𝐏𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐬𝐚.

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  - Então. - Ditou Richard para sua filha, arrumando a mesa para o jantar em família. - Como foi sua entrevista de emprego na floricultura?

- Papai, tudo ocorreu bem, eu fui aceita, Mona me ensinou sobre várias coisas.

  Angélica não citou para seu pai sobre o fato dela ter deixado um dos vasos da loja quebrados, e ter que ir correndo junto a Vance buscar um substituto provisório, é, seria uma longa e difícil convera, então opta por não citar sobre este " mínimo" detalhe em sua história.

- Fico feliz que tudo tenha ficado ok. - Acreditando nas palavras de sua garotinha, Richard forma em seus lábios um sorriso breve, denotando o orgulho que sentia por Angélica buscar sua independência financeira. - Sabia que você ia se sair ótima, querida, você sempre se saí bem em várias coisas.

- Obrigada, papai.

  Naquela vida tão monótona e pacata, Angélica possuía desde sempre seu pai como principal companhia, assim como ele possuía Angélica. Após arrumar a mesa junto ao seu pai, ela vai até Finn e Gwen que estavam sentados em frente á tv, desfrutando de um de seus filmes de terror prediletos, mesmo com Finney ficando um pouco chocado com algumas cenas contendo carnificina pura, para ele eram tão reais.

- Ei, vamos, o jantar já está na mesa. - Dita a mais velha, recolhendo o controle sobre a tv, e a desligando.

- Ahhhh, poxa, estava na melhor parte. - Diz Gwendolyn com uma voz chorosa. - Era a parte que o cara iria cortar a cabeça da mulher e a deixar em cima do...

- Eu não quero saber disto! Já vamos jantar e você vem me dizer uma coisa destas, Finney tem estômago fraco e você sabe disso. - Angélica se vira de costas para a culpa e vai até a mesa.

- Tá bom, tá bom, vamos, Finn.

- E eu não tenho estômago fraco. - Finn havia ficado envergonhado, não gostava que falassem daquilo, mesmo em frente aos seus familiares.

  Apenas os quatros vão jantar, Richard queria proporcionar a Gwen e Finney bons momentos familiares, pois sabia que era sua missão principal os deixar feliz, e também a de Angélica. Risos podem ser ouvidos, piadas e até uma parte aonde Richard conta de como está empolgado para amanhã, pois amanhã ele e Angélica já estariam em sua nova casa, tudo naquela noite parecia perfeita, era como se toda a tristeza e angústia que um dia lá existiu fosse embora, isto até eles sentirem a presença de Terrence, ele adentra a casa, estava cambaleando de forma desajeitada, quase caindo sobre o chão, com uma garrafa de cerveja em mãos, aquela cena fez com que o sorriso de Gwen e Finney sumissem de maneira rápida.

- Vocês... - Com uma voz sonolenta, Terrence aponta para Richard e Angélica. - Saim da minha casa...

  Aquela cena além de deplorável gera também um imenso incomodo em Angélica, que pega na mão de Finn e Gwen, enquanto seu pai tenta dialogar com Terrence.

- Terrence, solte está garrafa, vamos conversar.

- Não... Você... Você acha que pode chegar aqui na minha casa... Me dar ordens... - Enquanto desabafa ele agarra a garrafa com mais força ainda, dando a entender que o pior estava por vir. - Você se acha melhor do que eu, né?... Você deve me achar um lixo de pai, assim como me achou um lixo de cunhado...

- Terrence, escute, você está cansado, vá deitar, deixe isso de lado.

Richard tenta tomar a garrafa da mão de Terrence, mas Terrence a ergue, tentando a jogar em direção ao seu cunhado, mas falhando a acertando na parede, fazendo vários pedaços voarem pelo cômodo. Naquele instante Gwen se encontra chorando abraçada á Angélica, enquanto Finney cerra seus punhos, o jovem Blake tinha inúmeras coisas guardadas para dizer ao seu pai, porém se manteve calado, não quis atrapalhar seu tio tentando convencer seu pai a largar as bebidas.

- SAI DA MINHA CASA RICHARD! - Terrence avança em direção a Richard, e ali se inicia uma briga. - EU ODEIO VOCÊ, EU ODEIO SUA FILHA, EU ODEIO VOCÊS, VOCÊS VINHERAM ATÉ MINHA CASA LEMBRAR O QUÃO INÚTIL MINHA EXISTÊNCIA É?

