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🖇 | Boa leitura!

Ela estava claramente dando em cima de mim e eu com toda a certeza iria usar isso a favor da operação, além de, logicamente, aproveitar o processo

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Ela estava claramente dando em cima de mim e eu com toda a certeza iria usar isso a favor da operação, além de, logicamente, aproveitar o processo. A parte mais difícil do dia foi ter que assistir ela dançando balé. Parecia que estava sendo mais sensual propositalmente e eu não me surpreenderia se fosse realmente isso. Depois que eu salvei a vida dela, aparentemente me transformei apetitoso aos seus olhos.

Mas se eu fosse mesmo usar isso e eventualmente acabasse transando com ela, teria que agir cautelosamente. Sou um funcionário novo, Frederic não tem nenhum motivo para confiar mais em mim do que o pouco que confia no presente. Qualquer atitude estranha sobre eu estar tendo segundas intenções com a sua esposa desmoronaria tudo. Era melhor agir devagar, por mais que eu odiasse pisar em ovos quando se tratava de atrair uma mulher.

Fomos para o quarto dela e ficamos na varanda enquanto ela desenhava. Assim como da primeira vez, eu a observei durante todo o processo e de novo ela pareceu não se importar em ser encarada. Ela abriu um sorriso ao parar e olhar o que estava feito.

— Os patos de novo? — perguntei sobre o que ela desenhou.

— Não. — virou para eu olhar.

Era eu.
Arqueei as sobrancelhas surpreso e peguei o caderno em minhas mãos para ver mais de perto. Estava perfeito, um retrato desenhado com muita cautela.

— Que lindo! — elogiei.

— Pode ficar. — sugeriu.

— Mesmo? Obrigado!

— Eu ainda estou aperfeiçoando essa coisa de desenhar pessoas, ainda mais sendo uma pessoa real.

— Bom, está se saindo muito bem na minha opinião.

— Obrigada. — sorriu.

— Você gosta mais de desenhar ou de dançar?

— Dançar, sem sombra de dúvidas. — respondeu sem nem pensar. — Eu adoraria fazer parte de um musical ou de um grupo de balé profissional, sabe? Mas ser a mulher do governar inclui abdicar de alguns sonhos. Até ir à esquina sozinha virou uma coisa perigosa. — suspirou.

— Sente falta de ser totalmente anônima?

— Uh... — pendeu a cabeça para o lado ao pensar. — Era bom não ter câmeras e microfones no meu rosto o tempo todo ao sair em público e muito bom também não ter as pessoas especulando sobre o meu caráter e falando mal do que eu visto, de como eu não me tornei bailarina por não conseguir ser mais magra, de como provavelmente eu devo ser uma esposa troféu burra e que eu vou ser trocada quando fizer trinta.

— Meu Deus! — pisquei incrédulo.

Eu nunca gostei de acompanhar tabloides e não estava por dentro de nada que fosse uma fofoca, mas ainda me surpreendia o quão eles não se preocupavam em afetar a saúde mental de alguém.

First Lady ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora