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🖇 | Boa leitura!

Eu tinha noção de que o desespero não podia me tornar uma inútil

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Eu tinha noção de que o desespero não podia me tornar uma inútil. Cole precisava mais de mim do que nunca e eu precisava me manter lúcida para resolver tudo. Demoraria horas para uma ambulância vir buscá-lo porque estávamos muito longe de Nova York, então eu deixei os números da minha conta bancária nas mãos de Hart para que ele resolvesse isso com dinheiro. Entramos em contato com o melhor hospital da cidade e um helicóptero foi mandado o mais rápido possível.

Hart e eu fomos juntos no helicóptero depois de Cole ser colocado em uma maca e levado para lá pelos paramédicos. Durante o percurso, ele teve uma parada respiratória, mas logo controlaram isso e o mantiveram estável. Assim que pousamos no terraço do hospital, Hart e eu tivemos que descer pelas escadas enquanto eles levavam o Cole no elevador. Nunca corri tanto em toda a minha vida e poderia ter caído se não estivesse tão em alerta.

Tivemos que esperar na recepção porque ele foi levado às pressas para a cirurgia. Tentei descobrir o máximo que pude sobre o seu estado, mas foi dito várias vezes que estavam fazendo o possível e que só teriam novidades depois do procedimento cirúrgico.

Hart recebeu uma ligação e se afastou para um corredor, mas eu o segui. Ele estava de costas para mim e não percebeu que eu estava ouvindo.

— O ferimento era muito fundo, capitão. Eu não fui rápido o bastante, o cara atirou nele antes que eu pensasse. — soltou um suspiro cansado. — Deveríamos ser mais rápidos que esses criminosos filhos da puta. — ficou em silêncio enquanto ouvia. — Não sei... Acho... Acho que ele vai morrer.

Engoli em seco e senti meus olhos se encherem de lágrimas por mais que já estivessem ardendo de tanto eu chorar. Tudo o que eu queria era acreditar que o Cole ficaria bem, mas ouvir outra pessoa dizendo que achava o contrário mexeu comigo.

— Ela está segura, eu a protegerei. — falou referindo-se a mim. — Boa sorte, senhor. Até breve. — despediu-se e desligou, virando-se e dando de cara comigo.

— Você acha que ele vai morrer? — minha voz saiu trêmula.

— Ah, céus... — desviou o olhar. — Lili, vem cá. — ofereceu-me sua mão.

Segurei a mão dele e deixei que ele me guiasse até um dos assentos do corredor. Hart ajoelhou em minha frente depois que eu sentei como um adulto que está prestes a ter uma conversa séria com uma criança.

— Eu sou horrível com palavras, então esteja ciente disso quando eu disser algo idiota, porque talvez eu faça sem nem perceber. — começou. — Aquilo que você ouviu não é uma confirmação de alguma coisa. Eu não sou médico e a medicina é capaz de tudo. A questão é que eu nunca tive que lidar com outro policial ferido gravemente numa operação da qual faço parte. Esse tipo de coisa nunca foi responsabilidade minha. Acho que ter isso nas minhas mãos tão de repente está me deixando inseguro.

First Lady ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora