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🖇 | Boa leitura!

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— Lili Reinhart. — Kj proferiu alto o nome dela. — Começou a trabalhar em um clube de strip aos dezoito anos e saiu de lá aos vinte e dois. Seis meses depois, se casou com o governador que na época era deputado e ainda estava planejando concorrer ao governo.

— Ela era stripper? — fiquei surpreso. — Isso é interessante.

— Ela não era stripper. — Hart corrigiu. — Era bar-woman e inventou os melhores drinks da casa. Foi apelidada de feiticeira porque as bebidas que ela fazia eram inigualáveis, chamadas de poções.

— Você era cliente do lugar? — dei risada.

— Você queria detalhes, buscamos os detalhes. — se irritou. — O Frederic era quem frequentava o lugar.

— Mas ele usava um nome falso. — Kj completou. — Provavelmente conheceu a Lili lá.

— E a família dela? — perguntei.

— A mãe está viva e internada em uma clínica de reabilitação desde que a Lili se casou. Ela também já cumpriu prisão por tráfico de drogas. A Lili não a visita e elas não se falam desde que a Lili saiu de casa aos dezessete. — Hart seguiu a ler as suas anotações. — O pai foi preso quando ela tinha onze anos e morreu na prisão três meses antes do casamento dela com o Frederic.

— Por que o pai dela foi preso? — fiquei curioso.

— Abuso sexual e pornografia infantil. — Kj respondeu em um tom tenso.

Nós três trocamos olhares pesados e era óbvio que estávamos pensando na mesma coisa. Só de imaginar senti um embrulho no estômago. Na minha profissão, eu já tinha lidado com tudo o que era possível, mas algumas coisas jamais se tornariam comuns aos meus olhos e ouvidos.

— Ele foi condenado à prisão perpétua. — continuou. — Mas morreu na ala hospitalar de uma prisão especial depois de sofrer um ataque cardíaco. O estranho? Não foi o infarto que o matou.

— E o que foi? — franzi a testa.

— Ninguém sabe. Houve um incêndio e parte do relatório do legista sumiu.

— Acham que o Frederic tem algo a ver com isso? — deduzi.

— É óbvio. — Hart afirmou. — Provavelmente descobriu que o pai da Lili fez algo horrível com ela e deve ter pagado alguém para matá-lo da pior forma possível. Sinceramente? Espero que tenha doído muito e que tenha sido lento.

Eu odiava concordar com o Denton em qualquer situação, mas naquela eu tive que ao menos balançar a cabeça positivamente. Logicamente, como profissional, eu nunca faria isso, mas me agradava quando outra pessoa fazia.

Isso me ajudou a achar a Lili menos estranha. Definitivamente ela era reservada e talvez parecer distante no contato com o marido seja algo provindo do seu trauma. Era terrível pensar em fazer isso, mas eu tinha que usar essa história e criar um tipo de identificação com ela. A partir do momento que ela começasse a me revelar as coisas horríveis sobre a sua vida, eu saberia que confiava em mim.

First Lady ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora