarem. Pedimos várias pizzas e colocamos som.

Enquanto Scott e Clara ficavam de melação, tirei minha camisa e entrei na piscina. Estava quentinha.

Bia estava mexendo no celular em uma cadeira perto da piscina. Ela usava um biquíni azul escuro quase preto.

Ela é muito linda.

— Bia, vem pra água. — pedi.

— eu não sei nadar. Tenho medo.

— Deixa de besteira, eu seguro você.

— não, estou bem aqui.

— eu prometo que te seguro.

— eu não quero.

— por favor!

— tá bom, Christopher, vem me segurar. — veio até a borda e me aproximei dela, puxei sua cintura a colocando no meu colo.

— viu? Não está tão ruim.

— é, não está.

— Iai, está melhor? — olhei nos seus olhos.

— sim. Vocês me fazem bem.

— que bom.

Fiquei feliz dela se abrir para mim. Pensar que eu sou confiável e que pode contar comigo, é muito bom.

— no final você estava certo sobre Arthur.

— um homem sempre conhece outro homem.

— principalmente se os dois forem idiotas.

— Beatriz, não me coloca no nível daquele cara, por favor. Sei que não sou uma pessoa perfeita mas ele nem de homem deve ser chamado.

— você está certo. Bem que eu queria que um homem legal me chamasse para sair.

— eu sempre chamo você!

— não chama não. Não me confunda com as putas que você convive.

— tem um milhão de caras te querendo, mas você só ignora.

— tipo quem

— você sabe que se você quiser eu também quero.

Puta merda, o que disse?

— como é?

— o que?

— repete.

— mas eu não falei nada.

— você disse que me queria, Christopher.

— eu? Quando disse isso? — me fiz de desentendido só para provocar.

— olha, eu vou sair da piscina.

— tá bom.. é verdade. Vai me dizer que você nunca percebeu?

— bom, eu já suspeitava, até porque todos os homens me querem, como você mesmo disse.

— sua idiota.

— esse cargo é seu. — nós rimos e depois ficamos em silêncio.

— acho que vou ter que sair. — falei.

— por que?

— tem uma mulher gostosa com os peitos na minha cara.

— Christopher!

— desculpa, estou brincando.

— não faça mais isso.

— não fica com raiva de mim. Era um brincadeira.

— eu sei. Mas eu te entendo, sou muito gostosa mesmo.

— seu ego é enorme. Por que tem tanta certeza disso? Até onde eu sei, nunca transou com nenhum homem, então não sabe se é ou não.

— duas coisas. Primeiro: oportunidade não faltou e não falta. Segundo: não preciso que homem nenhum defina como eu sou.

— nossa, me desculpa.

— relaxa.

Bia colocou as mãos no meu rosto e analisou minha face. Por um momento até achei que ela fosse me beijar.

— seus olhos são verdes ou azuis? Sempre tive essa curiosidade.

— os dois.

Ela de repente cortou contato visual comigo e evitou me olhar.

— o que foi? — perguntei confuso.

— estamos muito próximos. Não podemos.

— é. Mas eu posso saber o motivo?

Ela sempre me evita. Ela não quer?

— Logo eu irei embora e não quero me apegar.

— verdade.

— tenho que terminar minha faculdade.

Porra. Ela tem razão. Eu não posso dizer que quero que ela fique.

— tem mesmo.

— se eu ficar aqui, como você vai conhecer sua futura namorada ou esposa? Você sabe que uma hora vai se apaixonar por alguma dessas mulheres e não vai poder conviver com ela enquanto eu estiver aqui.

— por que do nada você falou isso?

— ah, eu só penso no seu futuro também.

Essa preocupação é muito estranha.

— Chris, vem me ajudar a fazer o churrasco. — Scott gritou e eu revirei os olhos.

— jajá nós terminamos essa conversa.

Coloquei a Bia na borda da piscina e saí da água.

Scott poderia ter me chamado depois.

— precisa de ajuda em que?

— calma, precisa ser grosso assim? Tudo isso só porque eu tirei você de perto da sua namoradinha?

— exatamente isso. Quer ajuda em que?

— não preciso mais de ajuda. Clara já veio.

Esse filho da puta me chamou só para me provocar.

— vai tomar no cu, Scott. — ele riu.

Cara chato.

Eu não quero que ela vá embora. Quero ela aqui comigo nessa casa. Ah meu Deus, o que eu estou sentindo?

Nós jantamos todos juntos e depois fomos assistir um filme.

Beatriz Howard

Nos sentamos todos no sofá e escolhemos assistir Top Gun.

Durante o filme, Chris colocou o braço por volta dos meus ombros e isso me deixou muito nervosa.

— está melhor, né? — ele sussurrou.

— sim. Obrigada por hoje. Me senti melhor depois que eu desabafei com alguém.

— qualquer coisa, pode vir falar comigo. — sorri agradecida.

Chris estava olhando nos meus olhos e eu nos dele. Ele aproximou mais ainda nossos rostos e nos beijamos lentamente.

Eu sei que ele só está me iludindo, mas tê-lo carinhoso assim é perfeito.

Quando nosso beijou acabou ele olhou nos meus olhos e deu um leve sorriso que eu retribuí. Como não sou besta, aproveitei e deitei minha cabeça no seu ombro.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora