Capítulo 7

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Chris Evans

estamos atrasados, Beatriz! — gritei da sala.

Eu estava nervoso. Seria a primeira vez que meus amigos iriam conhecer minha namorada de fachada.

— estou indo! — disse descendo as escadas e parando na minha frente. — tudo pronto?

— vamos.

Em quinze minutos chegamos no local. Várias crianças pequenas corriam pelo espaço decorado pelo tema selva.

— Chris. — Beatriz me chamou enquanto nos aproximávamos dos meus amigos. — estou com vergonha. Essa mulheres parecem ser mulherões!

— você é ótima, Beatriz. Todas elas já possuem um filho e são mais velhas que você, pelo menos a maioria. Eu sou o mais novo do meu grupo. — coloquei a mão em sua cintura e fomos juntos até a mesa.

Todos nos cumprimentaram.

— então você é a famosa mulher que conquistou o Chris! — Edward comentou. — como fez para isso acontecer?

Beatriz me olhou e eu sei que ela não sabia o que responder.

— por que você não responde, amor?

Filha da puta.

— ah.. nós éramos amigos, então nos apaixonamos. — beijei sua boca.

— bem vinda ao clube! — a esposa do David se direciona a minha namorada.

— obrigada!

— tio Chris!! — Tom corre na minha direção e pula no meu colo.

— oi, Tom! Feliz aniversário. — beijei sua testa.

— obrigado. Eu estava com saudades — agarrou meu pescoço.

— eu também, garotão.

— quem é essa moça bonita? É sua esposa?

Nós rimos.

— é minha namorada. Ela é bonita né?

— ela é muito bonita! Como é seu nome?

— é Bia, e o seu?

— Tom. Sabia que o tio Chris me deu uma bola de futebol?

— sério??

— sim! Eu vou jogar com meus amigos. Tchau tio Chris, tchau tia Bia. — desceu do meu colo e voltou a correr.

— ele é uma graça! — Beatriz comentou.

A festa foi agradável. O papo na mesa era bom e a Beatriz estava falando bem com todos, principalmente com as mulheres e crianças.

— agora que as crianças já foram embora, vamos beber! — um homem gritou.

Virei uma garrafa no meu copo e senti um olhar pesado sobre mim.

— eu vou voltar de Uber. — minha namorada cochicha.

— Beatriz, eu não vou beber muito.

— você promete?

— não me pede para prometer essas coisas.. — sorri e beijei sua bochecha.

— Christopher.

— prometo. — revirei os olhos. — mas fique calada em relação a isso, não quero que meus amigos pensem que uma mulher manda em mim assim.

Falei merda. Assim que saiu pela minha boca já senti a porra que eu fiz.

— como é? Repete! — falou abusada s baixo para ninguém escutar.

— você entendeu o que eu quis dizer. — revirei os olhos e virei o copo.

Tem vez que ela fica tão chata! Insuportável!

— por que você não me deixa beber?

— você fica diferente. Fica seco e rabugento.

— é por isso que eu transo. — ela faz cara de vômito e eu rio.

Meu celular apita com uma notificação do WhatsApp do meu pai.

— merda! — digo.

— o que foi? — Beatriz pergunta preocupada.

— meu pai marcou a reunião para a próxima semana. Ele vai dar o anúncio sobre o futuro da empresa.

— ah meu Deus. Como você está?

— puto.

— quer ir para casa?

— melhor não.

— tem certeza? Parece bem estressado.

— estou nervoso. Muito nervoso. É meu sonho.

— vai dar tudo certo, Chris.

— mas estou com medo, Beatriz. — apoiei minha cabeça no ombro dela e ela me abraçou. — acho melhor irmos para casa. Não quero demonstrar fraqueza na frente dos meus amigos.

— você é tão macho alfa.

Nos despedimos de todos que estavam conosco e fomos para casa.

— tudo bem?

— acho que sim.

— eu não tô com sono, então vou assistir um filme. Se quiser ficar. — disse se jogando no sofá.

— prefiro ir me deitar. Boa noite. — ela assentiu.

Beatriz Howard

Estou preocupada com ele. Sei que está muito nervoso com o pronunciamento do pai na semana que vem.

Eu quero que tudo dê certo para ele, mas se der, eu terei que ir embora. E eu não quero ir.

Não tenho para onde ir e não vou voltar a morar com meu pai.

Liguei a TV e escolhi um filme de romance. Continência ao amor.

Logo quando o filme começou, tomei um susto porque o Chris pulou ao meu lado no sofá, com um cobertor e sorvete de chocolate.

Coloquei o pote de sorvete no meu colo e devorei durante o filme inteiro.

Sinto que eu e ele nos identificamos com o filme, já que era sobre desconhecidos que se casaram apenas para benefício de algo. Mas no final eles se apaixonaram, eu e o Chris não.

Oitava dose - Chris EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora