Em meio aos risos naquela tão fria e melancólica noite, Angélica encontra conforto nas palavras de Vance, apesar de que em sua cabeça, ainda há pensamentos duvidosos sobre do que seu pai poderia fazer para separar ela de Vance, mas logo ela abre mão destas teorias quando o loiro chama sua atenção.- Ei, Angélica. - Ele exclama, aproximando-se de uma árvore que fica ao lado da sacada da garota.
- Sim? - Indaga, enquanto o encara, meio confusa.
- Eu vou subir. - Diz o loiro, já se preparando para escalar aquela árvore.
- Vance, você não é nem louco de subir por ai... - Ainda o encarando e vendo de que fato ele estava subindo naquela imensa árvore, apoiando-se nos finos galhos da mesma. - Vance Hopper, saia daí de cima ou você pode cair.
- Confia em mim, eu sei oque eu tô fazendo. - Com autoridade, ele denota confiança, já sentando-se sobre um dos galhos.
- Meu deus... Você é louco. - Ainda bem preocupada, ela corre até sua sacada, se deparando com Vance agora tentando adentrar a sacada.
- Por você sim. - Ele retruca, a fazendo ficar envergonhada.
Já conseguindo ir até a Jackson, ele apenas pega em suas mãos, e fica a encarando, com um sorriso fraco, era uma das poucas vezes que Vance expressava sensibilidade com aqueles belissimos olhos azulados, e Angélica conseguia captar bem aquela emoção vinda do Hopper.
- Eu realmente sinto muito. - Ela mumurra para Vance. - Ele agora odeia você...
- Não sinta muito, você foi lá e literalmente falou que me amava, bem na cara dele. - Vance parecia orgulhoso. - Acho que ninguém nunca faria isto por mim.
- As pessoas são capazes de fazer loucuras por amor. - Ela brinca.
- Eu faria de tudo por você... - Guiando sua destra rumo a face da garota, a acariciando suavemente, Vance continua a ditar. - Eu mataria, eu roubaria, eu traficaria, eu-
- Vance, calma, isso é o quê? Uma declaração de amor ou sua futura ficha criminal? - Arqueando as sombrancelhas, ela ri meio assustada.
- Bom, pode ser minha futura ficha criminal se algum engraçadinho mexer com você de novo.
- Vance!
A puxando pela cintura, ele a beija, e ela apenas retribui, um selar de lábios tão profundo, que fez com que ambos por um único instante abrissem mãos de seus problemas. O conforto ali se encontra, de ambos corpos juntos, após aquele beijo, separando-se um do outro, Angélica encosta sua testa com a de Vance, permanecendo em silêncio, apenas desfrutando daquele momento calmo e tão pacífico, já o rapaz a abraça, deitando sua cabeça sobre o ombro da morena.
- Eu amo você. - Vance dita, um pouco envergonhado.
- Eu também te amo, eu amo você demais. - Ela mantém aquele abraço, enquanto tenta conter suas lágrimas, pois sabia que mesmo amando Vance, talvez aqueles tempos difíceis os fizesse ir embora.
- Angélica. - Ele mumurra. - Você quer manter isso em segredo, né?...
- ... - Ela notou o desânimo em suas palavras, e apenas confirmou com sua cabeça, não era a melhor decisão de todas, mas era a única plausível vendo sua situação. - Eu sinto muito...
- Eu odeio seu pai por isto. - Ele diz, enquanto se distancia da garota, a encarando. - Eu o odeio com todas as minhas forças, ele pode até ser seu pai, mas isso não muda o quão filho da puta ele foi.
- Pode parar de falar assim sobre o meu pai? Ele ainda é meu pai, Vance.
- Foda-se!? Ele literalmente deixou seu braço vermelho e te humilhou na frente das pessoas daquele fliperama. - Só de se lembrar daquela situação, Vance tenta se conter em não xingar o pai da jovem.
- Um dia, eu já não estarei mais aqui nesta casa... - E aparti daquela fala, ela possui uma mínima ideia do que fazer.
- Como?... - Ele indaga, tendo uma leve preocupação, afinal de contas a tonalidade com qual Angélica havia ditado a primeira frase mais parecia algo bem triste. - Como assim?
- Sabe, me mudar, mudar de casa. - Ela já planeja algo. - Vou precisar trabalhar duro na floricultura e ir juntando algum dinheiro.
- Certo... - Após ditar isso, nota que a morena logo bocejou, assim dizendo. - Já vou embora, você está com muito sono, vá descansar, hoje tivemos um dia foda, claro, não no bom sentindo.
- É... - Ela solta uma baixa risada. - Um dia bem merda, na realidade.
Vance a beija novamente, e a garota trata de retribuir, após o beijar e se distanciar, ela deposita vários beijinhos amoroso sobre a faceta do Hopper, o fazendo rir baixo devido a vergonha, Vance não era de demonstrar muito carinho, mas admite que qualquer beijo vindo de Angélica é algo que não se pode recusar. Após aquela breve demonstração de afeto, o rapaz apenas vai embora, descendo da varanda e acenando para ela enquanto prossegue seu caminho, rumo a sua casa. Angélica vai até sua cama, deitando-se nela, ela fica encarando o teto e pensa na hipótese de morar sozinha, um novo desafio, porém bem animador, talvez assim ela possa ter paz e ser bem mais independente, mas claro, ainda almejando que se entenda com seu pai, mas acredita que o homem não quer ouvir das desculpas da mais nova no momento, perdida em seus pensamentos ela escuta algumas batidas sobre a porta, levantando da cama, ela apenas vai até a porta, a abrindo e vendo Gwendolyn, que a encara meio preocupada.
- Angel, você está bem?... - Ela indaga.
- Sim, eu já estava indo dormir, Gwen. - Ela dá um breve sorrindo, enquanto observa a mais nova.
- Oh, certo... - Antes dela poder ir embora, ela já indaga novamente. - Angel.
- Sim?
- O que você viu no Vance?...
Angélica já pensa em algo, ela não sabia ao certo oque ditar sobre oque mais amava em Vance, talvez seu sorriso? Sua força? O jeito com qual demonstra carinho mesmo sendo de seu jeito? Ela fica pensando, pensando e pensando novamente, até que dita para Gwen.
- O jeitinho dele. - Ela brinca.
- Só isso?... - Ela pergunta, erguendo as sombrancelhas.
- E também do cabelo dele... É muito bonito e fofo!
- Ah, tá.... Boa noite, Angel, se cuide! - Diz Gwen acenando.
Assim que a Blake voltou ao seu quarto, Angélica fechou a porta, e foi dormir, pensando no dia de amanhã ela já se prepara para tudo, isto mentalmente, pois inúmeras emoções iriam começar a adentrar a vida da jovem Jackson.
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𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐎𝐒 𝐄𝐌 𝐕𝐄𝐙 𝐃𝐄 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐄𝐒 - 𝐕𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐇𝐎𝐏𝐏𝐄𝐑.
Fanfiction𝗨𝗺𝗮 mudança inesperada, se desfazer de várias amizades de longa data e também ter que lhe dar com um tenso período de luto em sua família, Angélica estava passando por inúmeras situações complicadas, após se mudar para Denver com seu pai Richard...