  Angélica corre até os dois, tentando separar aquela briga. Terrence e Richard trocavam socos, inúmeros socos, chutes e xingamentos pesados, chegando até em momentos nos quais reviviam coisas do passado que machucavam ambas partes, Angélica puxa seu pai.

- Papai, pare, por favor. - Dita a garota, enquanto o encara.

  Richard suspira, virando-se de costas para Angélica, até sentir Terrence o agarrar pelo pescoço, Finn vendo aquela cena apenas recolhe uma das garrafas de cerveja presentes na geladeira, correndo até Terrence o atingindo em sua cabeça. E naquele momento o corpo do Blake mais velho cai duro sobre o chão, ele não havia morrido, apenas desmaiado.

- . . . - Angélica permanece calada.

- E-Eu quero ir embora daqui... - Gwen de senta encolhida sobre o chão, enquanto mumurra o quanto quer ir embora daquela maldita casa.

- Finney. - Richard anda até Finn, o abraçando, enquanto o rapaz mais novo desaba em lágrimas.

  De fato, os Blakes menores estavam fartos daquele casa, eles já não queriam mais estar lá, não suportavam sua essência, sua decoração, seus cômodos, nada, eles não suportavam NADA daquela maldita casa, a casa que mais odeiam. A polícia havia chegado no local junto a ambulância, enquanto Richard conversa com algumas autoridades, Angélica, Gwen e Finn se encontram dentro do carro de Richard, eles iriam para a casa do homem. Angélica encara seus primos, com uma triste faceta, porém os abraça, e diz que tudo vai ficar bem. Quando estes já adentraram a casa de Richard e Angélica, Richard insiste em tentar fazer daquele momento menos preocupante para seus sobrinhos. A casa era grande, possuía quartos reservas, então Gwen e Finn ficariam bem hospedados lá. Depois de todo o ocorrido e enfim eles encontrarem um momento para descansar, Angélica apenas vai até seu quarto, ficando em sua sacada, admirando as estrelas presentes no céu, até ouvir alguém ditar seu nome do outro lado, era Bruce.

- Angélica! Você veio um dia antes, achei que só viria amanhã. - O jovem Yamada estava em seu quintal, treinando arremessos.

- Bom, é que... - Ela cede em contar sobre o assunto.

- Você quer conversar? - Dita o Yamada, fazendo com que Angélica o fite.

  Ela se retira de seu quarto, indo até o quintal de sua casa, e através da cerca encontra Bruce.

- Bom, é que Gwen e Finn vão ficar aqui agora... O meu tio, ele...

- Eu sei. - Bruce já possuía uma mínima ideia do que teria acontecido, afinal, Terrence era um homem bem mal falado por aquelas bandas. - Olha, se você quiser amanhã nós podemos sair para descontrair, o que me diz? Eu, você, Gwen e Finney.

- Sério? - Arqueando as sombrancelhas, Angélica parece confusa.

- Sim, vai ser divertido!

- Oh, ok.

  Ela decide confiar em Bruce, sentia que ele era uma pura pessoa sem qualquer tipo de maldade, uma anjo em terra basicamente.

- Ei, mas se você quiser. - Meio envergonhado, o jovem diz. - Poderíamos sair sozinhos, só eu e você, claro, se você quiser.

  Ele parece meio encabulado com as palavras, algo raro, já que Bruce era bem popular entre as garotas, e sempre que falava com uma ele possuía uma postura relaxada e descontraída, mas com Angélica as coisas eram bem diferentes...

- Eu adoraria ir em um encontro com você. - Ela desfere um beijo sobre a bochecha do rapaz, virando-se para ele. - Já é meia-noite, eu preciso ir dormir, até amanhã, Bruce.

  O rapaz fica deslumbrado com tamanha beleza e atitude por parte da Jackson, assim dando um sorriso descontraído, e pensando no quão única ela era. Enquanto isto, do outro lado do bairro, Vance se encontra deitado sobre sua cama, fitando o teto do cômodo, apenas dizendo para si.

- . . . Garota idiota. - Com as bochechas ruborizadas, ele se recorda de Angelica.

♡̸̸ mais um capítulo, perdão por este capítulo tão curto, é que eu realmente ando cansada, mas não posso deixar vocês sei capítulos diários, um beijo! ❤️

𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐎𝐒 𝐄𝐌 𝐕𝐄𝐙 𝐃𝐄 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐄𝐒 - 𝐕𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐇𝐎𝐏𝐏𝐄𝐑.Onde histórias criam vida. Descubra agora