Oitava dose - Chris Evans

Capítulo 40

Preparem o coração.

Chris Evans

Acordei com uma enorme dor de cabeça. Me estiquei na cama mas senti a presença de outra pessoa.

Imaginei que fosse a Bia até ver fios de cabelos ruivos. Foi aí que me veio a lembrança da noite anterior.

Me levantei o mais rápido possível da cama e vesti minha cueca e calção.

— não, não, não, não, não. Eu não fiz isso. — falei para mim mesmo perturbado.

A mulher no qual eu nem sei o nome abriu os olhos e também se esticou.

— bom dia, lindo. Gostou da noite?

— você precisa ir embora.

— óbvio que sim. Só preciso beber uma água.

Eu entrei no meu banheiro e lavei meu rosto.

Eu sou um merda. Essa mulher precisa sair daqui agora antes que seja tarde.

Quando voltei para o quarto, ela estava com minha camisa e isso me deixou puto, mas tentei manter a calma.

— meu nome é Jaqueline. — falou enquanto descíamos as escadas.

— não perguntei.

— grosso.. — revirou os olhos.

Graças a Deus, Bia não estava em casa.

— peça logo o seu Uber. — entrei na cozinha e deixei a Jaqueline na sala.

Que ódio de mim! Ela precisa ir embora agora!

Beatriz Howard

Eu e Clara chegamos na minha casa no hora do almoço. No shopping, aproveitamos para assistir um filme.

— Clara eu achei o filme maravilhoso! — falei enquanto abria a porta para ela passar.

— mas eu odiei! Não tinha nem contex.. — Clara parou de repente de falar e sua expressão foi de choque.

Olhei para onde ela também olhava e meu coração partiu no meio.

Deus, por favor.. não.

Uma mulher extremamente bonita e ruiva estava escorada no sofá branco da minha casa. O pior de tudo foi ver ela com a camisa dele.

Eu paralisei. Não tive forças nem para continuar segurando as sacolas.

— quem são vocês? — ela perguntou.

De repente Chris saiu da cozinha vestido apenas de calção e se deparou com a situação. Ele claramente ficou nervoso.

— Bia, eu posso explicar. — se aproximou de mim mas eu me afastei. Isso com certeza deixou ele mais surpreso.

— não chega perto de mim. — pedi quase em um sussurro. — já deu a hora de eu ir embora dessa casa. — andei rápido em direção ao meu quarto.

Chris Evans

— filho da puta. — Clara falou me olhando nos olhos — Espero que você se foda o resto da sua vida. — falou e subiu as escadas atrás da Bia.

Deu tudo errado!

— não me falou que namora.

— eu não.. eu só preciso que você vá embora. Eu mando deixar suas coisas.

— preciso tomar um banho.

— e eu preciso que você saia da minha casa agora. Saulo te deixa em casa.

Subi para o meu quarto e me tranquei.

Beatriz Howard

Clara entrou no meu quarto extremamente preocupada comigo. Eu não conseguia falar nada, só peguei todas as minhas malas e comecei a guardar todas as coisas.

As lágrimas corriam pelo meu rosto sem parar.

— você vai ficar lá em casa, ouviu? E eu não quero que você chegue perto dele.

Depois de uma hora arrumando minhas coisas, finalmente estava tudo pronto.

Eu sentia meu coração totalmente destruído. Todas essas boas memórias que construímos juntos nos últimos meses.. na viagem.. estava tudo acabado. Chris ainda tem outras.

Eu nunca achei que fosse amar esse homem. Céus, tantos no mundo e eu fui me apaixonar por esse.

Chris Evans

Eu estava no meu quarto suando de nervoso. Eu poderia ter ido atrás dela porém quis que ela relaxasse um pouco, mas eu não estava aguentando.

Bati na porta do quarto dela e orei para que ela abrisse.

— o que você quer? — disse por trás da porta.

— Bia por favor, me deixa falar com você.

— Christopher, eu tenho nojo da sua cara. Eu não quero você perto de mim.

— eu posso explicar.

— sai da minha porta.

Continuei alguns segundos mas não tinha o que fazer. Ela me odeia.

Não me aguentei e saí de casa. Mas eu não fui em nenhum bar ou atrás de mulher, apenas fui na empresa e recebi muitos olhares por estar vestido com uma calça e uma camisa normal, eu só uso terno.

Trabalhei a tarde inteira para tentar esquecer o que tinha acontecido de hoje.

Quando voltei para casa, tudo estava em silêncio. Ela deve estar mais calma.

Bati na porta do seu quarto novamente mas não obtive respostas.

Voltei para a sala e encontrei o Saulo.

— você viu a Bia? Ela saiu?

— saiu senhor..

A cara dele não estava boa.

— o que foi, Saulo?

— ela estava com várias malas.

Não.

Não, não, não, não, não.

Voltei correndo para o seu quarto correndo e abri a porta desesperadamente. Ela não estava lá. Não tinha nada lá, só uma caixa vermelha na sua cômoda.

Dodger veio choramingando até mim e eu me ajoelhei no chão ao lado dele. Senti lágrimas no meu rosto.

— eu vou atrás dela, Dodger. Vou trazer ela de volta de novo, tudo bem? — abracei meu cachorro e sequei meu rosto.