Oitava dose - Chris Evans

Capítulo 54

Beatriz Howard

Eu estava tão nervosa. Me senti uma adolescente de quinze anos se arrumando para sair no primeiro encontro.

Espero muito que dessa vez funcione. Realmente não conseguimos ficar longe um do outro, principalmente agora que voltamos a nos encontrar por causa dos nossos amigos. Chris parece ter mudado e eu espero muito que isso tenha acontecido. Dar uma nova chance para nós dois é arriscado, mas pode ser o certo a se fazer.

Nessas horas eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ajudar. A falta de uma figura materna faz muita diferença, mas tudo que ela me ensinou eu levo na minha vida.

Coloquei uma calça preta, um top de faixa preto e um blazer, deixei meu cabelo solto e arrumado e também fiz uma maquiagem muito bonita.

Ouvi a campainha do meu quarto de hotel tocar e senti um grande frio na barriga.

Chris Evans

Quando toquei a campainha do quarto dela e ela abriu a porta, fiquei extremamente nervoso. Bia estava a coisa mais linda do mundo.

— o-oi. — sorri e gaguejei.

— oi. — sorriu tímida.

— você está perfeita.

— obrigada. Vamos?

Quando entramos no elevador, puxei ela e tiramos fotos no espelho.

— você também está se sentindo um adolescente? — me perguntou.

— muito. — nós rimos.

O restaurante era muito elegante. Todos estavam bem arrumados e a comida parecia ser ótima.

Eu adorava quando relembrávamos bons acontecimentos do nosso passado. Não faltou assunto na nossa mesa. A comida chegou e pedimos até sobremesa.

— para onde vamos no próximo encontro? — ela perguntou.

— vou procurar algum lugar ainda. Amanhã o passeio entre nós quatro é para uma praia belíssima.

— estou precisando pegar mais sol. Você está principalmente. — rimos.

— eu estou branquelo mesmo.

Pedi ao garçom a conta e fiz o pagamento.

— grazie! — Bia falou.

— eu não consigo te levar a sério falando em italiano. — falei rindo.

— perché? — perguntou novamente na língua estrangeira e eu ri.

— vamos, Beatriz. — segurei a mão dela e fomos juntos até o carro.

Enquanto íamos até o hotel, passamos por uma praia que estava totalmente vazia e escura por conta da noite.

— eu quero ir ali! — disse animada.

— na praia? São nove horas da noite.

— eu quero ver se a água está quentinha. Por favor, Chris!

— você tem certeza? Está frio.

— eu tenho. Quero aproveitar mais essa noite.

Estacionei meu carro no encostamento e Bia desceu e já foi tirando os saltos e me entregando.

— você bebeu? — perguntei.

— só aqueles dois copos. Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo. — puxou meu braço.

Nós corremos juntos até a água chegar nos nossos pés.

— nós estamos no México! Eu e você! — disse ainda olhando o mar.