Oitava dose - Chris Evans

Capítulo 34

Chris Evans

Acordei mais cedo que a Bia. Tomei um banho e esperei ela acordar, o que não demorou.

— bom dia, já estou me arrumando para o passeio.

— bom dia.

O celular da Bia começou a tocar e ela o pegou.

— oi! — falou animada e eu ouvi a voz da Clara.

— oi amiga! Como está aí?

— tudo bem, nós saímos para jantar ontem.

— que ótimo. Chris foi legal com você? E vocês dormiram juntos? Me fala que ele te beijou horrores, por favor!

Olhei para a Bia e ri. Ela estava morta de vergonha.

— ele ouviu tudo, tá?

— oi, Chris! — gritou na linha.

— oi, Clara!

— você pegou a Bia?

— Jesus! Conversa com ela, eu vou me arrumar. — Bia me entregou o celular e entrou no banheiro.

Era uma chamada de vídeo.

— pegou?

— ficamos algumas vezes, mas beijos curtos.

— prende ela na parede, Chris!

— Clara você bebeu?

— um pouco.

— imaginei.

— tenho certeza que você está louco para agarrar ela de jeito.

— vou ter que desligar, Clara. Até mais. — desliguei o celular antes que ficasse mais constrangedor.

— sua amiga é estranha. — gritei.

— um pouquinho.

Horas depois.

Nosso dia foi incrível. Conhecemos vários pontos turísticos e jantamos em um dos melhores restaurantes. A companhia dela me faz muito bem.

Quando voltamos para o hotel, resolvemos ficar na área externa conversando e vendo o céu antes de subir para o quarto.

— o céu está cheio de estrelas. — ela falou encantada e se sentou no mesmo puffy que eu. Coloquei os braços em volta dos ombros dela e a puxei para mais perto. — quando eu era pequena, minha mãe dizia que o céu é a coisa mais linda do mundo.

— por isso você gosta tanto?

— sim. Toda paisagem que tiver o céu eu amo.

— queria ter conhecido sua mãe. Ela parece ter sido incrível.

— ela era, mas se ela estivesse aqui provavelmente eu não teria conhecido você, nem a Clara, nem o Scott, nem o Dodger, nem a Maria.. eu acredito que tudo tem um propósito, sabe? Nada acontece por acaso.

— faz até sentido.

Fiquei admirando seu rosto enquanto ela observava o céu.

— pode parar! — meteu a mão na minha cara. — estou com vergonha.

— ei, isso é agressão!

Nós rimos.

— eu mandei um e-mail para sua faculdade.

— como?

— pedi para você fazer várias provas práticas e teóricas para conseguir seu diploma.

— sério? E deu certo?

— eles pediram uma quantia em dinheiro.

— ah não, Chris, não quero que você pague.

— já paguei e suas provas serão daqui a seis meses.

— eu não acredito! Você realmente fez isso por mim? — assenti, ela sorriu e me abraçou muito forte.

— muito obrigada, Chris! Assim que chegarmos vou começar a estudar.